TRANSFUSÃO DE SANGUE DIRETAMENTE PARA O CORAÇÃO DE UM FETO

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Em Salvador, no mês de setembro de 1993, o ginecologista e obstetra baiano
Antonio Carlos Vieira Lopes combinou técnicas clássicas da medicina com a
ousadia tecnológica para salvar a vida de um bebê.
Pela primeira vez no mundo, Lopes realizou uma transfusão de sangue
diretamente para o coração de um feto. A transfusão em geral é feita via
cordão umbilical. A transfusão direta pelo coração permite que se saiba a
quantidade exata de sangue absorvido. Isso é crucial no caso. A técnica
utilizada para esse tipo de transfusão é simples, mas exige conhecimento e
muita precisão dos especialistas.
O novo método de transfusão desenvolvido pelo médico baiano foi testado no
filho de Marisa Fernandes Genipapeiro Maia, de 39 anos, na época caixa de
supermercado de Salvador. Marcio Vinicius, o filho é sadio como qualquer
criança de sua idade, estava na 31ª semana de gestação quando precisou de
transfusão. Mãe e filho tinham tipos sanguíneos incompatíveis, uma
ocorrência rara e que pode ser facilmente detectada e tratada se percebida a
tempo. Marisa tem fator sanguíneo Rh negativo e o seu filho, positivo. As
diferenças sanguíneas provocam reações do corpo da mãe, que passa a tratar o
feto como se fosse um anticorpo e acaba destruindo seus glóbulos vermelhos,
fundamentais na respiração sanguínea. Casos como o de Marisa, são rotineiros
nos centros de medicina fetal.
(Fonte: Revista Veja, 20 e 27 de outubro, 1993 – MEDICINA – DATAS – Ano26 –
Nº43 – Nº 42 – Edição1310/1311 – pág; 84/85/86/87/88 e 89/100)

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