Stephen Weinberg, vencedor do Prêmio Nobel de 1979 junto com dois outros cientistas por suas contribuições separadas para resolver os mistérios das micropartículas e sua interação eletromagnética

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O físico vencedor do Prêmio Nobel

O físico unificou duas das quatro forças fundamentais.

 

Steven Weinberg (à direita) junto com seu colega Sheldon Glashow, que também ganhou o Prêmio Nobel de Física em 1979. (Créditos: Bettmann / Getty Images)

 

 

Stephen Weinberg (Nova York em 1933 – Texas, Austin, 24 de julho de 2021), físico, vencedor do Prêmio Nobel de 1979 junto com dois outros cientistas por suas contribuições separadas para resolver os mistérios das micropartículas e sua interação eletromagnética.

Seu trabalho foi fundamental para o Modelo Padrão, a teoria da física abrangente que descreve como as partículas subatômicas se comportam. Seu artigo seminal foi um curto estudo de três páginas publicado em 1967 na revista Physical Review Letters e intitulado “A Model of Leptons” (Um Modelo de Léptons, na tradução livre). Nele, ele previu como as partículas subatômicas conhecidas como W, Z e o famoso bóson de Higgs deveriam se comportar – anos antes de essas partículas serem detectadas experimentalmente, de acordo com um comunicado da UT Austin.

O estudo também ajudou a unificar a força eletromagnética e a força fraca e previu que as chamadas “correntes neutras fracas” determinariam como as partículas interagiriam, de acordo com o comunicado. Em 1979, Weinberg e os físicos Sheldon Glashow e Abdus Salam ganharam o Prêmio Nobel de Física por este trabalho. Ao longo de sua vida, Weinberg continuaria sua busca por uma teoria unificada que unisse as quatro forças, de acordo com o comunicado.

Weinberg também tinha um talento especial para tornar a física acessível a todos. Seu livro “Os Três Primeiros Minutos” (1977, publicado no Brasil pela Editora Guanabara Dois) descreveu, em linguagem simples e emocionante, aqueles primeiros minutos da infância do universo e detalhou o processo da expansão do universo.

Weinberg nasceu em Nova York em 1933. Seu amor pela ciência começou com um kit de química, de acordo com o comunicado. Aos 16 anos, ele decidiu estudar física teórica, escreveu Weinberg no site do Prêmio Nobel. Ele frequentou a Universidade Cornell para seu trabalho de graduação e obteve um doutorado em física pela Universidade de Princeton em 1957.

Weinberg, um professor da Universidade desde os anos 1980, compartilhou em 1979, o Prêmio Nobel de Física com os cientistas Abdus Salam e Sheldon Lee Glashaw. Seu trabalho melhora a compreensão de como tudo no universo está conectado, de acordo com uma declaração da UT.

Sean Carroll, um físico teórico da Caltech, disse que o trabalho ajudou os físicos a unir duas das quatro forças da natureza, as forças subatômicas conhecidas como forças nucleares.

“É tudo uma questão de compreender as leis da natureza em um nível profundo. Somos criaturas curiosas e queremos saber como o universo funciona ao nosso redor.”

O trabalho de Weinberg baseia-se no de Albert Einstein, de acordo com o físico da teoria das cordas da Universidade de Columbia, Brian Green.

“A ideia era que todas as forças da natureza poderiam de fato ser a mesma força … esse era o sonho de Einstein, que tudo poderia ser perfeito”, disse Green. Ele levou essa ideia adiante. Ele impulsionou essa ideia demonstrando (duas forças) que eram a mesma força.

Weinberg, Salam e Glashaw – trabalhando separadamente – foram homenageados “por suas contribuições para a teoria da interação eletromagnética fraca e unificada entre partículas elementares, incluindo … a previsão da corrente neutra fraca”, de acordo com o Prêmio Nobel.

Uma nativo, Weinberg foi pesquisador da Columbia University e da University of California, Berkeley, no início de sua carreira. Ele então serviu no corpo docente em Harvard e no MIT antes de ingressar no corpo docente da UT em 1982, onde ensinou física e astronomia.

Ele se casou com sua esposa Louise em 1954 e teve uma filha, Elizabeth, em 1963, de acordo com o site do Prêmio Nobel. Em 1982, Weinberg mudou-se para UT Austin, onde foi professor de física e astronomia por décadas.

Steven Weinberg faleceu em 24 de julho de 2011, aos 88 anos, no Texas em Austin.

“A morte de Steven Weinberg é uma perda para a Universidade do Texas e para a comunidade”, disse o presidente de Utah, Guy Hartzel, em um comunicado.

“O professor Weinberg desvendou os mistérios do universo para milhões de pessoas, enriquecendo o conceito de natureza da humanidade e nossa relação com o mundo”, disse Jay Hartzell, presidente da UT Austin, em comunicado. “De seus alunos a entusiastas da ciência, de astrofísicos a autoridades públicas, ele fez uma enorme diferença em nossa compreensão. Em suma, ele mudou o mundo”.

(Fonte: https://www.90goals.com.br – SCIENCE / por ANNALIESE FRANKE – jul 24, 2021)

(Fonte: https://universoracionalista.org – CIÊNCIA / HISTÓRIA / Por Julio Batista – jul 24, 2021)

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