William George Meany (Harlem, Nova York, 16 de agosto de 1894 – Washington, DC, 10 de janeiro de 1980), ex-presidente da AFLCIO, a federação dos sindicatos dos Estados Unidos. Ele se tornou o primeiro presidente da unificada AFL-CIO, a maior organização sindical nos Estados Unidos. “Os operários de 1930 faziam piquetes e greves porque não tinham o que perder; mas nós fazemos parte do establishment”, dizia Meany, com o mesmo sotaque de quando era um adolescente pobre de Nova York. Nasceu no dia 16 de agosto de 1894, em Nova York. Pai do sindicalismo americano, que organizou e dirigiu com competência, Meany se impôs perante os trabalhadores por seu passado de lutas – e de muitas prisões – e por sua até agressiva intransigência em defesa dos interesses dos sindicatos. Foi assim que ele dirigiu, com pulso de aço, durante 25 anos, a poderosa central sindical e manteve a unidade entre os 110 sindicatos filiados, representando 14 milhões de trabalhadores.
Cortejado invariavelmente por todos os presidentes da República, manteve a tradição de apoiar os candidatos democratas, exceção feita a George McGovern, quando proferiu a neutralidade, por considerá-lo um radical. Meany era adepto do Movimento pelos Direitos Civis, em particular contra a discriminação no trabalho, se aposentou como presidente em 1979. W. G. Meany morreu no dia 10 de janeiro de 1980, aos 85 anos, em conseqüência da acumulação de líquido no joelho, que já o mantinha preso à cadeira de rodas, em Washington. Anticomunista ferrenho, sua morte, dois meses após renunciar à presidência da organização, coincide com algo que defenderia aos vitupérios: o boicote dos estivadores americanos a produtos soviéticos.
(Fonte: Veja, 16 de janeiro de 1980 – Edição n.º 593 – Datas – Pág; 67)