O escritor para quem a poesia era a sua “forma verbal de estar no mundo”
Vasco Graça Moura (Foz do Douro, Portugal, 3 de janeiro de 1942 – Lisboa, 27 de abril de 2014), romancista e poeta considerado um dos maiores escritores portugueses contemporâneos.
Poeta, ensaísta, romancista, dramaturgo, cronista e tradutor de clássicos, Vasco Graça Moura licenciou-se em Direito, pela Universidade de Lisboa, e chegou a exercer a advocacia, de 1966 a 1983, até a carreira literária se estabelecer em pleno.
Romancista, poeta, tradutor, advogado e político, Vasco Graça Moura nasceu em 3 de janeiro de 1942 em Foz do Douro, perto do Porto (norte), e publicou 30 livros. Graduado em direito na universidade de Lisboa, Vasco Graça Moura atuou como advogado antes de se lançar à política, após a Revolução dos Cravos de abril de 1974.
Foi secretário de Estado em 1975 em dois governos sociais-democratas provisórios e foi nomeado em 1978 diretor da Radiotelevisão Pública Portuguesa (RTP). Eleito deputado em 1999, foi vice-presidente da comissão de cultura do Parlamento europeu, onde esteve até 2009.
Na altura, apenas a poesia definia a sua expressão, com títulos como “Modo mudando”, estreia nas Letras, em 1962, a que se seguiram títulos como “Semana inglesa” e “O mês de dezembro”. Mas Vasco Graça Moura era também o jurista, o gestor e o político.
DA DIREÇÃO DA RTP À PRESIDÊNCIA DO CCB
Em 1974, após o 25 de Abril, aderiu ao Partido Popular Democrático, atual PSD, tendo assumido a secretaria de Estado da Segurança Social do IV Governo Provisório, liderado por Vasco Gonçalves. A experiência governativa duraria pouco mais de cinco meses, de março a agosto de 1975, e não voltaria a repeti-la. Prosseguiu, porém, na esfera pública, num percurso que culminaria na presidência do Centro Cultural de Belém, em Lisboa, iniciada em janeiro de 2012.
Antes, foi diretor da RTP (1978), administrador da Imprensa Nacional-Casa da Moeda (1979-1989), cuja política de edição literária dinamizou, foi presidente da Comissão Executiva das Comemorações do Centenário de Fernando Pessoa (1988) e da Comissão Nacional para as Comemorações dos Descobrimentos Portugueses (1988-1995), para a qual coordenou a revista Oceanos. Dirigiu a Fundação Casa de Mateus, foi comissário-geral de Portugal para a Exposição Universal de Sevilha (1988-1992) e diretor do Serviço de Bibliotecas e Apoio à Leitura da Fundação Calouste Gulbenkian (1996-1999).
Em 1999, passadas mais de duas décadas sobre a sua passagem por um Governo provisório, o escritor regressou à política ativa, nas listas sociais-democratas ao Parlamento Europeu, tendo sido deputado até 2009, no Grupo do Partido Popular Europeu. Em janeiro de 2012, substituiu António Mega Ferreira na presidência da Fundação Centro Cultural de Belém. Com o ex-jornalista partilhara, cerca de 20 anos antes, a ideia de candidatura de Portugal à Expo 98, num almoço junto ao Terreiro do Paço, em Lisboa.
Vasco Graça Moura morreu em 27 de abril de 2014, aos 72 anos, em Lisboa, o escritor morreu após uma longa doença.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 119 – N° 209 – Arte & Agenda > Variedades > Cultura – TRIBUTO – 27 de abril de 2014 – Pág: 28)
(Fonte: http://www.cmjornal.xl.pt/detalhe/noticias/ultima-hora – LUSA/Jorge Coelho – 27 de abril de 2014)