Victor McLaglen (10 de dezembro de 1886 – 7 de novembro de 1959), foi um lutador de boxe e ator inglês, ganhador de um Óscar em 1936.
Primogênito entre uma dezena de irmãos, McLaglen levou uma vida aventureira antes de se dedicar ao cinema: após trabalhar em uma fazenda no Canadá, incursionou pelos Estados Unidos como pugilista, conseguindo exibir-se em circos e shows de variedades, tendo inclusive lutado contra o campeão dos pesos-pesados Jack Johnson, em luta de exibição; procurou infrutiferamente ouro na Austrália, foi soldado nas Índias, guarda-costas de um marajá e, com a eclosão da Primeira Guerra Mundial, lutou junto aos Fuzileiros da Irlanda.
Depois de ser chefe de polícia em Bagdá, retornou aos ringues onde, aos trinta e três anos de idade, foi descoberto por um produtor cinematográfico.
Após estrelar vários filmes na Inglaterra, McLaglen transferiu-se para Hollywood, onde debutou em O Bruto Querido (The Beloved Brute, 1924). O ator de finas maneiras do cinema mudo acabou por se especializar em personagens rústicos e durões na era sonora, em virtude da voz áspera e do sotaque excessivamente regional. Sua atuação em O Delator (The Informer, 1935), de John Ford, valeu-lhe o Oscar de ator no ano seguinte.
A partir de meados da década de 1930, os papéis principais começaram a rarear, apesar de sua alta popularidade, e McLaglen tornou-se coadjuvante. Como tal recebeu outra indicação ao Oscar, agora por Depois do Vendaval (The Quiet Man, 1952), também dirigido por Ford (o ganhador foi Anthony Quinn, por Viva Zapata!, de Elia Kazan).
McLaglen trabalhou com diretores como Raoul Walsh, com quem fez, entre outros, os aclamados Sangue por Glória (What Price Glory, 1926) e sua continuação O Mundo Às Avessas (Cock-Eyed World, 1929), Howard Hawks (Uma Noiva em Cada Porto/A Girl in Every Port, 1928) e George Stevens (Gunga Din/Gunga Din, 1939). No entanto, seu nome estará sempre associado a John Ford, com quem rodou uma dúzia de filmes, entre eles os citados O Delator e Depois do Vendaval, além da clássica trilogia sobre a Cavalaria americana Sangue de Herói (Fort Apache, 1948), Legião Invencível (She Wore a Yellow Ribbon, 1949) e Rio Bravo (Rio Grande, 1950), todos estrelados por John Wayne.
Em 1935 publicou uma autobiografia prematura, Express to Hollywood. Casou-se em 1919 com Enid Lamont, com quem teve a filha Sheila e o filho Andrew, que se tornaria diretor de cinema e televisão, e cujo trabalho é visivelmente influenciado por Ford.
Enid faleceu em 1942 e no ano seguinte McLaglen desposou Suzanne Brueggeman, de quem se divorciaria em 1948. Nesse mesmo ano, casou-se novamente, agora com Margaret Pumphrey, com quem ficou até sua morte.
Depois de estrelar Rapto Macabro (The Abductors, 1957), dirigido pelo filho Andrew V. McLaglen, retornou à Inglaterra para encerrar a carreira com o filme Porto de Fúrias (Sea Fury, 1958). Faleceu no ano seguinte de ataque cardíaco.
(Fonte: http://www.adorocinema.com/personalidades/personalidade-3070)
(Fonte: http://cinema.sapo.pt/pessoa/victor-mclaglen)