Sheree Norte; A substituta de Marilyn Monroe construiu uma longa carreira de atriz

 

Sheree North (Los Angeles, California, 17 de janeiro de 1932 – 4 de novembro de 2005), foi uma atriz, cantora e dançarina americana, indicada duas vezes ao prêmio Emmy.

Sheree, a loira platinada dos filmes musicais dos anos 1950, lembrada pelo público mais jovem por seus contínuos papéis na televisão como a sensual namorada de Lou Grant em “The Mary Tyler Moore Show” e a mãe de Kramer, Babs, em “Seinfeld”.

Preparada como uma garota glamorosa de estúdio que poderia substituir a mais famosa, mas muitas vezes pouco confiável, Marilyn Monroe, North foi mais tarde entrevistada ou escalada para documentários e programas sobre Monroe. Entre eles estavam o filme para televisão de 1980 “Milyn: The Untold Story”, no qual ela interpretou a mãe de Monroe; e os documentários “Milyn Monroe: Beyond the Legend” em 1987 e “Retrato Íntimo: Marilyn Monroe” em 1996.

Nascida Dawn Shirley Crang em Los Angeles, California, no dia 17 de janeiro de 1932, North começou dançando em shows durante a Segunda Guerra Mundial aos dez anos.

Aos quinze, se casou com Fred Bessire e teve um filho aos dezesseis. Ela continuou dançando em clubes usando o nome de Shirley Mae Bessire.

Depois de ser vista dançando em Santa Monica, North foi chamada para fazer o filme de 1953, “Here Come the Girls”. Naquela época, adotou o nome de Sheree North.

Em 1954, North assinou com a Fox. O ano seguinte, conseguiu o papel principal em “How to Be Very, Very Popular”, papel rejeitado por Marilyn Monroe. Por causa disso, North acabou aparecendo na capa da revista Life com a chamada “Sheree North pega o papel de Marilyn Monroe”. Historiadores cinematográficos costumam dizer sempre que a mais memorável cena de North foi dançar eletricamente no filme”Shake, Rattle and Roll”.

Depois deste sucesso, North foi chamada de “a nova Marilyn Monroe”. Entretanto, o estúdio logo perdeu o interesse nela e focou a atenção em outra loira, Jayne Mansfield. Décadas mais tarde, North faria o papel de mãe de Monroe em 1980, num filme para a TV “Marilyn: The Untold Story”.

Depois do fim do contrato com a Fox em 1958, ela continuou fazendo filmes e aparecendo em séries de TV. Nos anos 60, voltou para a Broadway no musical “I Can Get It for You Wholesale”. 

Fontes de Hollywood sussurraram originalmente que a 20th Century Fox contratou North apenas como uma ameaça à problemática Monroe – a quem ela substituiu em “Como ser muito, muito popular”, de 1955, em que ela superou e ofuscou a pernuda Betty Grable. North não apenas compartilhava o penteado loiro de Monroe, mas correspondia quase exatamente à sua altura e medidas.

Ao contrário de outras loiras com estilo de estúdio, como Jayne Mansfield ou Mamie Van Doren, North tentou mudar sua imagem bombástica, permitindo-se envelhecer graciosamente, trabalhar sem maquiagem e seguir para papéis de personagens mais antigos. Ela trabalhou de forma constante, desfrutando de uma carreira de meio século no palco, na televisão e no cinema. Mas ela nunca abalou a imagem inicial de beldade, culpa que atribuiu à cobertura da imprensa gerada em estúdio na década de 1950.

“Ainda hoje”, ela disse ao The Times em 1983, lamentando ter sido rejeitada para vários papéis dramáticos por causa de sua aparência, “ainda há a mesma reação quando os produtores ouvem meu nome. Eles se lembram de mim como a loira que deveria substituir Marilyn Monroe.”

Nascido Dawn Bethel em Los Angeles em 17 de janeiro de 1933, North dançou quando jovem em shows da USO durante a Segunda Guerra Mundial.

“Comecei a dançar na época em que comecei a andar”, disse ela ao The Times em 1953. Mais tarde, ela disse que lixava pisos e estacionava carros para pagar aulas de balé.

Abandonando a ideia de se tornar bailarina, ela optou por empregos remunerados em boates locais e no coro do Teatro Grego.

Ela fez sua estreia no cinema em “Excuse My Dust”, de 1951, estrelado por Red Skelton. Mas, apesar de seus primeiros filmes, ela ficou tão desanimada em lançar uma carreira no show business que considerou ir para a escola de secretariado.

North teve que cruzar o país para seu papel de destaque – um número de dança selvagem no musical da Broadway “Hazel Flagg” que ela ganhou depois que um agente a viu dançando em uma boate de Santa Monica. A estreia no Great White Way lhe rendeu um prêmio Theatre World e a chance de repetir seu autodenominado jitterbug na versão cinematográfica de comédia musical de Dean Martin-Jerry Lewis do show, renomeado “Living It Up”, em 1954.

Quando ela apareceu no episódio inicial de “The Bing Crosby Show” na televisão naquele mesmo ano, o ex-crítico de televisão do Times Walter Ames observou: “Uma das surpresas do programa foi Sheree North, a dançarina bem torneada. Ninguém me deu a menor ideia de que ela poderia contar falas de comédia tão bem quanto ela, mas ela mais do que se saiu bem com Bing e Jack Benny. Sheree esteve bem perto de encerrar o show.”

Depois disso, seus créditos cinematográficos rapidamente alcançaram o status de protagonista, como no filme musical de 1956 “As Melhores Coisas da Vida São de Graça”, ao lado de Gordon MacRae e Dan Dailey.

North apareceu no palco em musicais populares como “Can-Can”, “Irma La Douce” e “Bye Bye Birdie”, e em peças como “Private Lives”, “The Madwoman of Chaillot” e “6 Rms Riv Vue. ” Ela também dirigiu e produziu vários shows em pequenos teatros e, em 2000, interpretou a bela sulista Amanda em uma produção de “The Glass Menagerie”, de Tennessee Williams, no Laguna Playhouse.

Sua carreira cinematográfica também durou várias décadas, incluindo filmes como “The Outfit”, com Robert Duvall em 1973, “The Shootist”, estrelado por John Wayne em 1976, e o thriller de 1991 “Defenseless”, com Barbara Hershey e Sam Shepard.

Mas a atriz provavelmente ganhou seu maior reconhecimento na televisão, começando com programas de variedades do início dos anos 1950, incluindo “Toast of the Town”, de Ed Sullivan. Ela passou a atuar como convidada em séries importantes como “The Virginian”, “The Big Valley”, “The Fugitive”, “Cannon”, “McMillan and Wife”, “Owen Marshall: Counselor at Law”, “Kojak”, “Hawaii Five-O”, “Barnaby Jones”, “Fantasy Island”, “The Golden Girls” e “Murder, She Wrote”. Ela recebeu indicações ao Emmy por participações em “Marcus Welby, MD” e “Archie Bunker’s Place”.

North teve um papel fundamental na minissérie “Women in White”, de 1979, e interpretou a tensa chefe Edie McKendrick na sitcom de pai e filha de Danny Thomas, de 1980-81, “I’m a Big Girl Now”.

Em 1974, North tornou-se parte da história da televisão no 100º episódio do “The Mary Tyler Moore Show”, quando o personagem de Ed Asner, Lou Grant, se apaixonou por ela como Charlene Maguire, uma cantora de saloon com um passado. Ela inspirou o rude jornalista Grant a começar a usar gola alta lilás e andar pelo escritório como, como disse um colega, “uma abelha de 90 quilos”.

“Não me lembro de nenhum trabalho de comédia televisiva mais impecável do que este 100º episódio”, comentou o ex-colunista de televisão do Times, Cecil Smith. “Isso não poderia acontecer com uma atriz melhor. Sheree North é uma artista excelente e dá a Charlene o tipo de humor ácido e sofisticado que a série não teve desde a abdicação de Rhoda [Valerie Harper] para seu próprio show.

Nos anos 70 e 80, North fez praticamente somente seriados de TV.

Nos anos 90, além de TV, participou do filme “Susan’s Plan” em 1998.

North foi casada mais três vezes. Em 1955, casou-se com o publicitário John “Bud” Freedman, mas o casamento durou somente um ano. Seu terceiro casamento foi com Gerhardt Sommer e com ele teve mais uma filha, mas o casamento durou até 1963.

Sheree North faleceu em 4 de novembro de 2005, de complicações durante uma cirurgia.

North, que estava com boa saúde, morreu inesperadamente no Cedars-Sinai Medical Center devido a complicações após a cirurgia, disse sua filha, Dawn Bessire, de Santa Monica.

North deixa seu marido, Phillip Norman, de Pacific Palisades; duas filhas de casamentos anteriores, Dawn Bessire e Erica Torrablas; e um neto. Nenhum serviço público está planejado.

(Fonte: http://belasatrizesdomundo2.blogspot.com.br/2009/05/sheree-north – Postado por Gene Eliza Tierney)

(Fonte: https://www.latimes.com/archives/la-xpm-2005-nov-07- Los Angeles Times/ ARQUIVOS/ ENTRETENIMENTO E ARTES/ POR MYRNA OLIVER/ REDATOR DA EQUIPE DO TIMES – 7 DE NOVEMBRO DE 2005)

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