Um dos pioneiros do estudo da felicidade
Assustado com a enorme indústria que se formou em torno de nossa necessidade de ser felizes acima de tudo, um dos pioneiros do estudo da felicidade, o psicólogo americano Edward Diener por muito tempo alcunhado de Doutor Felicidade. Diener não renega sua tese central, de que as pessoas felizes vivem mais (por ter sistemas imunes mais fortes) e são mais bem-sucedidas. Mas ele aprofundou suas pesquisas. Em geral, os estudos sobre o tema comparam pessoas felizes com pessoas infelizes.
Diener comparou pessoas felizes e pessoas extremamente felizes. O resultado foi outro. Os extremamente felizes vivem menos que os moderadamente felizes, e são menos bem-sucedidos.
Sua conclusão: há um nível de felicidade ótimo, além do qual ela se torna mais prejudicial que benéfica. Segundo ele, numa escala de 0 a 10, sendo 0 o sujeito miserável e 10 a pessoa inabalavelmente contente, o melhor é uma nota 8, nível médio de felicidade. Ele garante uma existência aprazível e traz uma margem de insatisfação que evita a letargia.
(Fonte: Época N° 511 3 de Março 2008 Editora Globo Saúde & Bem-Estar Felicidade David Cohen, Amauri Segalla, Kátia Mello e Martha Mendonça – Pág; 84 a 91)