Zerna Addas Sharp (nasceu em 12 de agosto de 1889, em Hillisburg, Indiana – faleceu em 17 de junho de 1981, em Frankfort, Indiana), foi uma educadora e editora de livros americana que criou o conceito para os livros de leitura Dick e Jane que foram amplamente utilizados nas salas de aula americanas por quatro décadas.

A senhorita Sharp concebeu os leitores ilustrados enquanto trabalhava como consultora de leitura itinerante para a editora Scott Foresman & Company, depois de lecionar na primeira série por mais de uma década e atuar como diretora de uma escola primária.

“Ela costumava descer e sentar na praia no lado sul de Chicago e ouvir as crianças brincando”, disse Robert L. Sharp, um sobrinho que mora em Frankfort, Indiana. “Ela os notou dizendo: ‘ Olhe, olhe’, em vez de uma palavra, ‘Olhe’. Foi assim que entendi que surgiu a ideia dos livros.”

Simplicidade dos Textos

Zerna Sharp não escreveu os livros, mas trabalhou com uma ilustradora, Eleanor B. Campbell, e vários outros para produzir os textos. Nos livros, apenas uma nova palavra foi introduzida em cada página e nenhuma história individual introduziu mais de cinco novas palavras. As ilustrações mostravam os personagens realizando a ação das palavras.

“Não há nada que essas crianças dos livros façam que uma criança não se lembre de ter feito”, disse certa vez a srta. Sharp a um entrevistador. “Eles fizeram os livros parte deles mesmos. Facilitamos a leitura para eles e os encorajamos a ler mais.”

Os livros foram criticados por colocar Jane em papéis femininos estereotipados, subordinados a Dick. Mas a Srta. Sharp respondeu: ”Isso nunca incomodou as crianças. Isso é tudo ponto de vista de um adulto.”

No início dos anos 1970, Scott Foresman havia colocado ênfase em outros textos de leitura, mas um porta-voz da empresa disse na época que muitas escolas “estão agarradas a eles e ainda são profundamente devotadas a esses livros”.

A senhorita Sharp nasceu em 12 de agosto de 1889, a primeira de cinco filhos do proprietário de um armazém geral em Hillisburg, Indiana. Ela estudou em uma faculdade de professores em Marion, Indiana, mas nunca se formou.

Ela deixa um irmão, Rush B. Sharp, de Hamilton, Ohio, dois sobrinhos e três sobrinhas.

(Créditos autorais: https://www.nytimes.com/1981/06/19/arts – The New York Times/ ARTES/ Arquivos do New York Times/ Por Joseph B. Treaster – 19 de junho de 1981)

© 1998 The New York Times Company

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