Misterioso astro da world music

William Onyeabor (Nigéria, 26 de março de 1946 – Enugu, Nigéria, 16 de janeiro de 2017), cultuado e misterioso músico nigeriano, pioneiro do synth funk

O músico começou sua carreira musical nos anos 1970, quando construiu e botou para funcionar um estúdio e uma fábrica de discos na sua cidade natal. Até 1985, ele gravou, imprimiu e distribuiu uma série de álbuns fundamentais do funk eletrônico.

Em 1985, Onyeabor se tornou um cristão devoto e parou de gravar. Ao longo dos anos, seus discos viraram verdadeiras raridades.

A música de Onyeabor surpreendeu críticos e astros como Damon Albarn do Blur pelo uso criativo de instrumentos eletrônicos e pelo alto teor dançante de suas canções.

A vida de Onyeabor era cercada de mistérios. Sabe-se que ele lançou oito discos entre 1977 e 1985, quando se converteu ao cristianismo abandonando a carreira e negando-se a falar sobre o seu passado. Consta-se que ele foi coroado um chefe tribal em sua província e que nos últimos anos dedicou-se a fazer negócios com o governo de seu país. Ele também trabalharia no refino de farinha.

Em 2013, a Luaka Bop (gravadora de David Byrne) lançou Who Is William Onyeabor?, a primeira compilação autorizada de seu trabalho nos Estados Unidos.

Em 2014 ele deu uma breve entrevista a uma rádio britânica onde revelou que nunca se apresentou ao vivo e que estava planejando um retorno à música. Na falta de sua presença, uma grupo chamado Atomic Bomb! Band, que chegou a ter David Byrne e membros do Hot Chip em sua formação, foi formada com a missão de tocar ao vivo as canções do músico.

Byrne também organizou uma série de eventos de tributo ao artista, dos quais participaram, entre outros, Damon Albarn (banda Blur), Dev Hynes e membros do LCD Soundsystem e do Hot Chip.

William Onyeabor faleceu em Enugu, na Nigéria. O músico tinha 70 anos e a notícia foi dada na página do selo Luaka Bop, que ajudou a torná-lo conhecido mundialmente quando lançou em 2013 uma compilação com canções gravadas pelo artista nos anos 70 e 80.

(Fonte: Zero Hora – ANO 53 – N° 18.678 – 19 de janeiro de 2017 – TRIBUTO – Pág: 28)

(Fonte: http://www.jcnet.com.br/Cultura/2017/01 – CULTURA – 19/01/2017)

(Fonte: https://www.vagalume.com.br/news/2017/01/18)