O homem que era chamado de príncipe dos advogados criminais.
Waldir Troncoso Peres (Vargem Grande do Sul (SP), 1924 – São Paulo, 12 de abril de 2009), ao apelar mais para a emoção dos jurados, muitas vezes provocando risos no tribunal, o advogado tornou-se um dos maiores criminalistas do Brasil em cinco décadas de profissão.
Peres atuou até 2004, quando foi vítima de um acidente vascular cerebral que prejudicou sua fala. Ele se especializou em uma área polêmica: defendeu mais de 130 homens e mulheres que mataram seus cônjuges.
Entre esses clientes, esteve o cantor Lindomar Castilho, cujo caso ficou conhecido no Brasil em 1980, quando matou a ex-mulher, Eliane Grammont. Após quatro dias de julgamento, foi condenado. Peres costumava defender a tese de que os homens traem mais e de que é possível se matar por amor.
Em 1974, no II Tribunal do Júri de São Paulo, o criminalista defendeu o delegado Sérgio Paranhos Fleury, do Dops, acusado de chefiar o Esquadrão da Morte. Uma das acusações era a de que o delegado havia executado João de Souza Cruz, o Dedé. A absolvição de Fleury foi unânime, sete a zero.
Peres faleceu no dia 12 de abril de 2009, aos 85 anos, no Hospital Albert Einstein, em São Paulo.
(Fonte: Zero Hora – ANO 48 – TRIBUTO – São Paulo – 14 de abril de 2009)