Controverso mestre budista tibetano
Autor de “Livro Tibetano da Vida e da Morte”, ele se tornou um dos principais promotores do budismo no Ocidente e foi acusado por alunos de abusos físicos em 2017
Nascido em 1947 no Tibete, Sogyal Lakar Rinpoché foi reconhecido como a reencarnação de Tertön Sogyal, professor do décimo terceiro Dalai Lama.
Nos anos 70, ele se tornou um dos principais promotores do budismo no Ocidente.
Seu trabalho “Livro tibetano da vida e da morte” vendeu três milhões de cópias no mundo desde sua publicação em 1992.
O professor budista fundou a Rigpa, uma rede de 130 centros espirituais em diferentes países.
Mas, em 2017, em uma carta aberta, oito de seus ex-alunos o acusaram de abuso “físico, emocional, psicológico e sexual” e denunciaram seu modo “extravagante” de vida e desperdício.
O Dalai Lama, criticado pela falta de uma reação mais enfática quanto ao escândalo, teve que enviar seu outrora “grande amigo” para um retiro forçado.
Passagem
Em novembro de 2010, durante uma peregrinação pelo Brasil, Rinpoché esteve esteve no Rio Grande do Sul. O monge foi até o topo do morro Águas Brancas para um retiro espiritual no Templo Budista Khadro Ling, em Três Coroas, onde se encontrou com praticantes. Ele ficou hospedado no mesmo quarto do fundador do local e mestre de sua mesma geração, Chagdud Rinponche (1930-2002).
À época, abordou temas como maneiras de descobrir o contentamento e a paz interior, a essência dos ensinamentos de Buda, além da meditação que leva à compreensão da mente e de sua verdadeira natureza.
Em seguida, Rinpoche seguiu para a Capital Porto Alegre, onde palestrou no Colégio Rosário.
“A saúde de Sgyal Rinpoché deteriorou-se rapidamente após uma embolia pulmonar e ele deixou o mundo às 13h00 na Tailândia”, anunciou uma mensagem em inglês postada em sua página no Facebook.
O mestre budista sofria de câncer de cólon, segundo a fonte.
Outros, por outro lado, foram mais críticos, como a mensagem de solidariedades para com os “muitos discípulos que foram feridos por seu mau comportamento”.