Tatiana Belinky, autora de livros infanto-juvenis, escreveu mais de 270 livros, entre eles “Coral dos Bichos” e “O Grande Rabanete”.
Tatiana Belinky (São Petersburgo, na Rússia, em 18 de março de 1919 – São Paulo, 15 de junho de 2013), escritora de livros infantil-juvenis. Ela é considerada uma das mais importantes autoras do segmento no país. Tatiana nasceu na Rússia e mudou-se para o Brasil aos 10 anos.
Tatiana nasceu em Petrogrado, na Rússia, em março de 1919, e chegou ao Brasil aos 10 anos com a família, que fugia das guerras civis que assolavam o país. Aos 18, após concluir um curso preparatório pela faculdade Mackenzie, começou a trabalhar como secretária-correspondente bilíngue, nos idiomas português e inglês. Aos 20, ingressou no curso de Filosofia da Faculdade São Bento, mas o abandonou em seguida, quando se casou com o médico e educador Júlio Gouveia (1914-1988), em 1940.
Uma das mais importantes escritoras da literatura infanto-juvenil do País, Tatiana escreveu mais de 270 livros, entre eles Coral dos Bichos e O Grande Rabanete.
Tatiana Belinky é autora de mais de 270 livros, que lhe renderam diversos prêmios educacionais, e tradutora de muitas obras, entre elas contos do escritor russo Anton Tchekhov.
Publicou mais de 270 livros, entre eles os de maior destaque foram “Coral dos Bichos”, “Limeriques”, “O Grande Rabanete”, “Di-versos russos” e “Limerique das Coisas Boas”. A escritora recebeu o prêmio Jabuti em 1989.
Foi em 1948 que Tatiana começou a trabalhar em adaptações, traduções e criações de peças infantis para a prefeitura de São Paulo com o marido. Quatro anos depois, eles criaram o programa Os Três Ursos a pedido da TV Tupi, que conquistou tanto sucesso a ponto de definir a carreira de escritora de Tatiana. Logo, o casal foi convidado a ter um programa fixo na emissora. Foi lá que ela e Júlio fizeram a primeira adaptação do Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato, obra que a encantava – Tatiana sempre dizia se identificar com a boneca Emília.
O casal ficou na emissora até 1966 e, seis anos depois, Tatiana iniciou uma série de colaborações na imprensa, escrevendo sobre crianças especialmente para o Estado e o Jornal da Tarde. Foi em 1985 que ela se tornou escritora de livros infantis de fato, colaborando em uma série infanto-juvenil. Em 1987, publicou seu primeiro livro, Limeriques, pela editora FTD, baseando-se nos limericks (poemas curtos) irlandeses.
Sua carreira despontou em 1952, quando adaptou junto com o marido a peça Os Três Ursos para a extinta TV Tupi, onde também estreou a primeira versão para a televisão da obra O Sítio do Picapau Amarelo, de Monteiro Lobato.
Em 2010, foi eleita imortal pela Academia Paulista de Letras onde ocupou a cadeira de número 25, que pertenceu ao acadêmico Francisco Marins.
Ela nasceu em São Petersburgo, na Rússia, em 1919, e aos 10 anos mudou-se com a família para o Brasil, instalando-se em São Paulo. Na época, ela já falava três línguas: russo, alemão e letão.
A autora trabalhou como secretária bilíngue durante alguns anos, até se casar com Julio de Gouveia, com quem teve dois filhos.
Em 1948, começou a fazer teatro para crianças, junto com o marido, para a Secretaria de Cultura da Prefeitura de São Paulo, adaptando e traduzindo textos teatrais que Julio produzia e encenava.
Com o advento da televisão, o grupo teatral de Tatiana foi convidado a apresentar suas peças na “TV Tupi”, onde realizou espetáculos de tele-teatro ao vivo, com textos sempre baseados em livros, entre 1951 a 1964. Os roteiros eram escritos pela autora, a maioria adaptados da literatura nacional e internacional.
Mais tarde, Tatiana e seu marido Júlio Gouveia (1914-1989) adaptaram para a televisão o Sítio do Pica-pau Amarelo, de Monteiro Lobato, com cerca de 350 capítulos, além de diversas minisséries criadas a partir de romances famosos.
Belinky também escreveu críticas literárias para diversos jornais durante a vida, como “O Estado de S.Paulo”, “Folha de São Paulo” e “Jornal da Tarde”. Ela ainda colaborou com a “TV Cultura”.
Tatiana Belinky de 94 anos, morreu em 15 de junho de 2013 no Hospital Alvorada, em São Paulo, após 11 dias internada.
Segundo o crítico de teatro infantil Dib Carneiro Neto, a obra de Tatiana Belinky, para teatro, literatura e televisão, tem algo para amar, algo para detestar, algo para torcer, algo para desprezar. “Tem algo que encanta e algo que espanta, algo que incomoda e faz pensar – e algo que cativa e faz brincar. Ela nunca tem pressa de terminar uma história, e mantém o ritmo de uma narrativa sem se importar com a agilidade da internet das crianças de hoje”, afirma. “Para ela, nunca se deve subestimar a inteligência da criança. Fazem perguntas que precisamos estar prontos para responder ou ser honestos para dizer ‘não sei’.”
(Fonte: http://g1.globo.com/sao-paulo/noticia/2013/06 – SÃO PAULO – NOTÍCIA / Do G1, em São Paulo – 16/06/2013)
(Fonte: http://cultura.estadao.com.br/noticias/geral – NOTÍCIAS – GERAL – CULTURA – 16 Junho 2013)