Thomas Bernhard (Heerlen, Países Baixos, 9 de fevereiro de 1931 – Gmundem, Áustria, 12 de fevereiro de 1989), escritor austríaco nascido na Holanda que escrevia em alemão, já foi comparado a ninguém menos que Thomas Mann, um dos pilares da literatura germânica do século XX. Bernhard estudou música no Mozarteum, na Áustria.
O romancista e dramaturgo austríaco foi um dos mais furiosos críticos do tradicionalismo da sociedade vienense. Entre os romances que se destacam estão “Die Kaelte”, o conto “Kalkwerk” e o poema “Hoelle und Erde”.
O crítico americano Harold Bloom colocou-o em pé de igualdade com o autor de A Montanha Mágica ao fazer um listão dos escritores que representariam o que de mlehor a literatura produziu desde a Antiguidade.
O Náufrago, romance de 1983, pode não ser uma “sinfonia literária”, como as que Thomas Mann costumava compor, mas é um “romance de câmara” sem rivais entre seus contemporâneos.
MÃOS À OBRA – A exemplo de Árvores Abatidas e O Sobrinho de Wittgenstein, os dois outros romances de Bernhard lançados no Brasil, 1991 e 1992, respectivamente), O Náufrago foi escrito numa prosa densa.
Harold Bloom criou o conceito de “angústia da influência” – aquela pesada e inevitável sombra que certos escritores derramam sobre a produção literária que lhe segue.
Se os protagonistas de O Náufrago sucumbiram à “angústia da influência” de Gould, Bernhard fez o contrário. Pôs mãos à obra e chegou à sua perfeição.
Deixou uma obra considerável que inclui várias novelas, entre obras teatrais entre uma lista formidável de livros breves ou autobiográficos.
Bernhard tem laços com a cidade St. Veit, vila próxima a Pongau, na província de Salzburgo. Ele ficou internado com tuberculose no Sanatório Grafenhof de St. Veit. No final dos anos 70, Bernhard passou a frequentar a cidade como visitante, e lá fez muitos amigos.
(Fonte: Revista Veja, 22 de maio de 1996 – ANO 29 – N° 21 – Edição 1445 – Literatura/ Por Rinaldo Gama – Pág; 133)
(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/fsp/1994/6/07/ilustrada – ILUSTRADA / Por LUÍS ANTÔNIO GIRON DO ENVIADO ESPECIAL A VIENA – São Paulo, 7 de junho de 1994)
O jornalista LUÍS ANTÔNIO GIRON viajou à Áustria a convite da agência Austríaca de Turismo e da Lufthansa.