Leszek Kolakowski (Radom, Polônia, 23 de outubro de 1927 – Oxford, 17 de julho de 2009), era considerado um dos principais intelectuais do século 20.
O destacado filósofo polonês Leszek Kolakowski, que abandonou sua crença no marxismo, partiu para o exílio e então passou a classificar sua antiga ideologia como “a maior fantasia do Século 20”, conquistou reconhecimento internacional com sua obra “Principais Correntes do Marxismo”.
Nascido na Polônia, o filósofo Nascido em 23 de outubro de 1927, em Radom, Kolakowski era especialista em marxismo, pós-marxismo e em temas de moral e epistemologia.
Doutor pela universidade de Varsóvia, abandonou a Polônia em 1970 para escapar da repressão política e se instalou no Reino Unido.
Ele viveu e ensinou principalmente na Universidade de Oxford desde que abandonou a Polônia comunista em 1968, como dissidente do regime.
Na Polônia do pós-guerra Kolakowski era um marxista ortodoxo, mas pouco a pouco se desencantou com o regime. Sua defesa de uma versão mais democrática do socialismo fez com que entrasse em conflito com os censores e por isso acabou forçado a ir para o exílio.
No exílio, primeiro na Universidade de Berkeley, na Califórnia, e depois em Oxford, Kolakowski escreveu livros sobre a história das ideias, culminando com “Principais Correntes do Marxismo”, publicado em 1978, obra que registra as origens, ascensão e declínio da filosofia de Karl Marx.
Ele argumentava que a crueldade totalitária da União Soviética de Josef Stalin era o resultado lógico do pensamento marxista.
Na Grã-Bretanha, ele apoiou o movimento polonês Solidariedade, pró-democracia, que finalmente derrubou o comunismo em 1989. Em seus últimos anos, Kolakowski escreveu peças e contos e passou a ter um aguçado interesse por questões religiosas.
Leszek Kolakowski morreu aos 81 anos, 17 de julho de 2009, em Oxford, na Inglaterra.
“Perdemos um homem que prestou serviços notáveis para a causa de uma Polônia livre e democrática”, disse o presidente do Parlamento da Polônia, Bronislaw Komorowski, aos deputados, que observaram um minuto de silêncio em homenagem a Kolakowski.
(FONTE: Zero Hora – Nº16. 029 – Ano 46 – 21/07/2009 – Pág. 44)
(Fonte: http://br.reuters.com/article/idBRSPE56G0PE20090717 – VARSÓVIA (Reuters) – 17 de julho de 2009)
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