Sani Abacha, general e ditador da Nigéria. Abacha estava no poder desde novembro de 1993

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Sani Abacha (Kaduna, Nigéria, 20 de setembro de 1943 -– Abuja, 8 de junho de 1998), general e ditador da Nigéria. Abacha estava no poder desde 17 de novembro de 1993, chefiando o regime mais nocivo dos 38 anos de independência pós-colonial da Nigéria.

Ainda em 1985 e com o novo governo entrou para o Concelho de Governo das Forças Armadas da Nigéria debaixo do controle do general Babangida e assumiu a chefia do exército.

Debaixo do regime militar a Nigéria viu em 1993 ser anulados os resultados das eleições presidenciais do dia 12 de junho e que tinham dado a vitória ao magnata muçulmano Moshood Kashimawo Olawale Abiola, que tinha sido o candidato do Partido Social Democrata nigeriano.

Esquivo e implacável, ele sufucou a oposição e dividiu as Forças Armadas.

A marca pessoal de Abacha foi um tentacular esquema de corrupção, impressionante até mesmo pelos padrões nigerianos, envolvendo as grandes reservas de petróleo do país.

Tanto dinheiro foi desviado da indústria petrolífera que ela se encontra hoje em estado de calamidade, obrigando a Nigéria a importar combustível refinado e a fazer racionamentos constantes. Grande parte da população recorreu à economia informal, quando não à criminalidade.

Abacha morreu repentinamente dia 8 de junho de 1998, em Abuja, desencadeando comemorações nas ruas, insegurança nas Forças Armadas e uma tênue esperança de que algo melhore no país de 115 milhões de habitantes.

Abacha era candidato único às eleições marcadas para 1º de agosto de 1998.

O comando militar do país teve de promover a general, a toque de caixa, o chefe do Gabinete Militar, Abdusalam Abubakar, para que assumisse a Presidência.

A oposição espera que o sucessor permita outros candidatos.

(Fonte: Veja, 17 de junho de 1998 -– ANO 31 –- N° 24 – Edição 1551 –- DATAS – Pág; 41)

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