Sérgio Noronha, jornalista carioca, ex-comentarista esportivo que trabalhou durante muitos anos na TV Globo e na Rádio Globo.

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Sérgio Noronha, jornalista e comentarista esportivo

 

Comentarista teve passagem pela TV Globo e pela Rádio Globo, entre outros veículos.

 

Sérgio Noronha (Rio de Janeiro, 28 de dezembro de 1932 – Rio de Janeiro, 24 de janeiro de 2020), jornalista carioca, comentarista famoso por sua passagem pela TV Globo.

 

 

Comentarista com passagem pela TV Globo e pela Rádio Globo, entre outros veículos, teve passagens pela revista O Cruzeiro, Jornal do Brasil, Diário Carioca, Correio da Manhã – onde participou da reforma gráfica orientada por Jânio de Freitas – e Última Hora; e nas revistas Senhor e TV Guia. Em 1975, Noronha, passou a integrar a equipe de Esportes da Globo e a assinar uma coluna no Jornal O Globo. Em 1976, foi para a TV Educativa.

 

 

Em 1982, apesar de ainda trabalhar na TV Educativa, o jornalista participou da cobertura da Globo da Copa do Mundo da Espanha. Após a Copa do Mundo, o jornalista passou a ser comentarista esportivo da Rádio Globo. Teve, ainda, passagens pela Rádio Tupi, pelo canal SporTV e pela TV Bandeirantes.

Um dos grandes jornalistas da sua geração, Sérgio Noronha deixou sua marca no jornal, no rádio e na TV. Estudou Letras na Faculdade Lafayete quando, aos 22 anos, começou a trabalhar na revista O Cruzeiro. Em 1959, virou repórter do Jornal do Brasil e passou ainda pelos jornais Diário Carioca, Correio da Manhã e Última Hora, além das revistas Senhor e TV Guia.

 

Chegou em 1975 à TV Globo, onde comentou as Copas do Mundo de 1978, 1982, 2002 e 2006. Passou também pela TV Educativa, Rádio Globo, Rádio Tupi e SporTV. Voltou à TV Globo em 1999 e ficou por mais 10 anos. Seus últimos trabalhos foram na TV Bandeirantes em 2009 e Canal Premiere em 2011. Além de repórter e comentarista, foi ainda redator, secretário de redação, editor de esportes e colunista.

 

Sérgio Barros de Noronha nasceu no Rio de Janeiro ainda capital federal em 28 de dezembro de 1932 e testemunhou grandes acontecimentos do esporte no Brasil e no Mundo. O jornalista viu, como torcedor, a derrota do Brasil para o Uruguai na decisão da Copa do Mundo de 1950 e participou de diversas coberturas de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.

 

 

Sérgio Noronha começou no jornalismo como contínuo na redação da revista O Cruzeiro em 1954. No ano seguinte, o novo projeto gráfico da publicação exigia novos textos e Sérgio Noronha, então estudante de Letras, resolveu ajudar como redator. Logo estava trabalhando como redator auxiliar e abandonando o curso universitário para entrar em definitivo no jornalismo.

 

 

No impresso, Sergio Noronha também trabalhou no Jornal do Brasil, Diário Carioca, Correio da Manhã e Última Hora, além das revistas Senhor e TV Guia. Foi no Jornal do Brasil, a partir de 1970, que se consolidou no Esporte. Em 1974, chefiou a equipe do Jornal do Brasil na cobertura da Copa do Mundo de 1974, sediada e vencida pela Alemanha.

 

 

O sucesso na TV e no rádio

Um ano após a Copa de 1974, Sérgio Noronha chegou à Rede Globo, onde trabalhou, entre saídas e retornos, até a primeira década do século XXI, sempre na equipe de Esportes. Em 1978, foi repórter e comentarista da TV na Copa de 1978, na Argentina. Repetiu a dose quatro anos depois, na Espanha, na Copa de 1982.

 

 

A partir da Copa do México, em 1986, Sérgio Noronha cobriu Copas do Mundo pelo rádio, primeiro pela Rádio Tupi e depois pela Rádio Globo nas Copas de 1990, na Itália, e de 1994, nos EUA. Em 1998, na França, também colaborou para o canal por assinatura SporTV.

 

 

De volta à TV Globo em 1999, Sérgio Noronha comentou as Copas da Coreia do Sul e Japão, em 2002, e Alemanha, em 2006. Sérgio Noronha também participou da cobertura dos Jogos Olímpicos de 2004, em Atenas, e do Pan do Rio, em 2007.

 

 

Apelido famoso, cochilo no ar e mal de Alzheimer

 

 

Sérgio Noronha foi apelidado de Seu Nonô pelo radialista Jorge Curi. Noronha não gostou e o apelido pegou, ganhando até vinheta no rádio. Fora dos estúdios, se recusava a ser tratado pelo apelido.

 

 

Na Copa de 2002, viveu o episódio mais inusitado da carreira: durante uma passagem ao vivo, foi flagrado dormindo no estúdio. Beirando os 70 anos de idade, foi traído pelo fuso horário do Japão.

 

 

 

O preferido de Galvão – Noronha se notabilizou como comentarista e cronista esportivo, com passagens pelas principais emissoras e veículos de imprensa do país, entre eles o Jornal do Brasil, Diário Carioca e Correio da Manhã. Mas foi na televisão e no rádio onde o jornalista ganhou notoriedade, participando da cobertura de diversas Copas do Mundo entre os anos 70 e 90. Por iniciativa de Galvão Bueno, foi reintegrado ao time de comentaristas da TV Globo em 1999 – cinco anos antes, em entrevista a PLAYBOY, a principal voz esportiva do Brasil considerou Noronha o melhor comentarista de futebol do país – e participou de transmissões televisivas em mais dois mundiais, entre eles o do pentacampeonato da seleção brasileira, em 2002.

 

 

 

José Roberto Wright, Galvão Bueno e Sérgio Noronha em transmissão do Pan do Rio de Janeiro, em 2007. (Foto: TV Globo/Divulgação)

 

 

Novamente demitido da Globo, em 2009, Noronha foi convidado pelo radialista José Carlos Araújo, o Garotinho, para o time de Esportes da TV Bandeirantes. Em entrevista recente ao portal UOL, Garotinho explicou a situação do colega. “Quando ele foi demitido da TV Globo, arrumei emprego para ele. Falei com o Luciano do Valle e coloquei na Band. Foi o último emprego dele como comentarista, na Bandeirantes aqui no Rio de Janeiro. Foi demitido quando contrataram o Edmundo. Preferiram ex-jogadores”, contou Araújo. “Mas o Noronha foi um profissional muito isento, muito equilibrado, muito imparcial”.

A última participação de Noronha na televisão aconteceu em 2011, quando participou de programas do canal pay per view PFC. Mais recentemente, Sérgio Noronha foi amparado pelos amigos, entre eles o ex-árbitro Arnaldo Cezar Coelho. Doente e com sérios problemas financeiros, o jornalista passou a morar, em 2018, no Retiro dos Artistas, espaço criado e mantido pelo ator Stephan Nercessian e que abriga estrelas do passado da televisão. Foi Arnaldo quem reformou uma casa para Noronha, equipando-a com eletrodomésticos.

Fora da TV desde 2011 após uma passagem pela Bandeirantes, Sérgio Noronha foi diagnosticado com Mal de Alzheimer em 2015 e vivia desde 2019 no Retiro dos Artistas da Rede Globo, ajudado por Arnaldo Cezar Coelho.

 

Sérgio Noronha, de 87 anos, faleceu em 24 de janeiro de 2020, no Rio de Janeiro. A notícia de seu falecimento foi confirmada pelo amigo e ex-colega de TV Globo Arnaldo Cezar Coelho, o comentarista sofria de Alzheimer e estava internado há dez dias em um hospital no bairro de Laranjeiras, se recuperando um quadro de pneumonia. “Seu Nonô”, como Arnaldo se referia carinhosamente ao amigo, havia acabado de sair do CTI quando sofreu uma parada cardiorrespiratória e não resistiu.

 

Galvão Bueno, que dividiu a cobertura dos jogos da Copa do Mundo de 1982 na Espanha com Sérgio Noronha, fez um agradecimento público ao amigo:

– A imprensa brasileira perdeu um dos grandes nomes de toda a sua história. Eu, pessoalmente, perdi um grande amigo e um mestre. Faço sempre questão de frisar a parceria que fiz com Sérgio Noronha na Copa do Mundo de 82 na Espanha na Rede Globo. Ali, aprendi muito. Noronha me ensinou a ser um profissional mais completo e uma pessoa humana muito melhor. Que Deus o receba com muito amor e muito carinho, “Seu Nonô”.

 

A informação foi confirmada pelo Retiro dos Artistas e pelo amigo Arnaldo Cezar Coelho, companheiro de trabalho de longa data do comentarista e que o ajudava a se manter na instituição que abriga artistas idosos em dificuldade financeira. Ele não tinha parentes próximos no Rio.

(Fonte: https://br.yahoo.com/esportes/noticias – ESPORTES / NOTÍCIAS / Por Redação Esportes, Yahoo Esportes – 24 de jan 2020)

(Fonte: https://veja.abril.com.br/placar – PLACAR / Por Danilo Monteiro – 24 jan 2020)

(Fonte: https://globoesporte.globo.com/rj/futebol/noticia – FUTEBOL / NOTÍCIA / Por Guilherme Oliveira e Ricardo Bernardes — Rio de Janeiro – 24/01/2020)

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