Vladimir Lenin (Simbirsk, 22 de abril de 1870 Gorki, 21 de janeiro de 1924), líder com princípios revolucionários, destacado bolchevique, foi um dos principais nomes da Revolução Russa de 1917, que criou a União Soviética.
Lenin sabia que os bolcheviques teriam de superar a tradicional cultura russa, da qual a religião, a monarquia, a estrutura feudal eram os esteios principais.
O líder comunista desejava que sua ideologia fosse o antídoto para a tradição. O pensamento único e o coletivismo ideológico funcionariam como fator unificador, disciplinador das massas, substituindo, com o mesmo poder, a religião.
Como a economia planificada redundou em fracassos, com diminuição da oferta de alimento, Lenin se viu forçado a adotar as medidas liberalizantes da NEP, a nova política econômica.
Nessa abertura, ainda que modesta, havia o risco da “importação” de ideias “burguesas”. Silenciar possíveis contestadores era uma forma de evitá-lo.
INSPIRAÇÃO
Na antiga União Soviética, os conselhos populares foram usados pelos comunistas para conquistar o poder absoluto.
Lenin, líder da revolução comunista, instituiu o totalitarismo na Rússia por meio dos “sovietes”, ou “conselhos populares”. A palavra de ordem “todo o poder aos sovietes” foi o sinal verde para os militantes esmagarem as instituições.
Essa era uma das teses centrais de Vladimir Lenin, o principal ideólogo da revolução que implantou o comunismo na Rússia, criando uma “união de sovietes”, a União Soviética.
Apalavra de ordem leninista “todo o poder aos sovietes” é o primeiro passo para incrustar capilarmente os “conselhos”, ou “sovietes”, na máquina governamental. O segundo é garantir que eles tenham influência. O terceiro é, naturalmente, exigir “todo o poder aos conselhos”.
(Fonte: Veja, 5 de março, 2008 Ano 41 – N° 9 Edição 2050 LIVROS/ Por Moacyr Scliar Pág: 112/113)
(Fonte: Veja, 11 de junho de 2014 – ANO 47 – Nº 24 – Edição 2 377 – BRASIL/ Por ADRIANO CEOLIN – Pág: 59)