Warren Stevens, é lembrado por sua participação na cultuada ficção científica “O Planeta Proibido”

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Warren Stevens (Clarks Summit, Pensilvânia, 2 de novembro de 1919 – Los Angeles, 27 de março de 2012), veterano ator de teatro, cinema e seriados televisivos

Em sua carreira de quase seis décadas, Stevens estrelou mais de 160 produções audiovisuais – sem contar os papeis nos palcos – , mas é mais lembrado por sua participação na cultuada ficção científica “O Planeta Proibido”, de 1956.

Warren Albert Stevens nasceu em Clarks Summit, na Pensilvânia, em 2 de novembro de 1919. Serviu na Força Aérea americana durante a 2ª Guerra Mundial e, assim que voltou ao país, começou a investir na carreira de ator.

Stevens foi morar em Nova York e ingressou no lendário curso de interpretação do Actors Studio, que havia acabado de ser fundado pelo cineasta Elia Kazan (“Sindicato de Ladrões”). Na escola de atores, estudou ao lado de futuros astros como Marlon Brando (“O Poderoso Chefão”) e Montgomery Clift (“A Um Passo da Eternidade”) e rapidamente ingressou na Broadway, em 1948.

Seu desempenho nos palcos chamou a atenção dos estúdios e os convites para assinar contratos começaram a chegar. Era o início de uma carreira prolífica em frente às câmeras. Stevens estrelou mais de 30 filmes, entre eles “20 Quilos de Confusão” (40 Pounds of Trouble, 1962), com Tony Curtis e Suzanne Pleshette, “A Ré Misteriosa” (Madame X, 1966), com Lana Turner, e “A Condessa Descalça” (The Barefoot Contessa, de 1954), com Ava Gardner e Humphrey Bogart. Ele também dividiu cena com Humphrey em “A Hora da Vingança” (Deadline – U.S.A., de 1952) e estrelou diversos filmes B de temática criminal.

Em sua fase noir, pôde ser visto em “The Case Against Brooklyn” (1958), de Paul Wendkos, um dos primeiros filmes a tratar da corrupção policial, “Women’s Prison” (1955), pioneiro filme sobre mulheres presidiárias com as musas noir Ida Lupino, Cleo Moore e Jan Sterling, e o cultuado “Terça-Feira Trágica” (Black Tuesday, 1954), com Edward G. Robinson foragido da justiça.

Apesar da longa filmografia, o papel do Tenente “Doc” Ostrow, na sci-fi “O Planeta Proibido” (Forbidden Planet, de 1956), é considerado sua aparição cinematográfica mais marcante. No filme, ele interpreta um dos membros da expedição que vai procurar um grupo desaparecido no espaço, no século 22. Estrelado por Walter Pidgeon e Leslie Nielsen, a obra foi indicada ao Oscar pelos efeitos especiais e teve importante influência nas produções de ficção-científica que se seguiram.

“O Planeta Proibido” teve profundo impacto no imaginário da ficção científica. Os phasers de “Star Trek”, o disco voador e o robô de “Perdidos no Espaço” e o complexo do “Túnel do Tempo” saíram diretamente de suas imagens. Mas sua ressonância superou até o aspecto visual e tecnológico, introduzindo uma temática mais adulta – a trama era inspirada em “A Tempestade”, de William Shakespeare – no gênero da sci-fi espacial, até então marcado por aventuras juvenis como “Flash Gordon” e “Buck Rogers”. “Star Trek” foi seu maior discípulo, e não por acaso também contou com participação de Warren Stevens em um de seus episódios.

A carreira de Stevens, de fato, foi marcada pelas séries televisivas. Ao longo dos anos, ele participou de mais de 100 produções, mas também na TV é mais lembrado por seus papéis em séries sci-fi, o que lhe rendeu nos últimos anos de sua vida, diversos convites para participar de convenções do gênero.

Seu primeiro papel televisivo de destaque veio na série “Lanceiros de Bengala”, em 1957, na qual interpretava o Tenente William Storm, que enfrentava rebeliões na Índia colonial. A série teve apenas uma temporada, mas ele se tornou presença constante na telinha a partir de então, atuando em praticamente todas as produções televisivas importantes da década de 1960, algumas vezes até interpretando diferentes papéis na mesma série – viveu 3 personagens diferentes em “O Paladino do Oeste”, 3 em “Viagem ao Fundo do Mundo”, 4 em “Bonanza” e novamente 4 em “Ironside”.

Outras séries importantes das quais participou incluem “Missão Impossível”, “Os Intocáveis”, “Além da Imaginação”, “Quinta Dimensão”, “Tarzan”, “Combate”, “Rota 66″, “O Agente da UNCLE”, “Mod Squad”, “Mulher-Maravilha”, “Perry Mason”, “Alfred Hitchcock Apresenta”, “Daniel Boone”, “Gunsmoke”, “Big Valley”, “Chaparral”, “O Homem de Virgínia”, “Laramie”, “Jornada nas Estrelas” e “M*A*S*H”.

Ao aproximar-se dos 70 anos, Stevens diminuiu a intensidade de trabalhos e ficou toda a década de 1990 sem aparecer em frente às câmeras. Ele retornou somente em 2004 para participar de um telefilme (The Trail to Hope Rose) e ainda fez uma pequena aparição na série “Plantão Médico” (E.R.) em 2006. Seu último trabalho como ator aconteceu no filme “Carts”, no ano seguinte.

Warren Stevens faleceu em 27 de março de 2012, em sua casa em Los Angeles de insuficiência respiratória causada por uma doença pulmonar.

 

(Fonte: http://pipocamoderna.virgula.uol.com.br/warren-stevens-1919-2012/165482 – Leonardo Vinícius Jorge – abr 6 2012)

 

 

 

 

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