Stephen J. Cannell (Los Angeles, 5 de fevereiro de 1941 – Pasadena (Califórnia), 30 de setembro de 2010), escritor, roteirista e produtor da série Esquadrão Classe A.
Um dos mais prolíferos produtores da televisão, Stephen J. Cannell fez seu nome entre as décadas de 1960 a 1980 quando criou e/ou produziu quase 40 séries de TV, entre elas “O Homem da Máfia”, “O Super-Herói Americano”, “Esquadrão Classe A” e “Arquivo Confidencial”. Na última década, vinha se dedicando a escrever livros, tendo publicado cerca de 16 obras.
Cannell foi vencedor do Emmy por Arquivo Confidencial (1974). Foi um produtor de televisão lendário e um escritor prolífico.
O produtor criou e participou da produção de cerca de 40 séries de televisão, entre elas O Super-Herói Americano, O Homem da Máfia e Anjos da Lei.
Também escreveu o roteiro de 450 episódios e produziu ou atuou em mais de 1,5 mil.
Além disso, Cannell escreveu 16 romances e trabalhou como voluntário, ajudando pessoas com dislexia, já que ele mesmo sofreu com o problema.
Stephen Joseph Cannell nasceu no dia 5 de fevereiro de 1941, em Los Angeles. Ao longo de sua infância e adolescência, Stephen lutou contra a dislexia, formando-se em jornalismo pela Universidade do Oregon em 1964. Levou alguns anos até que começasse a investir em uma carreira de roteirista. Em 1968, a Universal comprou um roteiro escrito para a série “O Rei dos Ladrões/It Takes a Thief”, estrelada por Robert Wagner, que não chegou a ser produzido. Passaria mais algum tempo até que, como freelancer, Stephen conseguisse que roteiros seus fossem produzidos para séries como “Têmpera de Aço” e “Columbo”. Quando a série “Adam-12″ entrou em sua quarta temporada, Stephen foi contratado como roteirista principal da produção de Jack Webb.
Discípulo de Roy Huggins, criador de “O Fugitivo” e “Maverick”, e de Jack Webb, de “Dragnet” e “Emergência”, Stephen se transformou em um dos grandes nomes da indústria televisiva americana.
Ao longo dos anos 70 e 80, Stephen foi criador ou co-criador de várias séries que marcaram época, como “Arquivo Confidencial/The Rockford Files”, que lançou a carreira de David Chase, um dos roteiristas da série, “O Super-Herói Americano/The Greatest American Hero”, “O Esquadrão Classe A/The A-Team”, “O Homem da Máfia/Wiseguy”, “Anjos da Lei/21 Jump Street”, que lançou a carreira de Johnny Depp, “The Commish”, que lançou Michael Chiklis, “Silk Stalkings”, “Contrato de Risco/Stingray”, “Demônios do Ar/Baa Baa Blackship”, “Tiro Certo/Hunter”, “Tempo Quente/Riptide”, “O Renegado/Renegade”, “Dupla Genial/Tenspeed and Brown Shoe”, que lançou Jeff Goldblum, “Cara ou Coroa/Hardcastle and McCormick”, “Cobra”, “Baretta”, e outras.
Segundo seu site oficial, Cannell escreveu mais de 450 episódios e produziu mais de 1.500. A maioria de suas séries foi sucesso de audiência, transformando-o em um “Midas” da época. Produzidas por sua própria empresa, a Stephen J. Cannell Productions, criada em 1979, as séries foram distribuídas pela Universal (com exceção de “Tiro Certo” e “O Super-Herói Americano” que são da Paramount). Ao longo dos anos, Cannell estabeleceu sua marca, chegando a se dar ao luxo de fazer participações como ator em algumas produções de colegas. A mais recente foi em “Castle”.
Em 1964, Stephen casou-se com Marcia Finch, que ele conheceu quando estava na oitava série e com quem permaneceu casado até sua morte. Os dois tiveram quatro filhos: Tawnia, Chelsea, Cody e Derek, que morreu em 1981, aos 15 anos de idade.
A despeito do sucesso de suas séries, “O Homem da Máfia” é uma das produções que marcaram a história da televisão. Nem tanto por sua receptividade, que de longe perdia para produções mais populares como “O Esquadrão Classe A”, por exemplo, mas por sua estrutura narrativa, que promoveu mudanças na produção seriada americana.
“O Homem da Máfia” ajudou a estabelecer os parâmetros que foram introduzidos por “Chumbo Grosso/Hill Stree Blues”, “Nos Bastidores da Lei/L.A. Law” ou “St. Elsewhere”, e que seriam explorados mais tarde pela produção da TV a cabo. Enquanto as séries citadas introduziam heróis vivendo momentos difíceis, forçando-os a tomar atitudes questionáveis, “O Homem da Máfia” introduzia um herói que se comportava como bandido ao apresentar Vinnie Terranova (Ken Wahl), um agente do FBI infiltrado na máfia.
Em função de seu trabalho, o personagem passa por uma profunda desconstrução moral ao começar a questionar o que era certo e o que era errado, quem era mocinho e quem era bandido, mergulhando em um inferno pessoal, finalizado com seu assassinato no início da última temporada.
Além do personagem, a série também explorou mais profundamente o desenvolvimento das histórias contínuas, introduzidas na narrativa seriada pelas minisséries, passando pelas produções com narrativas de novelas, como “Dallas” ou “Dinastia”, chegando às séries citadas no parágrafo anterior, Estas desenvolviam uma história contínua como pano de fundo, ou limitada a alguns episódios, com exceção de “St. Elsewhere”, que tinha narrativa de novela.
As temporadas de “O Homem da Máfia” desenvolviam um ou dois temas que se completavam ao final de cada ano, oferecendo um cliffhanger do início da próxima situação a ser explorada. Algo que hoje é a base das séries produzidas pela TV a cabo. A série também explorou temas tabus ao relacionar o governo americano com as atividades da máfia ou introduzir um personagem (interpretado pelo então desconhecido Kevin Spacey) que mantinha uma relação incestuosa com a irmã.
Pouco reconhecida pela mídia, a série foi (quase) esquecida, mas seu valor para a história da TV permanece.
Cannell, morreu em 30 de setembro de 2010, aos 69 anos por causa de um melanoma, em sua casa em Pasadena (Califórnia).
Cannell era casado há 46 anos com Marcia, que ele conheceu ainda na escola.
(Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/temporadas – Nova Temporada/ Por FERNANDA FURQUIM – 1º dez 2016)
(Fonte: http://diversao.terra.com.br/tv – DIVERSÃO – TV- 1° de Outubro de 2010)
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