Lusia Harris, única mulher selecionada no Draft da NBA
Lusia “Lucy” Harris-Stewart (nascida Lusia Harris; Minter City, 10 de fevereiro de 1955 – Mississippi, 18 de janeiro de 2022), única mulher selecionada no
Draft da NBA,
pioneira do basquete que ganhou uma medalha de prata nos Jogos Olímpicos de 1976 e a primeira mulher negra a entrar no Hall da Fama do Basquete.
Considerada uma das pioneiras do basquete feminino, Lusia foi oficialmente draftada pelo New Orleans Jazz (hoje Utah), na sétima rodada do recrutamento de 1977 (pick 137). No entanto, ela não ingressou na liga porque estava grávida na época.
No basquete universitário, Lusia foi destaque no time de Delta State, do estado do Mississippi. Em 115 partidas (109 vitórias), ela angariou médias de 25.9 pontos e 14.5 rebotes. Dessa forma, Lusia levou a desconhecida equipe a um improvável tricampeonato universitário (1975-1977).
Vale lembrar que, no Draft de 1969, o San Francisco Warriors (hoje Golden State) tentou selecionar Denise Long. Porém, a NBA vetou a escolha. Na ocasião, a liga não permitia a seleção de mulheres nem de atletas que vinham diretamente do basquete colegial, o que era o caso de Denise.
História nas Olimpíadas e Hall da Fama
Por conta do sucesso no College, Lusia integrou a seleção dos Estados Unidos e também entrou para a história: foi a responsável pela primeira cesta do basquete feminino em uma olimpíada. Isso ocorreu em Montreal, no Canadá, em 1976. Além disso, ela ajudou os EUA a conquistarem a medalha de prata naquela edição dos Jogos Olímpicos.
Assim, em 1992, Lusia foi alçada ao Hall da Fama Naismith do Basquete. Detalhe: ela foi a primeira atleta negra a receber essa honraria. Posteriormente, em 1999, Lusia foi introduzida no Hall da Fama do Basquete Feminino.
Por tudo isso, a lendária ex-jogadora ficou conhecida como a Rainha do Basquete (The Queen of Basketball). Um documentário de mesmo nome, lançado em 2021, mostra a trajetória dela no esporte.
Por fim, vale dizer que Lusia Harris será lembrada para sempre como a primeira mulher: a ser draftada na NBA e a marcar uma cesta nas Olimpíadas. Acima de tudo, o seu legado servirá de inspiração para as mulheres que jogam basquete em todo o mundo.
Harris, a décima de 11 filhos, foi uma jogadora de destaque no ensino médio antes de ingressar na Delta State, onde ganhou três campeonatos nacionais consecutivos e foi três vezes MVP (Jogadora Mais Valiosa).
Ela liderou a seleção dos Estados Unidos na conquista da medalha de ouro nos Jogos Pan-Americanos, em 1975, e prata no ano seguinte, nos Jogos de Montreal, a primeira Olimpíada a ter um torneio feminino de basquete.
Ela foi convocada pelo New Orleans Jazz da NBA em 1977, mas nunca jogou na liga, preferindo se concentrar em construir uma família. Ela foi introduzida no Hall da Fama do Basquete Naismith em 1992 e no Hall da Fama do Basquete Feminino em 1999.
Sua história de vida foi narrada em um documentário aclamado pela crítica no ano passado, intitulado “The Queen of Basketball”.
“Quando recebi a ligação e eles disseram que queriam fazer esse documentário, fiquei realmente surpresa”, disse ela ao Good Morning America em junho.
“Foi simplesmente fantástico.”
Lusia faleceu em 18 de janeiro de 2021 aos 66 anos. A lenda do esporte deixa quatro filhos.
A família de Lusia Harris emitiu um comunicado à imprensa lamentando a morte de sua matriarca.“Estamos profundamente tristes em compartilhar a notícia de que nosso anjo, matriarca, irmã, mãe, avó, medalhista olímpica, a Rainha do Basquete, Lusia Harris faleceu inesperadamente hoje, no Mississippi. Então, os últimos meses trouxeram grande alegria para a Sra. Harris, incluindo a notícia do casamento de seu filho mais novo, e o reconhecimento recebido por um documentário recente que chamou a atenção mundial para a sua história”.
(Fonte: https://www.msn.com/pt-br/esportes/basquete – ESPORTES / BASQUETE / por Gustavo Lima / JUMPER BRASIL – 19/01/2022)
(Fonte: https://esportes.r7.com – ESPORTES / por Reuters – (Reportagem de Rory Carroll em Los Angeles) – 19/01/2022)
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