Tarcisio Bertone, secretário de Estado – e número 2 do Vaticano.
Bertone, foi designado secretário de Estado em 2006 e era considerado um homem de confiança do Papa Emérito Bento XVI. Por anos foi considerado uma das pessoas mais influentes no Vaticano, mas também teve seu nome envolvido em polêmicas.
O Papa Francisco decidiu substituir o secretário de Estado Tarcisio Bertone pelo núncio da Venezuela, o arcebispo Pietro Parolin.
A saída de Bertone foi descrita pelo jornal como o fim de uma era no Vaticano – um fim que começou a se delinear com o chamado escândalo VatiLeaks.
No fim de janeiro de 2012, o vazamento de cartas e documentos abalou a Santa Sé. Eles saíram da Secretaria de Estado e pareciam ter como alvo o cardeal Bertone.
Surgiram suspeitas de influência em assuntos financeiros relacionados à Igreja e, segundo algumas fontes, o secretário de Estado teria tentado bloquear uma tentativa de limpeza na Cúria.
Em fevereiro de 2013, Bento XVI anunciou sua renúncia. Para muitos, o escândalo e os problemas de saúde tinham se tornado pesados demais para o então Pontífice.
Bertone deve continuar como presidente da Comissão de Cardeais no IOR (conhecido como o Banco do Vaticano) pelo menos até dezembro, quando será concluído o relatório sobre lavagem de dinheiro na instituição.
Em seu lugar assumiu Pietro Parolin, nascido em Schianon, na Vicenza. O italiano Parolin foi designado núncio, uma espécie de embaixador da Igreja, na Venezuela em 2009 também por Bento XVI, mas atuou durante 20 anos na área diplomática.
Antes, ele atuou como subsecretário de Relações Exteriores. É graduado em lei canônica e já passou por países como Espanha, México, Nigéria, Andorra e San Marino.
A substituição foi comunicada ao decano do Colégio de Cardeais, Angelo Sodano, em 27 de agosto de 2013, durante uma audiência. Parolin assumiu o cargo em outubro.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/mundo – MUNDO -PAPA – CIDADE DO VATICANO – 30/08/13)