Urbano Ernesto Stumpf, é tido como o “pai do motor a álcool”

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Urbano Ernesto Stumpf (Não-Me-Toque, 15 de janeiro de 1916 – 17 de maio de 1998), pioneiro no desenvolvimento do motor a álcool no Brasil, é tido como o “pai do motor a álcool”.

Urbano Ernesto Stumpf nasceu em Não Me Toque-RS em 15 de janeiro de 1916, foi sargento na Escola de Especialistas da Aeronáutica, na área de Mecânica de Motores. Formou-se em Engenharia Aeronáutica na Turma de 1950 do ITA.

Foi um dos fundadores e um dos primeiros presidentes da AEITA. Iniciou seus estudos sobre a viabilidade do álcool como combustível neste mesmo instituto no ano seguinte.

Trabalhou na Escola de Engenharia da USP, em São Carlos (1959-1964) e na Universidade de Brasília (1965-1972) entre outras. Graças a isto, divulgou suas idéias pelo meio acadêmico do Brasil.

Quando da primeira crise do petróleo em 1973, o CTA incumbiu-o de realizar estudos técnicos sobre o etanol que permitiram que o governo mais tarde criasse o pró-álcool.

Durante três anos, de 1973 a 1976, realizou experiências com diversos tipos de motores adaptando-os para o uso do álcool combustível.
Nesta fase de experiências coordenou os trabalhos desenvolvidos por técnicos e engenheiros da Divisão de Motores do Instituto de Pesquisa e Desenvolvimento (IPD).

Em 1975, apresentou os resultados de seus estudos ao presidente Ernesto Geisel fato que contribuiu decisivamente para que o governo brasileiro criasse um programa de substituição de combustíveis derivados de petróleo por álcool, o PROALCOOL.

Nesse mesmo ano, começa a circular o primeiro veículo movido a álcool (um modelo Dodge Polara, que atualmente está exposto no Memorial Aeroespacial Brasileiro) e é criado o pró-álcool.

No dia 19 de outubro de 1976, teve início o circuito de integração nacional. Uma experiência em que três carros (um Dodge, um Fusca e um Gurgel Xavante) movidos a álcool partiram do CTA. Percorreram nove estados brasileiros totalizando oito mil e quinhentos quilômetros de distância e retornando 21 dias depois ao ponto de partida.
Finalmente o carro a álcool torna-se uma realidade.

Até o ano de 1982, o professor Urbano Ernesto Stumpf viajou por vários países do mundo divulgando as vantagens do etanol. Esteve na Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, França e Estados Unidos participando de simpósios demonstrando a evolução do motor a álcool.
Pela relevante contribuição ao progresso tecnológico do País, Stumpf recebeu, em 1984, o “Prêmio IBM de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico”.

Infelizmente, o inventor é pouco conhecido do grande público, apesar de suas contribuições para o desenvolvimento da ciência brasileira.
Em 9 de Novembro de 2004, o presidente Luiz Inácio Lula Da Silva sancionou a lei Nº 10.968, batizando o Aeroporto de São José dos Campos como: “Aeroporto Professor Urbano Ernesto Stumpf”.

Urbano Ernesto Stumpf faleceu em 17 de maio de 1998.

(Fonte: www.aeitaonline.com.br)

 

 

Pioneiro no desenvolvimento do motor a álcool no Brasil
MOTOR A ÁLCOOL PARA AVIAÇÃO
O uso do álcool como combustível já existia de forma experimental, inclusive em aviões. No Rio de Janeiro, em 1923, foi realizada uma corrida de automóveis movidos a álcool. Henry Ford projetou o seu Ford T para trabalhar com álcool. Os alemães irmãos Otto, criadores do motor a explosão, preferiam o álcool como combustível. Na Segunda Guerra Mundial, os japoneses o utilizaram nos aviões Zero e os alemães usavam o produzido a partir de batatas e beterrabas nas bombas V-2.

Urbano Ernesto Stumpf, pioneiro no desenvolvimento do motor a álcool no Brasil, iniciou estudos no (ITA), em 1950. Criador e incentivador do carro a álcool, cientista e pesquisador que deu ao Brasil a liderança mundial na área de energia renovável. Desde o começo de sua carreira, o Professor Stumpf abraçou uma ideia que marcou a sua vida: a viabilidade do álcool como combustível.

Em 1951, no ITA, o Professor Stumpf deu início às pesquisas que culminaram no desenvolvimento do motor a álcool. Desde essa data, até 1980, quando a Fiat lançou o primeiro modelo de série movido a álcool combustível, o caminho foi árduo.

O Professor Stumpf trabalhou incansavelmente como pesquisador; foram cerca de 30 mil horas de ensaios com quase todos os tipos de motores disponíveis, quanto como “relações públicas”, ministrando palestras no Brasil e no exterior, Áustria, Nova Zelândia, Alemanha, França, Estados Unidos, somente na Áustria e Nova Zelândia fez 19 palestras, sempre a convite desses países, para convencer as pessoas da exequibilidade do projeto. Professor Urbano Ernesto Stumpf, o “Pai do Motor a Álcool no Brasil”, ilustre cientista brasileiro, realizou em prol da ciência e da tecnologia.

Trinta anos após ter desenvolvido o motor a álcool para carros, o CTA (Comando-Geral de Tecnologia Aeroespacial), em São José dos Campos (SP), retomou pesquisas visando um novo sistema de motor a álcool para aviões, que serviu de base à Neiva, subsidiária da Embraer, desenvolver o mesmo modelo para o avião agrícola Ipanema, que foi certificado em 2004.

O desenvolvimento do motor aeronáutico flex integra o projeto de conversão de motores iniciado em 2004 para a frota de 100 aeronaves de treinamento T-25, da FAB.
(Fonte: Especial Terra Viva – Ano 2 – Editora Lua – MAPA 150 anos de história – Pág; 39)
(Fonte: Silva, Ozires e FISCHETTI, Décio. Etanol – A Revolução Verde e Amarela)

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