O primeiro homem a chegar ao espaço
Yuri Gagarin impôs derrota aos Estados Unidos na corrida espacial
No dia 27 de março de 1968, o soviético Yuri Alekseievitch Gagarin, o homem que conquistou o espaço, abandonou de vez a Terra em um acidente aéreo, aos 34 anos de idade. A Terra é azul, frase que lhe foi creditada em 1961, marcou a soberania da União Soviética na corrida espacial e abriu caminho para novas conquistas, como a Lua. O cosmonauta, entretanto, faleceu um ano antes de testemunhar essa façanha.
O feito de Gagarin, primeiro homem a orbitar a Terra, não foi transmitido ao vivo, como a posterior viagem à Lua, mas repercutiu em todo o planeta. Nunca antes na história um ser humano via o seu mundo deste ponto de vista exterior. Um novo ambiente passou a ser explorado naquele dia. A volta que Yuri Gagarin deu ao mundo foi um passo vital para a conquista espacial.
O assombro provocado pela ida do homem ao espaço se explica em razão das barreiras psicológicas e tecnológicas da época. Rui Barbosa, historiador espacial amador e diretor do Boletim Em Órbita, destaca que havia uma aura de incertezas a respeito do ser humano no espaço, embora já se houvesse lançado satélites e animais. Yuri Gagarin provou que o homem poderia, de fato, viver em órbita terrestre, ultrapassando assim alguns dos mitos que haviam se estabelecido em parte da comunidade científica, que apontavam a impossibilidade de o homem viver fora do seu planeta natal, esclarece.
O pequeno Gagarin
Essa quebra de paradigma, considerada um dos eventos de maior importância na história da humanidade por Antônio Bertachini de Almeida Prado, cientista do Instituto de Pesquisas Espaciais, foi perpetrada pelo pequeno Gagarin aos 27 anos, no dia 12 de abril de 1961. Nesse dia, a bordo da Vostok-1, lançada do Cosmódromo de Baikonur, o cosmonauta permaneceu em órbita durante uma hora e 48 minutos, a 315 km de altitude e a uma velocidade aproximada de 28 000 km/h.
Curiosamente, não foi apenas a excelente performance nos treinos do programa espacial soviético que o levou até lá. Além da origem camponesa, que lhe conferia vantagens no sistema comunista, sua constituição diminuta possibilitou que ele coubesse na nave, a qual media 4,4 metros de comprimento e 2,4 metros de diâmetro. Com 1,57 metro de altura e 69 quilos, Gagarin pôde se comprimir no espaço exíguo destinado ao piloto.
A Terra é azul
Também lançada ao campo das curiosidades foi a frase A Terra é azul, eternizada como se fosse a reação espontânea à magnitude do novo prisma obtido pelo cosmonauta. Na verdade, ao vislumbrar nosso planeta pela primeira vez, Gagarin declarou: Através da janela, eu vejo a Terra. O chão é claramente identificável. Eu vejo rios e as dobras do terreno. Tudo é tão claro . Acredita-se que a frase célebre tenha sido proferida já no solo, após o desembarque.
Corrida espacial
Enquanto o cosmonauta deixava a aeronave, os Estados Unidos assistiam perplexos a mais uma derrota para a União Soviética (URSS), muito à frente na corrida espacial. A URSS já tinha mostrado seus avanços tecnológicos com o lançamento do Sputnik em 1957, além da cadela Laika e outras missões não tripuladas antes de Gagarin. Para Araújo, o voo transformou-se em marca ameaçadora para qualquer pretensão americana de uma futura hegemonia no espaço. O próximo recorde a ser batido tinha que ser a Lua. Era a única maneira de passar na frente dos soviéticos, aponta.
Segundo Bertachini, o esforço americano para chegar à Lua antes da União Soviética teve grande impulso devido a essa derrota na conquista espacial. Isso despertou um grande desejo de superação dentro dos EUA e levou ao primeiro voo de um astronauta americano, logo depois, e culminou com a conquista da Lua em 1969. Para Barbosa, a missão de Gagarin foi o ponto fulcral no desenvolvimento de tecnologias, materiais e equipamentos que ainda não haviam sido inventados, e que assim proporcionaram um avanço tecnológico que permitiu a chegada da Apollo 11 à Lua.
Aviação
Muito antes de chegar ao espaço, Gagarin já era apaixonado pela ideia de voar. Nasceu em Kluchino, a oeste de Moscou, em 9 de março de 1934. Após os estudos fundamentais, ingressou na escola de comércio, mas não ficou satisfeito com a escolha. Migrou então para a escola técnica, com duração de quatro anos, em Saratov. Em 1955, no ano de sua graduação, foi convidado a participar de um clube de aviação, no qual realizaria seu primeiro voo solo.
Depois de concluir sua formação técnica, Gagarin entrou para a Força Aérea Soviética e para a Escola de Aviação Orenburg. Lá conheceu Valentina Ivanovna Goryacheva, com quem se casou em 1957, após se formar com honras e se tornar tenente da Força Aérea Soviética. Em 1960, depois de uma bateria de exames e testes físicos e psicológicos, foi selecionado para o programa espacial soviético, que o levou mais longe do qualquer outro homem até então.
O retorno
Após conquistar o espaço e voltar à Terra em 1961, Gagarin foi recebido como herói. Aquele pequeno homem havia se tornado um gigante aos olhos dos russos. Alçado ao status de celebridade, passou cinco anos viajando ao redor do mundo, com o intuito de divulgar o programa espacial soviético.
Mas o cosmonauta jamais teve permissão para voltar à órbita terrestre. Em 1967, foi desligado do programa espacial e transferido para um centro de testes de aeronaves, onde viria a falecer, em 27 de março do ano seguinte, enquanto pilotava um jato durante treinamento de rotina.
O legado
Na época, o acidente não foi devidamente explicado. Em abril de 2011, no aniversário de 50 anos do histórico voo de Yuri Gagarin, o Kremlin liberou documentos, antes mantidos em segredo, sobre a misteriosa morte do pioneiro espacial soviético. O acidente foi causado por uma manobra brusca de Gagarin para desviar de uma sonda meteorológica. Aos 34 anos, Yuri Gagarin deixou esposa, duas filhas e uma Terra azul.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco – NOTÍCIAS – CIÊNCIA – ESPAÇO – 27 de Março de 2013)
50 anos: o homem conquista o espaço
O sonho da exploração espacial pelo homem se tornou realidade no dia 12 de abril de 1961, com o lançamento da cápsula Vostok 1, que carregava o cosmonauta soviético Yuri Gagarin. Com apenas 27 anos, Gagarin tomou seu lugar na história como o primeiro homem a sair dos limites da atmosfera terrestre e entrar no espaço.
Às 9h08 do horário local, o cosmonauta decolou da plataforma de Baikonur, no Cazaquistão, então república da antiga União Soviética, para um voo que durou uma hora e 48 minutos e consistiu de uma volta elíptica em torno da Terra, a 302 km de altitude. “Da altura cósmica, a Terra é vista com nitidez, se distinguem claramente as montanhas, as costas e as ilhas”, escreveu Gagarin no relatório oficial sobre o voo.
Durante a viagem, ele não teve controle da nave porque ainda não se sabia precisar os efeitos da falta de gravidade sobre o corpo humano e os especialistas tinham medo que ele perdesse o controle de si mesmo e colocasse em risco a missão. Havia, porém, uma chave lacrada que permitia ao cosmonauta assumir o controle da cápsula em caso de emergência.
O retorno à Terra representou um grande risco: a Vostok não tinha recursos técnicos para pousar na superfície, e Gagarin, a 7 mil m de altura, teve que abandonar a nave em queda livre, com a ajuda de um assento ejetável, e aterrissar com o paraquedas. Felizmente, Gagarin pousou em uma fazenda na região de Saratov, a quase 400 km de distância do lugar onde as brigadas de resgate o esperavam. Os moradores da localidade pensaram no início que se tratava de um espião americano.
O pouso de paraquedas não foi confirmado oficialmente pela União Soviética no primeiro momento. As equipes que lideraram a missão tinham medo que a viagem ao espaço não fosse reconhecida pelas regras internacionais. Isso não aconteceu, e o feito de Gagarin foi manchete nos jornais do mundo todo.
Cinquenta anos depois, a missão do jovem cosmonauta, que se lançou ao desconhecido para marcar história, continua impressionando e influenciando muitas pessoas. O primeiro e único astronauta brasileiro a participar de uma missão espacial, Marcos Pontes, se diz inspirado pela trajetória do herói russo.
Quando eu fui para a Rússia fazer o treinamento, antes da missão, foi muito difícil porque eu tinha cinco meses para entender o sistema deles, que é diferente do que eu havia me preparado na Nasa. O idioma também é muito difícil e eu estava longe da minha família. Mas em cada dificuldade eu pensava em Yuri Gagarin, na sua coragem. Eu olhava para a estátua dele no centro russo e isso me dava muita força para superar os desafios. Eu olhava para ele e dizia: eu vou conseguir.
Marcos Pontes partiu para o espaço da mesma base onde Gagarin havia se lançado, no dia 29 de março de 2006.
Legado para a humanidade
Para a humanidade, a proeza do soviético Yuri Gagarin marcou o começo de uma nova era. Para a União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) e para os Estados Unidos, significou o início da corrida espacial para conquistar o cosmos. A missão em si não representava uma novidade, a União Soviética já havia lançado o satélite Sputnik, já tinha levado um animal para o espaço. O extraordinário foi o fato de o ser humano estar lá. Gagarin abriu caminhos, mostrou que era possível para o homem desbravar o espaço. A partir dele, vieram muitos outros, foi uma quebra de paradigmas, afirma o astronauta brasileiro Marcos Pontes.
Após a Segunda Guerra Mundial (1939-1945), o mundo estava polarizado pela Guerra Fria com a disputa entre soviéticos e americanos sobre os destinos do mundo. Os países da Europa Oriental, que respondiam a governos comunistas, disputavam poder mundial com embates estratégicos e conflitos velados com os Estados Unidos (apoiados pelos países da Europa Ocidental). Os dois blocos iniciaram uma corrida armamentista, com os dois lados construindo bombas nucleares.
Nessa disputa, as duas potências começaram o desenvolvimento de foguetes capazes de chegar ao espaço. A União Soviética foi pioneira, ao lançar, em 1957, o satélite Sputnik. No mesmo ano, mandou ao espaço a cadela Laika. Mas o maior feito foi mesmo a viagem do primeiro homem. Era uma época bem conturbada em termos de demonstração de força, (John) Kennedy (presidente americano) estava entrando no poder, era uma período de muita tensão por causa da Guerra Fria. O fato de ter o primeiro humano voando no espaço demonstrou grande poder (da União Soviética) e os Estados Unidos certamente ficaram impressionados com isso e preocupados também. O feito de Gagarin foi uma demonstração de força para a União Soviética e de coragem também, porque os sistemas não eram seguros aquela época, afirma o astronauta brasileiro Marcos Pontes.
Para não ficar atrás da União Soviética, ainda em 1961 o presidente dos Estados Unidos, John F. Kennedy, lançou um desafio. “Acredito que esta nação deve comprometer-se a alcançar a meta, antes que esta década acabe, do desembarque do homem na Lua e seu regresso em segurança à Terra”, disse. Foi então que o país desenvolveu o programa Apollo, que se transformou em uma arma bem sucedida na prova de domínio na corrida espacial, que culminou com os passos do americano Neil Armstrong na Lua durante a missão Apollo 11, em 1969.
De criança humilde a herói mundial
O homem admirado por milhares de pessoas ao redor do mundo, mesmo após 50 anos de seu feito, era na ocasião um jovem piloto que foi escolhido a dedo para a missão de quebrar a barreira da gravidade e chegar aonde nenhum homem havia ido antes. Segundo a biografia de Yuri Gagarin, elaborada pelo Arquivo do Estado Russo, ele foi uma pessoa sonhadora, que no momento mais difícil e determinante de sua vida conseguiu manter a calma e o bom humor.
Yuri Alekseyevich Gagarin nasceu no dia 9 de março de 1934, em Klushino, uma pequena aldeia a oeste de Moscou. Seu pai era um marceneiro, carpinteiro e agricultor.
Quando Gagarin era adolescente, ele testemunhou o pouso forçado de um avião de combate soviético, atingido nas asas, nas proximidades de sua casa. Após o fato, os pilotos foram condecorados com medalhas de homenagem pela bravura. Mais tarde ele disse que aquilo despertou nele o sonho da aviação. Nós entendemos imediatamente o preço que tinha que ser pago por condecorações militares. Nós, os meninos, queríamos ser bravos pilotos.
Gagarin ingressou na Força Aérea Soviética e foi para a Escola de Aviação de Orenburg, onde conheceu a bela e tímida Valentina Ivanovna Goryacheva, com que se casou, em novembro de 1957, mesmo dia em que se tornou tenente da Força Aérea. Pouco tempo depois, ele se candidatou para o treinamento de cosmonautas e foi aprovado.
O jovem que sonhava em ir ao espaço foi submetido a treinamentos físicos, mentais e psicológicos rigorosos, demonstrando grande força física e senso de humor até nos momentos mais difíceis. Além de todas as habilidades do piloto, o fato de ter vindo de uma família humilde de agricultores ajudou na escolha de Gagarin para a primeira missão, pois ele representava o triunfo do modelo soviético.
No discurso antes de embarcar para a missão, ele falou da enorme alegria e do orgulho em realizar um sonho que não era só dele, mas de milhões de pessoas. Após concluir a viagem, Yuri Gagarin foi recebido como herói em Moscou. Viajou o mundo divulgando os feitos soviéticos e foi condecorado por reis, rainhas e presidentes nos quatro cantos do mundo. Tornou-se deputado soviético, mas tinha o sonho de voar pela segunda vez. Em 1967 começou a se preparar para o voo com a nave Soyuz. No entanto, nunca chegou ao espaço novamente. Em 27 de março de 1968, aos 34 anos, morreu quando o avião que pilotava caiu durante um treinamento. Sua morte foi lamentada ao redor do mundo e suas cinzas foram enterradas ao lado de outros heróis soviéticos, no Kremlin.
Feitos pós-Gagarin
A missão histórica de Yuri Gaagrin foi a propulsora de muitos acontecimentos que marcaram a corrida espacial e que trouxeram grandes conquistas tecnológicas e descobertas científicas. Veja a cronologia de alguns dos grandes feitos pós-Gagarin:
1960
1962
Fevereiro: John Glenn é o primeiro americano a orbitar a Terra, por meio da nave Mercury Friendship 7.
1963
Junho: a russa Valentina Terechkova entra para a história da conquista espacial ao ser a primeira mulher a viajar para o espaço.
1965
Março: o cosmonauta Alexei Leonov torna-se o primeiro homem a caminhar no espaço.
1966
Janeiro: o Luna 9, um módulo não tripulado russo, pousa na Lua e transmite imagens para a Terra.
1968
Dezembro: tripulantes da Apollo 8, os astronautas Frank Borman, James Lovell e William Andres são os primeiros americanos a circum-navegar a Lua.
1969
Julho: Neil Armstrong torna-se o primeiro astronauta a pisar na Lua na missão Apollo 11, da Nasa.
1970
1971
Abril: a União Soviética lança a primeira Estação Espacial, a Salyut 1.
1975
Julho: para colocar fim às tensões da corrida espacial, a Apollo 18 (americana) e a Soyuz 19 (soviética) se juntam no espaço, em plena Guerra Fria, na primeira conexão internacional entre naves espaciais.
1980
1981
Abril: a primeira nave reutilizável, o ônibus espacial Columbia, é lançada ao espaço
1982
Maio: os cosmonautas soviéticos Anatoli Berezovoy e Valentin Lebedev tornam-se os primeiros a habitar uma estação espacial, a Salyut 7
1983
Abril: o ônibus espacial Challenger, da Nasa, parte para a primeira missão.
1984
Agosto: o ônibus espacial Discovery, da Nasa, é lançado para primeira missão
1985
Outubro: o Atlantis é lançado para a primeira missão
1986
Fevereiro: o módulo central da estação espacial soviética Mir é lançado.
1990
1990
Abril: chega ao espaço, a bordo do ônibus espacial Discovery, o telescópio Hubble.
1992
Maio: o ônibus espacial Endeavour, da Nasa, parte para a primeira missão
1994
Fevereiro: o cosmonauta russo Sergei Krikalev viaja a bordo da Discovery, na primeira missão conjunta de ônibus espacial entre a Rússia e os Estados Unidos.
1998
Outubro: o astronauta americano John Glenn retorna ao espaço e torna-se o homem mais velho a viajar ao cosmos, aos 77 anos.
Novembro: o primeiro componente da Estação Espacial Internacional, o módulo espacial russo Zarya, é lançado. A construção da ISS foi realizada em cooperação com as agências espaciais da Rússia, Europa, Canadá e Japão.
2000
Novembro: a Estação Espacial Internacional recebe os seus primeiros moradores.
2001
Março: a estação espacial Mir é desativada e destruída.
Abril: o primeiro turista espacial, Dennis Tito, chega à Estação Internacional e diz que ama o espaço.
2002
Maio: a Nasa encontra gelo na superfície de Marte
2006
Março: a Missão Centenário leva o primeiro brasileiro ao espaço, o astronauta Marcos Pontes.
2008
Outubro: a China lança sua primeira nave tripulada, a Shenzhou.
Outubro: a Índia lança sua primeira sonda lunar não tripulada, a Chandrayaan I.
2010
Dezembro: a empresa americana SpaceX lança o foguete Falcon 9 e a cápsula Dragon, substitutos escolhidos pela Nasa para abastecer a Estação Internacional com a aposentadoria dos ônibus espaciais.
2011
Fevereiro: o ônibus espacial Discovery é lançado para a sua última missão
Abril: a nave tripulada Soyuz TMA-21, também chamada de “Gagarin” em homenagem ao primeiro homem que viajou ao espaço, se acopla à Estação Espacial Internacional.
As maiores tragédias espaciais
Não foram só momentos célebres, como a primeira viagem do homem ao espaço ou a chegada à Lua, que marcaram os últimos 50 anos da conquista do espaço pelo homem. Muitas tragédias também fizeram parte desta história e motivaram as agências espaciais a reestruturarem seus sistemas e suas regras de segurança. Veja alguns casos:
Janeiro de 1967:
Três astronautas americanos da nave Apolo 1, Virgil Grisson, Ed White e Roger Chafee, morrem em um incêndio na plataforma de lançamento, enquanto realizam um teste de contagem regressiva e decolagem.
Abril de 1967:
O cosmonauta soviético Vladimir Mikhailovich Komarov torna-se o primeiro homem a morrer no espaço. O paraquedas de sua nave falhou no retorno e a nave caiu na Terra.
Junho de 1971:
Três cosmonautas soviéticos morrem durante a reentrada na atmosfera terrestre, após 24 dias em órbita na estação espacial Salyut 1. Foi um recorde de permanência.
Março de 1980:
Cinco técnicos morrem no Cosmódromo Plesetsk, da Rússia, quando um foguete Vostok explodiu durante reabastecimento. O incidente foi apenas anunciado em 1989.
Janeiro de 1986:
Sob uma temperatura quase ao ponto de congelamento, as autoridades da Nasa ordenam o lançamento do Challenger. Setenta e dois segundos depois, a nave explode no ar, causando a morte de seus sete tripulantes, dentre as quais a primeira professora a viajar ao espaço. A investigação do acidente determinou que tinha sido causado pelo congelamento de um dos anéis de união do foguete impulsor. Desde então, os engenheiros da Nasa corrigiram essas peças, e mesmo assim suspenderam o lançamento de naves quando a temperatura no Centro Espacial Kennedy estiver próxima de níveis perigosos.
1º de fevereiro de 2003:
Os sete ocupantes do Columbia morrem quando a nave encerrava uma até então bem-sucedida missão espacial. O ônibus espacial se desintegrou na sua volta à Terra, como resultado de uma perfuração na asa esquerda, provocada pelo desprendimento de um pedaço da espuma de isolamento de um setor do tanque externo. A tragédia levou a Nasa a cancelar as operações das naves e a atrasar a construção da Estação Espacial Internacional. Os voos foram retomados quando os engenheiros da agência espacial realizaram uma série de modificações no tanque externo, para evitar uma tragédia similar.
(Fonte: http://noticias.terra.com.br/ciencia/espaco – NOTÍCIAS – CIÊNCIA – ESPAÇO/ Por Angela Chagas – 27 de Março de 2013)