Estátua Equestre de Marco Aurélio (século II)
Imperador popular
Marco Aurélio, um dos mais populares imperadores da Antiguidade.
O imperador Marco Aurélio governou Roma em que era a capital do mundo.
Caesar Marcus Aurelius Antoninus Augustus, o último dos considerados Cinco Bons Imperadores, nasceu em 26 de abril de 121. Seu reinado foi longo e ocupado por muitas guerras. Mas sua reputação pessoal, na verdade sua retidão, fizeram com que fosse sempre muito admirado.
Para sua fama contribuiu o livro de filosofia estoica, uma espécie de diário que redigiu em suas campanhas militares, intitulado Meditações, um livro que pode ser chamado de aureus libellus, pequeno livro dourado.
Apesar de viver quase que o tempo todo envolvido em guerras e batalhas, Marco Aurélio não descurou da administração de tão grande Império, nem do estudo da Filosofia.
As guerras contra as tribos germânicas e contra os partos ocuparam quase todo seu reinado. Sabe-se que foram longas e desgastantes, mas Marco Aurélio saiu vencedor.
Marco Aurélio é considerado um dos maiores Imperadores Romanos, mas seu reinado marca o princípio do fim da Pax Romana e o início do longo declínio do Império.
Ele faleceu em 17 de março de 180: foi Cesar durante 19 anos.
Marco Aurélio foi homenageado em pedestal de mármore com uma estátua equestre, o monumento do cavaleiro e cavalo, pesa 2 640 quilos, e está eregida na Praça do Capitólio.
Na praça, o imperador de bronze, folheado a ouro, datada do ano 176 da Era Cristã e considerada um dos símbolos da eternidade de Roma.
Fundida em duas peças, a estátua foi parar no Capitólio em 1538, quando o papa Paulo III incumbiu Michelangelo de redesenhar a praça e ordenou que colocasse o monumento lá.
Naquela época, a estátua equestre era o monumento mais difundido – somente em Roma havia 22. A do imperador popular, cuja estupenda qualidade artística nem de longe se compara aos que foram destronados no desmantelamento do comunismo no Leste Europeu, sobreviveu nos primeiros tempos graças a uma confusão dos primitivos cristãos – eles teriam achado que a figura retratada no bronze era a do imperador Constantino, legalizador de sua fé até então proscrita fé, e não a do pagão Marco Aurélio.
Sobre sua estátua: os romanos foram os primeiros a erguer em bronze estátuas equestres de seus heróis. Das muitas que o Império viu, talvez a única remanescente seja a de Marco Aurélio, que só não foi derretida porque foi confundida com a de Constantino, o primeiro imperador romano a professar o cristianismo.
Originalmente fazia parte das obras guardadas nos Museus Capitolini, que receberam grande parte da estatuária romana pertencente ao Vaticano.
Quando Michelangelo foi encarregado de urbanizar o Monte Capitólio (uma das sete colinas de Roma) e de reformar as sedes dos dois museus e a da Comuna de Roma, ele colocou a estátua equestre de Marco Aurélio na praça central que fica entre os três palácios.
Em 1985, no entanto, para o bem de nossa herança cultural, Marco Aurélio e seu cavalo foram levados de volta para dentro do museu, o que é uma promessa que sobreviverão durante outros séculos. Na praça está uma cópia.
(Fonte: Veja, 2 de maio de 1990 – ANO 23 – N° 17 – Edição 1128 – ARTE/ Por J.A. DIAS LOPES, de Roma – Pág: 93)
(Fonte: http://oglobo.globo.com/pais/noblat/posts/2014/03/23 – Estátua Equestre de Marco Aurélio (século II) – Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa – 7 de novembro de 2011)