Yasser Arafat (1929-2004), chefe da Autoridade Palestiniana

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YASSER ARAFAT

Yasser Arafat (Cairo, 24 de agosto de 1929 — Clamart, 11 de novembro de 2004), presidente palestino

Mohammed Abdel-Raouf Arafat

Líder palestiniano, 1929-2004

Yasser Arafat, chefe da Autoridade Palestiniana, foi uma das personalidades políticas mais importantes no conflito que tem vindo a envolver árabes e israelitas. Figura carismática, lutou, durante 40 anos, pela formação de um Estado autônomo, na região da Palestina.

Yasser Arafat foi, durante largos anos, a mais importante figura do movimento que tem vindo a pugnar pela formação de um Estado palestiniano. Convencido da superioridade das reivindicações do seu movimento, combateu, com ardor, todos aqueles que se opuseram à sua causa, surgindo, nos últimos anos, como uma espécie de mártir.

Arafat sempre se retraiu a expor a sua vida privada. O seu casamento com a palestiniana Suha Tawil, foi mantido em segredo largos meses. Deste enlace teve uma filha, Zahwa. Embora existam divergências sobre o seu local de nascimento, declarou ter vindo ao mundo em Jerusalém, a 24 de Agosto de 1929. Ainda criança, foi, com a sua família, para o Egipto, tendo concluído, em 1956, o curso de engenharia, na Universidade do Cairo. Nesse ano, durante a crise do Canal do Suez, participou voluntariamente no exército egípcio, tendo Iniciado, a seguir, a sua carreira como engenheiro no Kuwait.

Em 1959, fundou o grupo Fatah, hoje uma das principais facções da Organização para Libertação da Palestina (OLP). A Organização, formada em 1964, compreendia, para além do Fatah, um apreciável número de grupos que pugnavam pela libertação da Palestina. Foi a Fatah, no entanto, quem, a partir da Guerra dos Seis Dias, ocorrida em 1967, demonstrou possuir um maior poder organizativo, pelo que, desde então, passou a liderar a OLP. A partir dessa altura, Arafat assumiu a presidência do Comitê Executivo desta Organização. Uma parte apreciável da população palestiniana passou a ver em Arafat um estratega capaz de zelar pelos seus interesses na disputa territorial com os israelitas.

A ideia inicial da OLP era a constituição de um Estado palestiniano no lugar do Estado de Israel. No entanto, Arafat, ao reconhecer, em 1988, o Estado de Israel, passou a pressupor a existência de um Estado palestiniano coexistindo com os territórios israelitas. Para alguns analistas políticos, este reconhecimento não invalidou a percepção que Arafat detinha sobre o conflito.
Arafat recusou, nos anos noventa, uma proposta de paz apresentada pelo presidente israelita Ehud Barak, uma vez que esse acordo não contemplava uma solução para o regresso dos refugiados palestinianos e não tecia quaisquer considerações sobre o estatuto da cidade de Jerusalém, que ambos os povos disputam.

Em 1993, surgiu, no horizonte, uma esperança para o fim do conflito. Reunidos em Oslo, Arafat e o primeiro-ministro israelista Yitzak Rabin, tentaram conciliar as suas divergências, trazendo para o povo palestiniano a esperança de, em breve, poder constituir um estado próprio. A boa vontade demonstrada por ambos os líderes conduziu a que o prémio Nobel da Paz lhes fosse atribuído em 1995. Na sequência dos acordos de paz estabelecidos na reunião de Oslo, decorreram, em 1996, eleições na Palestina, tendo Arafat sido eleito presidente da Autoridade Palestiniana. Infelizmente, as cláusulas do acordo foram sendo, pouco a pouco, desrespeitadas, o que levou alguns analistas políticos a considerar que se perdeu uma boa oportunidade de encetar novos processos que conduzissem a uma situação de paz real na região.
Tendo fracassado todas as tentativas de conciliação, a guerra entre os dois povos endurece.

No ano 2000, surge, na Cisjordânia, a segunda Infantada, que os israelitas consideram ser impulsionada por Arafat, pelo que cercam os seus escritórios em Ramallah, na Cisjordânia, mantendo-o numa situação de isolamento apenas quebrada a 28 de Outubro 2004, em virtude do líder da Autoridade Palestiniana necessitar de tratamento médico urgente. Conduzido ao Hospital Militar de Paris, acaba por falecer a 11 de Novembro desse ano, deixando atrás de si um sonho por realizar e um futuro incerto na região.
(Fonte: www.leme.pt – Elementos biográficos elaborados por Jorge Francisco Martins de Freitas
(Fonte: Veja, 10 de março, 2004 – ANO 17 – N° 10 – Edição n° 1844 – DATAS – Pág; 82)
(Fonte: Veja, 17 de novembro, 2004 – ANO 37 – N° 46 – Edição n° 1880 – DATAS – Pág; 141)

Em 1º de julho de 1994 – Yasser Arafat conclui seu exílio de 27 anos ao regressar ao território palestino.
(Fonte: Correio do Povo – ANO 118 – Nº 274 – CRONOLOGIA/ Por Renato Bohusch – 1º de julho de 2013 – Pág; 19)

12 de julho de 1994 – O líder Yasser Arafat assumiu a presidência da Autoridade Palestina em Jericó.
(Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/fatos_dia – 12 de julho)

13 de julho de 1992 – Yitzhak Rabin assumiu o cargo de primeiro-ministro de Israel. No ano seguinte ele assinaria um acordo de paz com o líder palestino Yasser Arafat, em Washington.
(Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/fatos_dia – 13 de julho)

Em 10 de agosto de 1994 – Os dirigentes de Israel, Yitzhak Rabin, e da Autoridade Nacional Palestina, Yasser Arafat, se encontraram em Gaza na tentativa de acelerar o processo de paz.
http://www.guiadoscuriosos.com.br/fatos_dia/

Em 4 de setembro de 1996 – Yasser Arafat, presidente da Organização para a Libertação da Palestina, e Bibi Netanyahu, primeiro-ministro de Israel, reuniram-se pela primeira vez para tentar um acordo de paz para o Oriente Médio.
(Fonte: http://www.guiadoscuriosos.com.br/fatos_dia/4 de setembro)

Yasser Arafat recusa abandonar Trípoli
O líder palestino Yasser Arafat recusou, em 11 de novembro de 1983, o ultimato para sair do Líbano. Em comunicado à imprensa, el disse que os dissidentes fazem novos preparativos militares e que ele não poderia abandonar suas forças em um momento de perigo.

O ex-primeiro ministro Rashid Karame, principal figura política da cidade, disse à televisão que ele deveria deixar o local.
(Fonte: Zero Hora – ANO 50 – N° 17.566 – ALMANAQUE GAÚCHO/ Por Ricardo Chaves – 12 de novembro de 2013/1983 – Pág: 51)

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