U-Roy, pioneiro do reggae que inspirou artistas de hip-hop
U-Roy foi o pioneiro dos sons de dancehall e hip hop modernos
U-Roy (Kingston, Jamaica, 21 de setembro de 1942 – 17 de fevereiro de 2021), cantor jamaicano, um dos pioneiros do reggae e do dancehall, foi um dos maiores ícones do reggae nos anos 1970.
O artista, cujo nome de batismo é Ewart Beckford, nasceu na Jamaica, em setembro de 1942, e popularizou a técnica vocal chamada toasting, embora não tenha sido o criador do estilo.
Com uma família formada por músicos, deu início a sua carreira profissional em 1961, inicialmente como DJ. U-Roy ganhou fama internacional na década de 1970, com as faixas “Natty Rebel” e “Jah Son of Africa”.
Ao longo dos anos, lançou cerca de 20 álbuns, gravou com artistas como Keith Hudson, Lee Perry e Peter Tosh, e participou do disco vencedor de Grammy “True Love”, do grupo Toots and the Maytals. U-Roy foi homenageado em seu país por sua influência na música.
U-Roy foi o maior expoente do estilo vocal de reggae conhecido como “toasting”, que mistura a fala e o canto. Como nome mais conhecido da técnica, ele inspirou muitos artistas que deram o pontapé inicial ao movimento hip-hop nos EUA.
O DJ Kool Herc, um dos pioneiros do hip-hop, frequentemente o citava como uma de suas maiores influências. Canções como “Wake the Town” e “Rule the Nation”, criadas em parceria com o produtor Duke Reid, lançaram U-Roy ao estrelato nos anos 1970.
Após lançar discos bem-sucedidos como “Version Galore” (1970) e “Dread in a Babylon” (1975), U-Roy fundou o coletivo de artistas Stur Gav, lançando a carreira de outros cantores e DJs.
Em 2004, apareceu como convidados no álbum “True Love”, do grupo Toots & the Maytals, que venceu o Grammy de melhor disco de reggae. Em 2007, foi honrado com a Ordem de Distinção, uma das maiores condecorações cedidas pelo governo jamaicano a civis.
U-Roy faleceu em 17 de fevereiro aos 78 anos.
O DJ britânico David Rodigan foi um dos artistas a prestar tributo a U-Roy, descrevendo-o como “o paradigma da música jamaicana… Sempre tive admiração por ele; o tom de voz, a cadência e o brilho lírico fizeram dele um aventureiro da alma”.
(Fonte: https://www.uol.com.br/splash/noticias/2021/02/18 – MÚSICA / De Splash, em São Paulo – 18/02/2021)