Vítor Mateus Teixeira, popular cantor gaúcho dos anos 1960 e 1970, expoente da música regionalista, o “Teixeirinha”

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Um dos maiores expoentes da música regionalista gaúcha e maior produtor de cinema do Estado

 

 

Vítor Mateus Teixeira (Rolante, 3 de março de 1927 – Porto Alegre, 4 de dezembro de 1985), ator, cantor e compositor gaúcho, o “Teixeirinha”. Ao gravar em 1984 a música A Morte Não Marca Hora, num dos 65 LPs que lançou em 25 anos de carreira, o cantor e compositor gaúcho fez uma recomendação aos amigos: “Quando eu morrer, quero descer ao túmulo ao som dessa música”. No dia 5 de dezembro, os acordes de A Morte Não Marca Hora foram ouvidos repetidamente no salão nobre do Grêmio Futebol Porto-Alegrense, onde extensas filas se formaram para velar o corpo de Teixeirinha. Um dos mais populares astros da música regional do país e o primeiro do gênero a tornar-se um milionário das paradas de sucesso.

 

O compacto com a música Coração de Luto, seu primeiro êxito, lançado em 1961, vendeu 6 milhões de cópias, tornando-se o disco mais vendido no país até hoje. A música, apelidada pelo público de “Churrasquinho de Mãe”, conta uma tragédia vivida pelo compositor na infância: sua mãe, durante um ataque epilético, caiu sobre a fogueira que armara no quintal de casa para incinerar folhas secas e morreu queimada. Teixeirinha, que vendeu um total de 18 milhões de discos ao longo da carreira, deixa um legado de 900 músicas, sempre compostas a partir do cruzamento entre ritmos dos pampas, como a rancheira, e toadas sertanejas. O cantor estrelou ainda doze filmes, nos quais viveu singelas aventuras interioranas, sempre ao lado da parceira musical e ex-mulher, Mary Teresinha, de quem se separara em 1982.

 

Mary Teresinha não compareceu aos funerais do ex-marido e, com sua ausência, protagonizou o capítulo final de um drama que acompanhou o cantor em seus últimos anos. Em janeiro de 1984, Teresinha abandonou a casa onde moravam, em Porto Alegre, deixando apenas um bilhete e levando os dois filhos do casal, Alexandre e Liane. A seguir, passou a viver com Ivan Trilha, ex-ator coadjuvante nos filmes de Teixeirinha e hoje um guru de sucesso nos Estados Unidos, onde apregoa os poderes da “mentalização”. Segundo os amigos do cantor – que deixa sete outros filhos de três uniões anteriores -, desde essa época ele vivia atormentado pelo rancor e pela tristeza. Nascido em Rolante, distrito de Mascaradas, Rio Grande do Sul, em 3 de março de 1927, a 100 quilômetros de Porto Alegre, ex-engraxate e verdureiro, Teixeirinha sofreu um enfarte em 1983 e viu-se obrigado a diminuir o ritmo de trabalho. Mesmo assim, até novembro de 1985, mantinha uma agenda de cinco shows semanais, cobrando cachês de 15 milhões de cruzeiros em cada um.

Teixeirinha faleceu no dia 4 de dezembro de 1985, aos 59 anos, de ataque cardíaco, em Porto Alegre.

 

Teixeirinha sofre infarto e é internado em Porto Alegre

 

O coração do cantor Vítor Mateus Teixeira, mais conhecido como Teixeirinha, quase parou às 5h de 6 de janeiro – e, com o dele, o de milhares de fãs.

Ele estava em Capão da Canoa, quando se sentiu mal e foi levado ao hospital da cidade com fortes dores no peito, sufocamento e amolecimento nos braços.

Teixeirinha foi transferido para Porto Alegre de avião e levado ao Hospital Lazzarotto, onde foi diagnosticado que ele sofreu um infarto.

O cantor está internado na Unidade de Tratamento Coroniano, (UTC) onde deve ficar por cinco dias.

(Fonte: Veja, 11 de dezembro de 1985 – Edição 901 – DATAS/ Memória – Pág; 149)

(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.620 – 7 de janeiro de 1984/2014 – HÁ 30 ANOS EM ZH – Pág: 39)

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Teixeirinha, popular cantor gaúcho dos anos 1960 e 1970

 

Cantor e compositor gaúcho que vendeu milhões de discos ao longo dos anos 1960 e 1970 com repertório de tom sentimental, Vitor Mateus Teixeira (3 de março de 1927 – 4 de dezembro de 1985) está imortalizado na memória popular da região sul do Brasil com o nome artístico de Teixeirinha.

 

Teixeirinha, é reavivado em disco com 12 gravações inéditas

Álbum apresenta composições encontradas em fitas com áudios e instruções do artista, morto em 1985.

 

Vitor Mateus Teixeira

Capa do álbum ‘Inéditas’, de Teixeirinha — (Foto: Divulgação DIREITOS RESERVADOS)

 

Lançado em 7 de agosto, o álbum Inéditas atiça a memória do público de Teixeirinha ao apresentar gravações de 12 músicas inéditas de autoria do artista, ouvidas na voz do próprio cantor.

O disco é produto do empenho da Fundação Teixeirinha para preservar o legado e manter viva a lembrança desse artista que alcançou sucesso de proporções fenomenais em 1961, ano do estouro em todo o Brasil da gravação de Coração de luto (1960).

Coração de luto é toada tristonha composta por Teixeirinha sobre o falecimento da mãe, Ledurina, que, ao sofrer ataque epiléptico em 1936, morreu queimada por ter desmaiado sobre fogueira – o que levou a música a ser popular e pejorativamente conhecida como Churrasquinho de mãe.

Consta que o single de 1960 vendeu mais um milhão de cópias vendidas, a ponto de ser comercializado no câmbio negro porque a gravadora Chantecler não conseguia atender a demanda dos lojistas.

Seis décadas após o sucesso retumbante de Coração de luto, o álbum Inéditas surge com fidelidade ao estilo do artista. Ao iniciar trabalho de busca e restauração do acervo da instituição, integrantes da Fundação Teixeirinha se depararam com fitas com músicas inéditas do compositor, registradas em caráter pessoal.

São composições que Teixeirinha pretendia gravar. Tanto que, em algumas das 120 fitas do acervo da Fundação Teixeirinha, o artista fazia comentários sobre cada faixa e dava instruções de como queria que as músicas fossem arranjadas no momento da gravação oficial em disco.

A partir desse material, o álbum Inéditas foi finalizado ao longo de um ano com repertório formado por valsas, toadas, rasqueados, sambas-canção – caso de Nossos corações, entoado no estilo impostado do cantor – e até fado, Maria da Graça.

Coração ciumentoFidelidadeNunca me esqueceráPago o mal com o bemQuarto de tristeza e Vida, amor e sangue são músicas que compõem o repertório de Inéditas, álbum lançado 35 anos após a morte de Teixeirinha.

Primeiro de uma série de lançamentos póstumos desse artista que também se aventurou na área do cinema ao longo da década de 1970, o disco Inéditas foi idealizado pela Editora e Produtora Teixeirinha e posto no mercado fonográfico com distribuição da Nikita Music Digital.

(Fonte: https://g1.globo.com/pop-arte/musica/blog/mauro-ferreira/post/2020/08/09 – POP & ARTE / MÚSICA / BLOG DO MAURO FERREIRA / Por Mauro Ferreira – 09/08/2020)
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