Sérgio Bernardes, foi um dos expoentes da arquitetura brasileira

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Arquiteto Sérgio Bernardes era um dos expoentes da arquitetura brasileira.

 

 

Arquiteto Sérgio Bernardes era um dos expoentes da arquitetura brasileira. (Foto: Sergio Bernardes / DIREITOS RESERVADOS / Divulgação)

 

 

Sérgio Bernardes foi um dos mais importantes arquitetos do Brasil

 

Sérgio Wladimir Bernardes (Rio de Janeiro, 9 de abril de 1919 – Rio de Janeiro, 15 de junho de 2002), arquiteto carioca, foi um dos mais importantes arquitetos brasileiros.

Contemporâneo de Lúcio Costa e de Oscar Niemeyer, foi autor de obras como o Pavilhão de São Cristóvão, a residência de campo de Carlos Lacerda e de um conjunto de apartamentos na Avenida Niemeyer.

Projetou sua primeira casa aos 15 anos, para um amigo do pai. Foi um inovador na tecnologia e no uso de materiais: além do concreto, da madeira e do aço, incorporou neblina, reflexos, sons e odores em seus projetos.

Contemporâneo de Lúcio Costa e de Oscar Niemeyer, foi autor de obras importantes, como o Pavilhão de São Cristóvão, a residência de campo de Carlos Lacerda e de um conjunto de apartamentos na Avenida Niemeyer, Bernardes ficou conhecido como o mais excêntrico arquiteto de sua geração. Entre suas ideias, está, por exemplo, o projeto de transformar o arquipélago de Fernando de Noronha numa só ilha, que seria um centro turístico.

 

Sérgio Bernardes e sua contribuição à arquitetura brasileira, Pavilhão de São Cristóvão. (Foto: DIREITOS RESERVADOS / Divulgação)

 

Pensou também em interligar os rios brasileiros por um sistema de aquedutos, além de conjuntos habitacionais suspensos sobre trilhos de trens e uma marina que juntaria as praias de Ipanema e Leblon. Na década de 80, foi secretário de Planejamento de Nova Iguaçu e defendia a divisão do município em “propriedades comunitárias”, uma de suas ideias socialistas. Mesmo assim, na década de 70, construiu o mausoléu Castelo Branco, tributo à direita e ao golpe militar de 1964. Em 1985, foi candidato a prefeito do Rio de Janeiro, pelo PMN.

Bernardes também ficou conhecido por tentar reunir a arquitetura com áreas como a sociologia, filosofia, geografia, ecologia, urbanismo e ciência política. “Somos uma sociedade de expelidos, cercados pela feiúra por todos os lados, que é o legado que nos dá a propriedade privada”, disse Bernardes, em entrevista ao Estado, em 1996.

Deixou um acervo com mais de 6 mil projetos acumulados. Entre suas obras mais importantes, estão o Mausoléu de Castello Branco (1968) e o palácio do governo do Ceará, ambos em Fortaleza; o Hotel Tambaú, em João Pessoa (PE), e o Pavilhão das Bandeiras na Praça dos Três Poderes (1969), em Brasília.

Nos anos 60, propôs a reinvenção da bicicleta (a “Biocleta”), do avião (“Gaivota”) e do transporte público ( “Rotor”).

 

 

Irreverência
Irreverente e aventureiro, Sérgio Bernardes costumava responder com bom humor, antes do derrame, quando lhe perguntavam sobre seu estado de saúde. “Se não me examinarem, estou ótimo”, dizia. Seu espírito aventureiro revelava-se na paixão por aviões e por corridas de automóvel.

Aos 16 anos fez um curso de pilotos e amava fazer acrobacias com seu monomotor. Aos 17 anos, já disputava corridas pelas avenidas do Rio. Vencedor da Bienal de Veneza, em 64, trocou o prêmio por uma Ferrari.

Projetou sua primeira casa aos 15 anos, para um amigo do pai. Foi um inovador na tecnologia e no uso de materiais: além do concreto, da madeira e do aço, incorporou até neblina, cortinas d’água, reflexos, sons e odores em seus projetos.

Com sua postura experimental, criava obras cheias de surpresas. Nos anos 60, propôs a reinvenção da bicicleta (a “biocleta”), do avião (“Gaivota”) e do transporte público (“Rotor”).

No final dos anos 70 criou o “Laboratório de Investigações Conceituais”, onde propôs soluções inusitadas para as questões sociais, como a construção de um aqueduto de 30 mil Km para combater a seca no Nordeste e edifícios de um quilômetro de altura para combater o déficit habitacional.

Embora trabalhasse mais de 12 horas por dia até o final de sua vida ativa, se dizia um vagabundo. “Só não mato ninguém por preguiça de esconder o corpo”, brincava. Deixou um acervo com mais de 6 mil projetos acumulados em quase 70 anos de profissão.

Entre suas obras mais importantes estão o Mausoléu de Castello Branco (1968) e o palácio do governo do Ceará, ambos em Fortaleza; o Hotel Tambaú, em João Pessoa (PE) e o Pavilhão das Bandeiras na Praça dos Três Poderes (1969), em Brasília.

Fez muitos projetos para os governos militares até 1972, quando o ex-presidente Geisel teria descoberto a proximidade de Bernardes com militares identificados com a esquerda.

Em reação, Geisel cancelou a encomenda do projeto de construção do Comando Naval de Brasília. Depois disso, passou a se dedicar a projetos residenciais, que acabaram sendo a face mais conhecida de seu trabalho.

 

 

 

Sérgio Bernardes e sua contribuição à arquitetura brasileira

Com uma vida profissional marcada pela densa produção e pesquisa, não apenas arquitetônica, mas em uma série de outros campos inter-relacionados, Sérgio Bernardes começou a trabalhar muito jovem e aos treze anos fundou sua primeira oficina de maquetes. Aos quinze anos – antes mesmo de ingressar na faculdade de Arquitetura – concebeu seu primeiro projeto, a residência Eduardo Baouth, em Itaipava, no Rio de Janeiro, para amigos de seus pais. Além da arquitetura, também percorreu por outros campos, como o da marcenaria, por exemplo.

Em 1948 graduou-se na Faculdade de Arquitetura pela Universidade do Rio de Janeiro, período em que a arquitetura moderna encontrava-se em destaque no cenário internacional, pois o país já havia participado da Exposição Mundial de 1939 em Nova Iorque e trabalhos modernos brasileiros já haviam sido expostos no MoMA em 1943. Antes mesmo de completar a graduação, Sérgio obteve sua primeira publicação em arquitetura, com o projeto do Country Club em Petrópolis, pela revista L’Architecture d’Aujourd’hui.

 

Apesar do derrame, Bernardes ainda trabalhava. Seu último projeto foi a reforma do Pavilhão São Cristóvão. “Nunca parou de produzir. Estava sempre envolvido em algum projeto”, contou Maria Rosa Bernardes, nora do arquiteto.

Sérgio Bernardes morreu em 15 de junho de 2002, aos 84 anos em sua casa, no Rio de Janeiro. Bernardes morreu por falência múltipla dos órgãos provocada por um derrame sofrido há dois anos, que o deixou parcialmente paralisado.

Segundo a família, seu estado de saúde vinha debilitado desde que sofreu um derrame, dois anos atrás, e se agravou a partir de quarta-feira. Ele morreu em casa, às 7h, de falência múltipla dos órgãos.

O arquiteto deixa viúva, dois filhos -o cineasta Sérgio Bernardes e a artista plástica Cristiana Bernardes- e netos. Em outubro passado, seu terceiro filho, Cláudio Bernardes, também arquiteto, morreu em um acidente de automóvel em Mato Grosso do Sul.

Segundo a família, desde que sofreu o derrame, o arquiteto alternava momentos de lucidez e de inconsciência e não teria se dado conta da morte de Cláudio.

Segundo Maria Rosa Bernardes, nora do arquiteto, ao sofrer o derrame, ele estava envolvido no projeto de recuperação do Pavilhão de São Cristóvão, que ele projetou em 1958 e está abandonado. O projeto de recuperação acabou também abandonado.

O filho cineasta estava filmando o longa metragem “”Muiraquitã” em Macapá (AP) e interrompeu as filmagens para vir ao Rio ver o pai, na quinta-feira. Segundo parente, o cineasta teria intuído a morte do pai. Seu enterro estava programado para o final da tarde de ontem, no cemitério São João Batista, em Botafogo, na zona sul.

Irreverente e aventureiro, Sérgio Bernardes costumava responder com bom humor, antes do derrame, quando lhe perguntavam sobre seu estado de saúde. “Se não me examinarem, estou ótimo.” Seu espírito aventureiro revelava-se na paixão por aviões e por corridas de automóvel.

(Fonte: http://brasil.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL – BRASIL – 15 de jun de 2002)

(Fonte: https://www.archdaily.com.br – 9 Abril, 2018)

(Fonte: https://www.terra.com.br/istoegente/151/aconteceu – ACONTECEU – TRIBUTO / por Dirceu Alves Jr. – 24/06/2002)

(Fonte: https://www1.folha.uol.com.br/folha/cotidiano – COTIDIANO /  Por ELVIRA LOBATO da Folha de S.Paulo – 15/06/2002)

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/cotidiano – FOLHA DE S.PAULO – COTIDIANO – MEMÓRIA / Por ELVIRA LOBATO DA SUCURSAL DO RIO – São Paulo, 16 de junho de 2002)
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