Joaquín Torres García, um dos grandes nomes da vanguarda do início do século 20.

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Joaquín Torres García (Montevidéu, 28 de julho de 1874 – Montevidéu, 8 de agosto de 1949), pintor uruguaio de caráter precursor e de importância continental, pioneiro da arte construtiva, período esse chamado de construtivista (1928-1944) da obra do artista.

Um dos grandes nomes da vanguarda do início do século 20. Para Joaquim Torres Garcia, a arte não deve limitar-se a imitação da natureza.
Nome fundamental do modernismo latino-americano, Torres García nasceu em Montevidéu, mas ainda na adolescência mudou-se para Barcelona. Morou também na França, na Inglaterra e nos Estados Unidos.

Esse aspecto itinerante é abordado na exposição através de A Idade de Ouro da Modernidade, mural feito para um palácio catalão, e de um óleo inspirado no caos urbano de Nova York, repleto de arranha-céus, trens e cartazes de propaganda.

No fim da década de 20, o artista adentra o período mais criativo da carreira, de caráter construtivista. Nessa fase, mistura as formas geométricas típicas de sua época a elementos da arte pré-colombiana.

No fim da década de 1920, quando o uruguaio Joaquín Torres García (1874-1949) viveu em Paris, seu encontro direto com as vanguardas artísticas europeias, especialmente, com o abstracionismo, foi determinante para que ele alçasse o construtivismo simbólico que tornou sua marca. “Podemos admirar um cristal porque é perfeito, mas poderíamos, afinal, amá-lo?”, indagou Torres García num dos numerosos debates que participou na época.

A trajetória de um artista que no início de sua carreira se apegou ao classicismo (o interesse pela cultura greco-romana) e depois promoveu o salto gradual e natural para o construtivismo, criando composições de planos, cores e grafismos.

Torres García produziu pinturas, aquarelas, desenhos, afrescos, colagens, objetos de madeira assim como documentos e escritos – Torres García criou livros, alguns deles, como teórico de arte.

Torres Garcia teve uma retrospectiva “Joaquín Torres Garcia – Geometria, Criação e Proporção” na Pinacoteca do Estado em dezembro de 2011, no museu, uma antologia que coloca de uma maneira abrangente e de certa forma sucinta e precisa com cerca de 150 obras realizadas pelo artista entre 1913 e 1943.

A retrospectiva teve uma visada mais rápida pelas primeiras épocas de sua carreira e outra mais profunda do construtivismo. As obras da exposição pertencem à instituição criada em memória de Torres García, mas também a colecionadores da Espanha, França, Nova York e Uruguai. O artista morre em 8 de agosto de 1949, aos 75 anos, e deixa como legado uma escola pictórica e americana com identidade própria – La escuela Del Sur -, que permanece como um dos mais consistentes movimentos artísticos do século 20.

(Fonte: Veja, 14 de junho de 1978 – Edição n° 510 – ARTE/ Por Ferreira Gullar – Pág; 123/124)
(Fonte: http://www.estadao.com.br/noticias/arteelazer – NOTÍCIAS – CULTURA – AE – Agência Estado – 2 de dezembro de 2011)
(Fonte: http://vejasp.abril.com.br/atracao – por Jonas Lopes)

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