Roteirista italiano Ugo Pirro era natural do sul da Itália, é considerado um dos mais importantes nomes do cinema
Ugo Pirro (Battipaglia, 20 de abril de 1920 – Roma, 18 de janeiro de 2008), roteirista e escritor italiano, foi um dos roteiristas mais importantes do cinema italiano e mundial, principalmente durante as décadas de 60 e 70.
Vencedor de dois prêmios Oscar pelos roteiros de “Investigação sobre um cidadão acima de qualquer suspeita” (1970), de Elio Petri, e “O Jardim dos Finzi Contini” (1970), de Vittorio de Sica.
Vencedor de dois prêmios Oscar pelos roteiros de Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita (1970), de Elio Petri, e O Jardim dos Finzi Contini (1970), de Vittorio de Sica, Pirro foi um dos roteiristas mais importantes do cinema italiano e mundial, principalmente durante as décadas de 60 e 70.
Pirro nasceu em Salerno (região da Campânia, no sul da Itália) em 24 de abril de 1920 e teve seu primeiro romance, Mulheres no Front (Le Soldatesse), transformado em filme em 1965, em parceria com o diretor Valerio Zurlini. Pirro começa a trabalhar de fato com cinema ao assinar o roteiro de Achtung, Banditi! (1951), de Carlo Lizzani, e ainda escreveu O Corcunda de Roma (1960) e O Processo de Verona (1963) para o mesmo diretor.
Em 1967, Pirro começou sua frutífera colaboração com o diretor Elio Petri, com a adaptação de A Ciascuno il Suo (1967), do livro homônimo de Leonardo Sciascia. A parceria seguiu com Investigação Sobre um Cidadão Acima de Qualquer Suspeita, estrelado por Gian Maria Volontè e com a participação de Ennio Morricone na trilha sonora. O filme conquistou uma nominação ao Oscar como melhor roteiro original, uma estatueta de melhor filme estrangeiro e o grande prêmio especial do júri no Festival de Cannes de 1970.
Pirro escreveu ainda, para Petri, o famoso A Classe Operária Vai ao Paraíso (1971), vencedor da Palma de Ouro em Cannes e também com Volontè e Morricone, além de A Propriedade Não é Mais um Roubo (1973). Ele participou de outros inúmeros filmes, como Homens e Lobos (1956), de Giuseppe De Santis, Navajo Joe (1966), de Sergio Corbucci, Operação Ogro (1979), de Gillo Pontecorvo (sobre o atentado do grupo ETA que fez voar sobre um prédio o carro do general Luis Carrero Blanco, braço-direito e substituto de Francisco Franco na ditadura espanhola), além de O Jardim dos Finzi Contini, nomeado ao Oscar de melhor roteiro não-original e vencedor como melhor filme estrangeiro.
Recentemente, Pirro trabalhou novamente com Carlo Lizzani na produção de Celulóide (1995). Seu último romance é Figli di Ferroviere. Lizzani, amigo do roteirista italiano, comentou sua morte:
Ugo Pirro faleceu em 18 de janeiro de 2008, aos 87 anos, em sua casa, em Roma.
Logo após a notícia de sua morte, o prefeito Walter Veltroni colocou a Casa do Cinema de Roma à inteira disposição da família, para que a cidade possa participar do velório e prestar sua última homenagem a Pirro. A cerimônia deve acontecer amanhã, a partir das 10h30min, com discursos previstos para o meio-dia.
– Ugo Pirro foi um dos grandes roteiristas da história do cinema. Ao seu extraordinário talento narrativo, a sua fantasia, a sua capacidade de saber ler com profundo empenho civil as dinâmicas e contradições da sociedade moderna se devem algumas obras-primas cinematográficas que fizeram imortal o nosso cinema perante o mundo – disse o prefeito, logo após a notícia da morte ser divulgada.
Lizzani, amigo do roteirista italiano, comentou sua morte:
– Pirro fica para nós como uma peça essencial na história do cinema italiano dos últimos 60 anos. Por exemplo, com sua colaboração com Elio Petri. Eu recomendo que todos lembrem sempre seu nome, sobretudo os jovens autores, porque sua lembrança pode ajudar a fazer bons filmes e porque ensinou a importância da página escrita que precede a imagem no cinema.
(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / por André Miranda – O Globo, – 18/01/2008)
(Fonte: https://www.nsctotal.com.br/noticias – COTIDIANO / NOTÍCIA / Por Redação NSC – 18/01/2008)