Theodor Koch-Grünberg, etnógrafo alemão que participou de quatro expedições à Amazônia.

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Os exploradores alemães na Amazônia do final do século XIX

Theodor Koch-Grünberg (Oberhessen, Alemanha, 9 de abril de 1872 – Boa Vista, Roraima, 8 de outubro de 1924), etnógrafo alemão que participou de quatro expedições à Amazônia, entre 1899 e 1924. Ele escreveu vários livros sobre a região e morreu de malária em outubro de 1924 em Roraima.

As incursões científicas à Amazônia fascinavam os alemães no final do século XIX e início do XX. De volta à Alemanha, os cientistas eram recebidos como celebridades. Nesse período, o Museu de Etnologia de Berlim financiou vários expedicionários.

A jornada dos naturalistas alemães na Amazônia era realmente uma aventura de alto risco. A dificuldade de locomoção era enorme, e havia o perigo de doenças e de ataques dos índios. Os alemães dependiam dos indígenas como intérpretes e carregadores. Faziam questão de fotografar cada etapa da viagem, para mostrar o quanto a aventura era complexa e desgastante.

Um trecho de oito minutos de um filme produzido por Koch-Grünberg mostra como os índios processavam a mandioca para produzir o beiju.

Sua maior contribuição à cultura brasileira ocorreu por via indireta: foi ele quem registrou entre os índios macuxis o mito que deu origem a Macunaíma, a obra-prima do escritor Mário de Andrade.

Com a mesma diligência com que compilava lendas indígenas, o pesquisador alemão mandou para a Alemanha artigos raros, como cocares, objetos usados em rituais, peças de artesanato, fotografias, filmes e registros sonoros das tribos.

(Fonte: Veja, 15 de maio de 2002 – ANO 35 – N° 19 – Edição 1751 – AVENTURA/ Por Daniel Hessel Teich – Pág: 60/61)

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