Will Harrison Hays (Sullivan, Indiana, 5 de novembro de 1879 – Sullivan, Indiana, 7 de março de 1954), foi o organizador em 1930 do código de produção que impunha rígidos limites ao que era permitido apresentar na tela nos cinemas.
Entre as muitas imagens terminantemente vetadas pelo código, que caiu em desuso nos anos 60, estava a de marido e mulher com ambos os pés simultaneamente sobre a mesma cama.
Beijo na boca também tinham que ser discretos. Ao contrário do que muitos supõem, o código Hays não tinha origem no governo. Tratava-se de uma série de princípios éticos estipulados pela própria Motion Picture Association of Amarica (MPAA), entidade que reunia os produtores americanos.
Os efeitos dessa atitude moralista dos estúdios se fazem sentir até hoje. Ao contrário do que sempre foi uma tradição no cinema europeu, onde o sexo se associa ao drama, à tragédia, mas também ao prazer e até à diversão, nos Estados Unidos ainda se respira uma espécie de lei não escrita segundo a qual o erotismo de alguma forma está ligado ao crime e à culpa.
Ele era o gerente da Warren G. Harding campanhia bem sucedida para a Presidência dos Estados Unidos na eleição de 1920, e foi nomeado gerente de anúncio e propaganda.
Depois de um ano de mandato, ele renunciou para trabalhar nos estúdios de cinema Hollywood para se tornar o primeiro presidente dos Produtores Cinematográficas e Distribuidores da América (MPPDA) (1922-1945).
No período pós-guerra, esta organização seria rebatizado de Motion Picture Association of America (MPAA).
(Fonte: Veja, 17 de junho de 1992 – ANO 25 – Nº 25 – Edição 1239 – CINEMA/ Por JAIRO ARCO E FLEXA – Pág: 104/107)