Tim Rutten, colunista e editor de longa data do Times com talento para o pensamento original

 

 

Tim Rutten (nasceu em 8 de abril de 1950 em San Bernardino, Califórnia – faleceu em 8 de setembro de 2022 em Alhambra, Califórnia), foi um antigo colunista e editor do Times cuja capacidade de desvendar os muitos enigmas e contradições de Los Angeles conquistou legiões de admiradores.

Um pensador profundo com um senso de humor travesso, transitou perfeitamente durante uma carreira de 40 anos, pela redação do The Times — chefe do escritório da cidade, repórter metropolitano, redator editorial, editor nacional assistente, crítico de livros e colunista. Ele fez parte da equipe de jornalistas do The Times que ganhou o Prêmio Pulitzer pela cobertura do jornal sobre o terremoto de Northridge em 1994.

“Original no pensamento e lírico na impressão, seu trabalho é espirituoso, bem relatado, apaixonado, mas firmemente imparcial”, escreveu o redator do Times, Thomas Curwen, na indicação de Rutten ao prêmio Pulitzer de 2005 pelo comentário.

Rutten usou sua coluna “Regarding Media” para desvendar as complexidades de Los Angeles, as guerras culturais do país e as excentricidades das estrelas da mídia.

Ele castigou as organizações de notícias por suavizarem os horrores da guerra ao se recusarem a publicar as fotos assustadoras da tortura que se desenrolou na prisão de Abu Ghraib, no Iraque. Ele propôs que a arma mais mortal criada pela humanidade não foi a bomba nuclear, mas o rifle de assalto, e que o caso de estupro de Kobe Bryant no Colorado ressaltou o sistema de justiça de dois níveis da nação — um para celebridades e outro para o resto de nós.

Natural de San Bernardino, Rutten estudou na Cal State Los Angeles, mas desistiu quando conseguiu um emprego na redação de esportes do San Gabriel News. Ele chegou ao The Times em 1972 como editor de texto da antiga seção View do jornal e deixou o jornal em 2011 durante uma rodada de demissões. Mais tarde, ele trabalhou como colunista do Los Angeles Daily News.

“Ele abandonou porque já era jornalista. Por que ficar sentado em uma sala de aula quando você pode estar em uma redação de verdade?” Abramson disse. “Ele era quase totalmente autodidata.”

Steve Wasserman, um ex-editor do Times, lembrou que Rutten sempre pareceu o adulto da sala. Dado a usar ternos de três peças e gravatas-borboleta, ele fumava cachimbo e criava uma imagem marcante quando ia para o trabalho em seu Porsche 1962.

“Ele também tinha uma inteligência política flexível e conseguia analisar os negócios secretos dos poderosos da cidade como se estivesse sentado na primeira fila de um conclave papal”, escreveu Wasserman em uma lembrança no Facebook.

John Arthur, ex-editor-chefe do jornal, disse que passou a apreciar a “inteligência e sabedoria” de Rutten enquanto trabalhava na redação nacional do The Times.

“Mais tarde, tornei-me um leitor dedicado de sua coluna semanal, onde ele apresentava análises brilhantes e eruditas sobre as notícias e o estado do mundo”, disse Arthur.

Rutten também ganhou uma nota de rodapé em Hollywood quando a NBC lançou “Law & Order True Crime: The Menendez Murders”, uma minissérie sobre a defesa de Abramson de Lyle e Erik Menendez, que mataram seus pais em um dos muitos casos de assassinato de alto perfil de Los Angeles. Edie Falco, que estrelou em “The Sopranos”, interpretou Abramson e Chris Bauer, conhecido por seu papel em “The Wire”, interpretou Rutten.

Tim Rutten foi encontrado morto na quinta-feira 8 de setembro de 2022 após cair em sua casa em Alhambra, disse sua ex-esposa, a renomada advogada de defesa criminal Leslie Abramson. Ele tinha 72 anos.

Rutten deixa um filho, Aidan Conor Rutten; uma enteada, Laine Abramson; um irmão, Tom; e uma irmã, Paula.

(Créditos autorais: https://www.latimes.com/archives/story/2022-09-12 – Los Angeles Times/ ARQUIVOS/ Por Steve Marble/ Editor de tributos – 12 de setembro de 2022)