Uma das pioneiras da dança clássica e da prática da ioga no Rio Grande do Sul

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Uma das pioneiras da dança clássica e da prática da ioga no Rio Grande do Sul. Filha de Frederico Hofmann Filho e Ema Burger Hofmann, nasceu em Porto Alegre, em uma família ligada às artes: sua irmã mais velha, Harriet, formou-se em piano, e Irmgard, desde pequena conhecida como Kuti, estudou violino e dança. Juntas, faziam os saraus da família, que gostava de se comunicar em alemão.

Em 1932, aos 12 anos, ingressou no Instituto de Cultura Física, precursor do ensino da dança, onde também se formaram bailarinas como Lya Bastian Meyer, Tony Petzhold e Salma Chemale. Irmgard atuou em espetáculos no Theatro São Pedro e, em 1935, abriu sua própria escola, o Instituto Coreográfico. Paralelamente, tocava violino na orquestra do Club Haydn, onde conheceu o violinista e estudante de Medicina Mário Azambuja, com quem se casou e a quem durante oito anos acompanhou nas muitas andanças pelo interior, como auxiliar do jovem médico oftalmologista. Com a transformação do Club Haydn na Orquestra Sinfônica de Porto Alegre, o casal seguiu tocando, sob a direção de Pablo Komlós, sendo Irmgard primeiro-violino. Mais tarde, gostava de dizer que também tocara sob a regência de Villa-Lobos.

Em 1962, já dona de casa, interessou-se pela ioga e aprofundou os estudos nos Estados Unidos, criando depois grupos de estudo e meditação para o auto conhecimento. Publicou três livros sobre o tema: Yogaterapia (1979), Manual prático de Yôga Superior (1983) e Em Busca do Homem Cósmico (1986), todos pela Editora Sagra. Em 2007, Irmgard recebeu o Prêmio Joaquim Felizardo, da Secretaria de Cultura de Porto Alegre.

Irmgard Hofmann Azambuja morreu no dia 22 de outubro de 2010, aos 95 anos.

(Fonte: Zero Hora – Memória – 28/10/10)

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