Caravaggio, foi pioneiro da técnica da pintura barroca

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O exemplo máximo do Barroco. As suas técnicas de pintura foram influências para os outros pintores do Barroco

Caravaggio (Milão, 29 de setembro de 1571 – Porto Ercole, comuna de Monte Argentario, 18 de julho de 1610), pintor e mestre italiano atuante em Roma, de Veneza, Nápoles e de Florença. Foi ousado, não fechava com as instruções da Igreja Católica para se representar a arte religiosa, vigente à época, o estilo barroco, nascido em Roma para servir à Igreja Católica, cuja reação contra a Reforma de Lutero se consolidara com o Concílio de Trento, em 1542.

Nele, ficou acertada a nova linha das representações artísticas dos temas religiosos, que deveriam ao mesmo tempo manter o espírito aristocrático e popularizar a arte sacra. Embora mais tarde tenha se livrado desse espírito utilitarista, o barroco passou à História como uma arte que mais facilmente se detesta do que se gosta – ela é marcada pelo exagero, pela exacerbação religiosa, pela carnalidade reprimida e pelo seu pendor para o sofrimento.

Houve uma vertente da pintura barroca, no entanto, que fugiu a essa generalização. Boa parte de sua produção não segiu os cânones exercitados na época pelos artistas de Roma, de Veneza e de Florença. Essa vertente foi representada pela pintura feita em Nápoles, no sul da Itália, cidade à beira do Vesúvio.

Na época, Nápoles era um vice-reinado espanhol, e seus artistas sofriam a influência do realismo a que estava associada a pintura feita na Espanha. Por outro lado, bebiam fartamente das lições de Caravaggio, um mestre do período que, ousado, não fechava com as instruções da Igreja Católica para se representar a arte religiosa.

O RESULTADO É QUE O BARROCO NAPOLITANO SE TORNOU UM CASO À PARTE NA PINTURA FEITA NA ÉPOCA

Caravaggio, rechaçado pelo clero de Roma, pela audácia com que despia os santos de sua espiritualidade, chegando a representá-los de pés sujos, e também pressionado por um assassinato que cometera durante um duelo em Roma, refugiou-se por vários anos em Nápoles, onde produziu freneticamente. Ao sair da cidade, deixou atrás de si uma legião de seguidores que alçou a arte napolitana à sua posição peculiar dentro do barroco italiano.

SENSUALIDADE – O primeiro pintor a seguir a estética de Caravaggio em Nápoles foi Giovan Battista Caracciolo, de que as telas mostram os belíssimos Vênus e Marte e Cristo na Coluna. Neles, exercita um meticuloso jogo de contrastes entre luz e sombra, um dos alicerces da pintura de seu mestre.

O mesmo se vê em A Educação da Virgem, de Solimena, e em Apollo e Marsia, do espanhol José de Ribera, que encontrou em Caravaggio um traço que se tornaria comum no barroco desenvolvido na Espanha – o realismo. José de Ribera, a exemplo de seu mestre, não hesitou em pintar santos de unhas sujas como humildes camponeses.

O napolitano Luca Giordano, que aprendeu as lições de Caravaggio através de José de Ribera, acabou desembocando numa pintura de atmosfera, decorativa e com toques de sensualidade, como na tela Tarquinio e Lucrezia.

(Fonte: Veja, 10 de maio de 1989 – ANO 22 – Nº 18 – Edição 1078 – ARTE – Pág: 138/139)

 

 

 

 

Caravaggio
Caravaggio, cujo nome real era Michelangelo Merisi, nasceu em 1571 ou 1573 e teve uma vida caótica e violenta. Morreu em circunstâncias estranhas aos 38 anos.

O italiano foi pioneiro da técnica da pintura barroca conhecida como chiaroscuro (claro-escuro), caracterizada pelo forte contraste de luz e sombras.

Caravaggio era conhecida por se envolver em brigas que frequentemente resultaram em sua prisão. Ele chegou, inclusive, a matar um homem.

Quando morreu, acredita-se que ele estava a caminho de Roma para buscar perdão após ter passado os últimos anos de sua vida fugindo da Justiça no sul da Itália.

Como o conserto de uma goteira levou à descoberta de um quadro que pode valer R$ 470 milhões

Pintura seria do italiano Caravaggio e recria cena bíblica do general assírio Holofernes por Judite.

Pintura seria do italiano Caravaggio e recria cena bíblica do general assírio Holofernes por Judite (Foto: Charles Platiau/Reuters)

Pintura seria do italiano Caravaggio e recria cena bíblica do general assírio Holofernes por Judite (Foto: Charles Platiau/Reuters)

Uma goteira no teto de uma casa na França permitiu a descoberta de um quadro que seria do pintor italiano Caravaggio (1571-1610).

A pintura estava esquecida no sótão de uma casa em Toulouse, no sul da França. Se confirmada a autoria, ela poderia valer até US$ 135 milhões (R$ 470 milhões).

O quadro recria a cena bíblica de Judite no momento da decapitação do general assírio Holofernes.

Segundo a Bíblia, Holofernes foi enviado pelo rei da Babilônia, Nabucodonosor, para vingar-se das nações que haviam prejudicado seu reino.

Durante o cerco à cidade de Betúlia, Judith, uma bela viúva judia, seduziu Holofernes e o embebedou, para então decapitá-lo enquanto ele dormia. Ela regressou, então, à Betúlia com a cabeça do general e os judeus venceram o inimigo.

A pintura, que está sendo exibida em Paris, foi descoberta há alguns anos durante um conserto de uma goteira no teto da casa.

O especialista em arte Eric Turquin considera que o quadro é uma versão de 1599 de Judite decapitando Holofernes.

Acredita-se que a obra tenha desaparecido 100 anos depois de ter sido pintada.

Outra versão do mesmo quadro, que também havia sido dado como desaparecido até ser reencontrado na década de 1950, permanece exposta na Galeria Nacional de Arte Antiga de Roma, na Itália.

Especialistas do Museu do Louvre, em Paris, estão analisando agora a obra para saber se ela realmente foi pintada por Caravaggio. No entanto, Turquin disse que “nunca haverá consenso” sobre a autoria.

Se confirmada a autoria, o governo da França teria a primeira opção de compra.

As autoridades vetaram a retirada do quadro do país durante 30 meses.

(Fonte: http://g1.globo.com/pop-arte/noticia/2016/04 – POP & ARTE – NOTÍCIA / Da BBC – 14/04/2016)

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