Sydney Schanberg, relatou a violenta chegada ao poder no Camboja do Khmer Vermelho, sendo adaptado para o cinema em “Os Gritos do Silêncio”.

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Sydney Schanberg, herói de ‘Os Gritos do Silêncio’

Sua história inspirou o filme de 1984 dirigido por Roland Joffé.

O jornalista americano Sydney Schanberg em Nova York em 15 de junho de 1976 - (Foto: The New York Times/AFP/Arquivos)

O jornalista americano Sydney Schanberg em Nova York em 15 de junho de 1976 – (Foto: The New York Times/AFP/Arquivos)

Sidney Schanberg foi autor de reportagens sobre a ditadura comunista do Khmer Vermelho no Camboja, aclamadas por um prêmio Pulitzer

Sydney Schanberg (Clinton, Massachusetts, 17 de janeiro de 1934 – Poughkeepsie, Nova York, 9 de julho de 2016), jornalista e ex-repórter americano, vencedor do prêmio Pulitzer, cujo relato da violenta chegada ao poder no Camboja do Khmer Vermelho foi adaptado para o cinema em “Os Gritos do Silêncio”.

O jornal ex-repórter foi o vencedor do maior prêmio mundial de jornalismo, o Pulitzer, pela série de reportagens sobre a ditadura comunista do Khmer Vermelho no Camboja

Enquanto os diplomatas e jornalistas fugiam do Camboja, Schanberg e seu assistente Dith Pran (1942-2008) permaneceram no país para informar sobre o avanço do Khmer Vermelho, liderado pelo tirano Pol Pot, sobre sobre Phom Penh em 1975.

A história inspirou o filme “Os Gritos do Silêncio”, de 1984, dirigido por Roland Joffé.

A história pessoal desse repórter inspirou o filme Os Gritos do Silêncio, de 1984, dirigido por Roland Joffé e vencedor de vários Oscar. Schanberg trabalhou durante muitos anos para o NYTimes na Indochina e testemunhou a tomada do poder no Camboja por aquela que é considerada a mais cruel guerrilha já surgida no Extremo Oriente, o Khmer Vermelho.

Enquanto os diplomatas e jornalistas fugiam daquele país, Schanberg e seu assistente Dith Pran permaneceram na capital cambojana, para informar sobre as tropas lideradas pelo tirano comunista Pol Pot, em 1975.

Ele foi um dos poucos jornalistas americanos a permanecer em Phnom Penh depois que o Khmer Vermelho assumiu o controle da cidade, em 1975. Nos anos seguintes, 1,7 milhões de pessoas foram executadas ou morreram por causa da tortura, enfermidade e fome durante o reinado do terror do grupo marxista Khmer Vermelho.
– É difícil imaginar como suas vidas poderiam ser pior do que como foi sob o governo apoiado pelos americanos. Mas piorou – definiu Schanberg, ao relatar os primeiros meses do governo do Khmer.

Schanberg conseguiu escapar para Nova York e, lá, escreveu relatos sobre o horror vivenciado no Camboja. As reportagens deram a ele em 1976 o Prêmio Pulitzer de Reportagem Internacional. Schanberg trabalhava no The New York Times desde 1959. Ele passou grande parte da década de 1970 no sudeste da Ásia como correspondente do Times. Pelas sua reportagens, ganhou duas vezes, em 1971 e 1974, pela excelência em jornalismo, o Prêmio George Polk (1913-1948).

Sam Waterston com Dith Pran e Schanberg fora do edifício New York Times em 1984 (Foto: Warner Brothers/Divulgação)

Sam Waterston com Dith Pran e Schanberg fora do edifício New York Times em 1984 (Foto: Warner Brothers/Divulgação)

Em 1980 ele publicou o livro “A Morte e Vida de Dith Pran”, no qual descreve a luta pela sobrevivência de seu assistente e tradutor Dith Pran sob o regime do Khmer Vermelho. Pran conseguiu fugir do Camboja, foi levado aos EUA e lá reencontrou Schanberg.

Pran morreu de câncer no pâncreas em 30 de março de 2008, nos Estados Unidos, aos 65 anos de idade.

A obra inspirou o filme de 1984 The Killing Fields (Os Gritos do Silêncio), em que Schanberg foi interpretado por Sam Waterston. O filme ganhou em 1985 os prêmios Oscar de melhor ator coadjuvante (Haing S. Ngor, no papel de Dith Pran), melhor fotografia e melhor edição.

Sydney Hillel Schanberg morreu em 9 de julho de 2016, após sofrer um ataque cardíaco em 5 de julho e faleceu em Poughkeepsie, no estado de Nova York nos Estados Unidos aos 82 anos, anunciaram um amigo e o jornal New York Times, para o qual ele trabalhou.

“Syd era um grande escritor, um repórter corajoso e um modelo importante a seguir para mim”, escreveu Charles Kaiser, um amigo e ex-jornalista do New York Times.

O jornal New York Times descreveu Schanberg como um “correspondente estrangeiro quase ideal: um aventureiro que assumia riscos e desconfiava das autoridades, confiava em si mesmo nas zonas de guerra e escrevia vividamente sobre tiranos políticos e militares e o sofrimento e as mortes de suas vítimas, com paixão de uma testemunha da história”.

Kaiser também publicou uma declaração em nome da esposa de Schanberg, Jane Freiman, e suas duas filhas.

“Nós vamos sentir falta de seu senso de humor, seu amor e seu estoque inesgotável de fatos incriminatórios sobre Donald Trump”.

(Fonte: http://istoe.com.br – CULTURA – 09.07.16)

(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – N° 18.512 – TRIBUTO / MEMÓRIA – 09/07/2016)

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/07 – POP & ARTE – Da AFP – 09/07/2016)

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