Todo-poderoso da F-1
Temido e reverenciado, o dono da Fórmula 1
Bernard Ecclestone não foi mais do que um piloto mediano, mas definitivamente foi o mais rápido e mais astuto empresário a perceber o potencial econômico das corridas de carro. Como vendedor de carros usados (muitos deles com o odômetro adulterado), Bernie entrou no automobilismo no final dos anos 1950, incentivado pelo lucro que a publicidade trazia para sua loja de veículos de passeio. Na década de 1970, passou a ingressar o circo da Fórmula 1, o ápice do esporte a motor, à época um ambiente ainda restrito a engenheiros imundos de graxa e pilotos com pouco amor à vida.
Ecclestone foi dono da equipe Brabham, que revolucionou o paddock com sua organização profissional e que deu o primeiro título mundial ao brasileiro Nelson Piquet, em 1981. Em 1987, vendeu sua parte na escuderia para tocar exclusivamente a Formula One Constructor’s Association (Foca), entidade criada por ele e que defendia os interesses das equipes da Fórmula 1. Ou seja, era Ecclestone o responsável por fechar todos os contratos comerciais ligado à categoria mais importante do automobilismo: de fornecimento de pneus a direitos de transmissão de televisão.
Foi através da TV que a Fórmula 1 ganhou a importância global que atingiu seu auge nos anos 80 e 90. Bernie também foi o grande responsável pela migração das corridas do continente europeu para países endinheirados da Ásia e Oriente Médio. Tanto poder o tornou um dos homens mais ricos do mundo.
Aos 85 anos, é paparicado por modelos, artistas de cinema e pelos mais ricos empresários do mundo. Sua fortuna, depois do divórcio, é avaliada em 6 bilhões de reais.
(Fonte: http://veja.abril.com.br/esporte – ESPORTE/ Por Alexandre Salvador – 25 jul 2016)