Will Durant, historiador americano, tornou-se um dos raros casos de historiadores best-sellers.

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Will Durant (North Adams, Massachusetts, 5 de novembro de 1885 – Los Angeles, Califórnia, 7 de novembro de 1981), historiador americano, tornou-se um dos raros casos de historiadores best-sellers. Uma de suas duas obras clássicas, “A História da Filosofia”, alcançou o patamar de 4 milhões de exemplares vendidos.

A outra obra clássica de Durant, a monumental “História da Civilização”, reunião de onze alentados volumes que começam pelo Egito Antigo e terminam no império de Napoleão. Concebida ao longo de quarenta anos, Durant teve sempre a ajudá-lo na confecção da série Ariel, sua mulher – que assina com o marido todos os tomos.

A coleção foi lançada em etapas. Os primeiros três volumes, Nossa Herança Oriental, Nossa Herança Clássica e César e Cristo, seguido do quarto, A Idade da Fé foi concretizado com a série, uma grande e rendosa empreitada. A coleção foi um sucesso no mundo inteiro.

A trajetória de Durant como escritor é curiosa. Educado num colégio de padres, seus pais projetavam destiná-lo ao sacerdócio. Não conseguiram. Logo o jovem Will se aproximaria de grupos de coloração anarquista, numa guinada para a esquerda que é descrita em minúcias no romance Transição, de 1927, sua única incursão pelos territórios da ficção.

Assim como abandonou a religião, Durant logo deixaria para trás, também, a ficção, decidido a consagrar-se inteiramente a uma só meta: a construção da história da civilização. A agilidade do texto do romancista contudo, sempre esteve presente no historiador.

A empreitada, iniciada em 1935, foi dura e absorveu o autor até o final de seus dias: Durant acabara de completar 90 anos, em 1975, quando o derradeiro volume da coleção foi lançado, A Era de Napoleão.

Will Durant faleceu em 1981, aos 96 anos.

(Fonte: Veja, 14 de setembro de 1983 – Edição 784 – LITERATURA/ Por José Paulo Pães – Pág; 113/114)

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