É a primeira finalista brasileira na ginástica rítmica individual em Olimpíadas

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Bárbara Domingos é a primeira finalista brasileira na ginástica rítmica individual em Olimpíadas

A brasileira ficou entre as 10 melhores atletas e conseguiu a classificação para a final. Um resultado histórico para a ginástica rítmica do Brasil.

Bárbara Domingos é primeira brasileira a avançar para a final da Ginástica Rítmica olímpica

Bárbara Domingos nas finais da ginástica rítmica individual nos Jogos de Paris 2024 — (Foto: Ricardo Bufolin/CBG)

 

 

Na ginástica rítmica, Bárbara Domingos conseguiu uma classificação inédita para o Brasil.

Quando a atleta não segura o aparelho, são grandes as chances de ela não pegar a medalha também. Por isso, a qualidade exigida é a perfeição. E a brasileira Bárbara Domingos se esforçou muito para chegar próxima a esse nível de excelência. Ser perfeita é tão difícil que, até hoje, o Brasil não havia conseguido classificar nenhuma atleta para uma final olímpica de ginástica rítmica. Até hoje…

Bárbara ficou entre as dez melhores atletas e conseguiu a classificação para a final. Um resultado histórico para a ginástica rítmica do Brasil.

Na prova do individual geral, as ginastas são desafiadas em quatro aparelhos. Para começar, Bárbara confirmou aquilo que o mundo já sabia: a brasileira é boa de bola. Entre espirais e serpentinas, fez um carnaval na fita. Mas justamente quando foi cair no samba, deixou cair a maça também. Foi o pior aparelho da ginasta. Compensado pela apresentação redondinha que ela fez no arco. A terceira maior nota deste aparelho na prova, e comemorou a oitava colocação.

 

Bárbara Domingos faz história, mas termina em 10° na final do individual da ginástica rítmica

Ginasta foi a única representante do Brasil na final do individual geral e foi a primeira a chegar em uma decisão na história do país

Bárbara Domingos, de apenas 24 anos, já é uma das maiores atletas da ginástica rítmica do Brasil. A ginasta vem escrevendo seu nome na história do esporte brasileiro e chegou nas Olimpíadas de Paris  tentando alcançar um feito inédito para o país: chegar em uma final do individual geral de Jogos Olímpicos. Ouro nessa categoria, bola e fita no Pan-Americano de Santiago, em 2023, Bárbara conseguiu realizar esse feito em Paris. Embora tenha terminado em 10° na final nesta sexta-feira, ela elevou o Brasil a outro patamar da ginástica.

Bárbara foi a primeira a se apresentar pela final do individual geral, começando com o arco. Com o mental afetado logo após a eliminação das colegas do conjunto, quando Victória Borges sofreu uma lesão, Babi não entrou bem na decisão. Visivelmente abalada, a ginasta deixou o aparelho cair algumas vezes, iniciando com uma nota baixa, mas ergueu a cabeça nas rotações seguintes. Voltando para as últimas séries, Bárbara se recuperou na bola e nas maças, mas tirou outra nota baixa na fita.

A brasileira terminou em último no quadro geral, somando uma média de 123.100. Darja Varfolomeev, da Alemanha, ficou com o ouro, somando 142.850 na média. A prata foi para Boryana Kaleyn, da Bulgária, com 140.600. A disputa pelo terceiro lugar foi acirrada, com o pódio sendo formado só após a última apresentação. Sofia Raffaeli, da Itália, foi bronze ao somar 136.300.

A final do individual geral da ginástica rítmica têm quatro rotações, passando por quatro aparelhos. Bárbara abriu a primeira etapa da manhã de 9 de agosto, com a rotação no arco. Em seguida, vieram bola e maças, encerrando com as fitas, talvez o aparelho mais temido do esporte. Das 24 atletas disputando as classificatórias na última quinta-feira, apenas dez avançaram às finais do individual geral. Quem somasse a maior média entre os aparelhos subia ao pódio.

As séries de Bárbara

ARCO

Bárbara foi a primeira a se apresentar na Arena La Chapelle na final do individual geral. Usando um collant verde e amarelo, a brasileira se apresentou ao som da música “Circle Of Life”, tema do filme “O Rei Leão”, com fortes acordes. A ginasta apresentou ligações dificílimas, encontrando o arco após o aparelho alcançar alturas incríveis, mas teve alguns erros de execução. Bárbara perdeu o arco ainda nos primeiros movimentos, em um trecho simples da série. Erro grave na ginástica rítmica. Ela ainda foi penalizada por deixar o arco cair no final da série, quando tentou encontrar o objeto com os pés, mas não conseguiu e ele chegou a sair do tablado.

Por conta das falhas, Bárbara começou com uma nota baixa: 29.600, sendo penalizada com -0.35. A ginasta recebeu 9.8 por dificuldade corporal, 6.7 nos aparelhos, 7.550 na parte artística e apenas 5.9 pela execução. A brasileira diminuiu cinco pontos em relação às classificatórias, quando somou 34.750.

BOLA

Bárbara fez uma série com bola cravada na segunda rotação. Depois da nota baixa no arco, ela se recuperou e brilhou no aparelho, uma de suas especialidades. A ginasta tem uma série muito difícil na reta final com a bola, com muitos lançamentos, mas se saiu bem em todos os movimentos.

Bárbara combinou o ritmo dramático da música “Je Suis Malade” com movimentos fortes e ligações complicadas. Mesmo recebendo -0.05 de penalidade na execução, assim como foi nas classificatórias, a brasileira foi muito bem e somou 33.200, aumentando um pouco a nota da fase anterior (33.100).

Bárbara Domingos na final do individual geral — Foto: REUTERS/Hannah Mckay

Bárbara Domingos na final do individual geral — (Foto: REUTERS/Hannah Mckay)

Babi recebeu 10.8 pela dificuldade corporal, 6.6 no aparelho, 8.2 no quesito artístico e 7.650 de execução, quase igualando as avaliações das classificatórias.

MAÇAS

Sambando ao som do clássico “Garota de Ipanema”, Bárbara vestiu um collant neon verde e amarelo e encantou o mundo com seu carisma, sendo ovacionada pela torcida. A brasileira teve pequenas falhas, mas não cometeu erros graves na série, ao contrário das classificatórias, quando deixou as maças cair. Com isso, Bárbara aumentou 1.000 na nota em relação à fase anterior, somando 31.200.

Bárbara Domingos com as maças na final do individual geral — Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha

Bárbara Domingos com as maças na final do individual geral — (Foto: REUTERS/Athit Perawongmetha)

As avaliações dos quesitos novamente foram muito parecidas com a primeira etapa da competição. Em dificuldade corporal, ela ficou de novo com 10.1. Já nos aparelhos, Bárbara recebeu 5.3. Com muita expressividade na coreografia artística, a ginasta ficou com 8.150. A execução ficou em 7.700.

FITA

Bárbara Domingos fez o público bater palma no ritmo dos acordes de “Bad Romance”, de Lady Gaga. A versão da música foi diferente, usada no filme “Moulin Rouge”. Bárbara não chegou a cravar a série, tendo problemas de execução no começo da apresentação. A nota não foi tão boa, mas a brasileira encerrou a estreia nos Jogos Olímpicos mostrando que pode ser ainda melhor no próximo ciclo.

A brasileira diminuiu a nota das classificatórias, quando fez uma apresentação muito segura e precisa, recebendo 31.700. Dessa vez, Babi somou 29.100, com 9.6 de dificuldade corporal, 4.8 de aparelhos, 7.6 no quesito artístico e 7.150 de execução.
Bárbara Domingos com a fita na final do individual geral em Paris — Foto: REUTERS/Mike Blake

Bárbara Domingos com a fita na final do individual geral em Paris — (Foto: REUTERS/Mike Blake)

(Créditos autorais: https://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2024/08/08 – JORNAL NACIONAL/ NOTÍCIA/ Por Jornal Nacional – 

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