Lenda italiana
Mesmo tendo conquistado apenas um scudetto nos anos 60, o da temporada 1966-67, o líbero conquistou os torcedores bianconeri com sua raça e versatilidade, já que defendia com primazia e também se arriscava em muitas oportunidades no ataque. Dois anos depois de participar do fracasso italiano na Copa da Inglaterra, Salvadore foi titular na vitoriosa campanha italiana na Eurocopa que teve fase final disputada no Belpaese, em 1968, conquista que trouxe de volta o orgulho dos torcedores pela Squadra Azzurra após o fracasso ocorrido em solo inglês dois anos antes.
Sua história na seleção italiana encerrou-se pouco antes da Copa do Mundo de 70, em um amistoso disputado contra a Espanha, em que marcou dois gols contra no empate por 2 a 2. Após aquela partida trágica, o então técnico italiano Ferruccio Valcareggi decidiu não convocar “Billy” Salvadore para o torneio no México. Pela Squadra Azzurra, disputou 36 partidas, sendo que em 17 delas foi o capitão da equipe, tendo participado das Copas de 1962 e 1966.
Mesmo fora da equipe nacional, foi nos anos 70 que ele escreveu de vez o seu nome na história da Juventus, pois a partir de 1970 passou a ser o capitão do time, comandando a equipe em mais dois triunfos na Serie A, em 1971-1972 e 1972-1973, além do vice-campeonato europeu de 1972-1973, em que a Juve foi derrotada pelo Ajax de Johan Cruyff. Até hoje, o líbero está na lista dos dez jogadores que mais vezes defenderam a camisa do clube de Turim, com 453 atuações.
Salvadore encerrou sua carreira na Juventus, após o vice-campeonato italiano de 1973-1974 e seria substituído na temporada seguinte por Gaetano Scirea, outra bandeira do clube. Ele ainda chegou a ser treinador das categorias de base do clube, mas após um curto período, decidiu afastar-se definitivamente do futebol e passou a tomar conta de uma pequena vinícola em Asti, onde faleceu em de janeiro de 2007, aos 67 anos, vítima de um ataque cardíaco.
Sucesso na Juve
No total, Salvadore somou 36 internacionalizações e integrou as equipas que marcaram presença nas fases finais dos campeonatos do Mundo de 1962 e 1966. Depois de ter vencido dois campeonatos de Itália ao serviço do AC Milan, em 1959 e 1962, o defesa assinou pela Juventus, onde permaneceu durante 12 anos.
Efetuou 450 jogos pelos “bianconeri”, tendo vencido o título italiano em 1967, 1972 e 1973, para além da Taça da Itália, em 1965. Abandonou os relvados em 1974, e o registo de 331 jogos pela Juve no principal escalão italiano ainda o coloca entre os dez mais utilizados do clube.
“Era uma campeão com enorme classe”, afirmou Giovanni Cobolli Gigli, presidente da Juventus. “Estamos muito tristes com a sua morte e estamos solidários com a família. Vamos ter saudades do nosso capitão”.
(Fonte: http://pt.uefa.com/memberassociations/news/newsid=494405 – NOTÍCIAS – 4 de Janeiro de 2007)
©UEFA.com 1998-2016. All rights reserved.