Tornou-se a primeira mulher no comando superior da Polícia Militar

Laudinéia Pessan de Oliveira, tornou-se a pŕimeira mulher no comando superior da Polícia Militar de São Paulo
(Fonte: galileu – novembro de 2000 – ano 10 – n° 112 – Pás;76)

A segurança é das mulheres

Vencendo a tradição, elas agora comandam presídios e policiais

Pulso forte Gislaine, 34, dirige um presídio masculino

Foi-se o tempo em que os cargos de comando na área de segurança eram privilégio dos homens. Devagarinho – e não sem dificuldades -, rostos femininos começam a ocupar posições de destaque na polícia e na administração penitenciária. A psicóloga Gislaine Constante é um exemplo. Primeira mulher a comandar uma prisão masculina em São Paulo, ela enfrentou uma situação difícil ao assumir a Penitenciária 2 de São Vicente, no litoral do Estado.

Desconfiança

Gatilho ligeiro Laudinéia, 50, chefia a PM
Na época, os funcionários duvidavam de que ela teria pulso para comandar os 756 presos da instituição. “Mas ataquei os problemas do presídio e consegui conquistar a confiança deles”, afirma.

No início da carreira, Gislaine nem pensava em trabalhar com presos. A oportunidade surgiu com um concurso para psicóloga na penitenciária de Mirandópolis, no interior de São Paulo. Ela conta que, no início, não gostava do trabalho. “Achava o ambiente no presídio muito carregado.” Sua opinião mudou com a prática da profissão. “Percebi que a maioria dos presos possui os mesmos problemas e anseios que nós temos”, explica Gislaine, que ainda não enfrentou rebeliões desde que assumiu a direção do presídio, em julho deste ano.

No mesmo mês, a coronel Laudinéia Pessan de Oliveira tornou-se a primeira mulher no comando superior da Polícia Militar de São Paulo. Hoje, ela lidera 2.300 policiais que patrulham a cidade. Antes de entrar para a polícia feminina, Laudinéia fez magistério e pedagogia. Chegou a dar aulas de alfabetização por três anos. “Mas sempre gostei da farda. Acho que já tinha aptidão para ser policial”, conta. Depois de 25 anos de carreira, Laudinéia se tornou coronel, o posto mais alto na hierarquia da PM. “Hoje, me sinto realizada. Trabalhar com segurança é algo muito gratificante.”

Iniciação científica ajuda na academia e no mercado de trabalho

Quem faz faculdade e quer testar a aptidão para a pesquisa pode concorrer a bolsas de iniciação científica. Entidades como o CNPq e as fundações estaduais de amparo à pesquisa oferecem bolsas durante o ano todo. José Fernando Perez, diretor-científico d a Fapesp, diz que o programa não é só para quem quer seguir na pesquisa. “O mercado também valoriza a iniciação, pois ela estimula a capacidade de criar inovações tecnológicas.” Para ele, é melhor pedir uma bolsa no início do curso. “No final, os aluno s se preocupam mais em conseguir emprego”.

(Fonte: http://galileu.globo.com/edic/112/seufuturo – Rodrigo Ratier – Seu futuro)