Maria Inês Caetano de Oliveira, a Marinês, dona do título de Rainha do forró e do xaxado.

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Foi a primeira mulher a formar um grupo de forró.

Rainha do forró

A cantora Inês Caetano de Oliveira, conhecida como Marinês, se consagrou como rainha do forró com o grupo Marinês e Sua Gente. Mas a música sempre fez parte da vida da família, uma vez que o pai dela era seresteiro e a mãe, cantora de igreja.

Biografia

Natural de São Vicente Férrer, Inês Caetano de Oliveira participou de um programa de calouros numa rádio, acrescentou o Maria ao nome, para que seus pais não percebessem. O locutor, ao anunciá-la, chamou Marinês, nome que ela acabou adotando.

Nos anos 1950, junto com o marido, o sanfoneiro Abdias, e o zabumbeiro Cacau, formou a Patrulha de Choque do Rei do Baião, tocando nas cidades onde Luiz Gonzaga iria se apresentar, funcionando como uma espécie de palhinha dos shows do Rei do Baião.

Em 1956, gravou o primeiro disco, já como Marinês e sua Gente. No ano seguinte, acompanhou Luiz Gonzaga no Rio de Janeiro, se apresentando em programas de rádio. “Pisa na fulô” e “Peba na pimenta” foram alguns dos sucessos lançados pela cantora, que teve intensa produção até a separação de Abdias, na década de 1980. Sua discografia contabiliza cerca de 30 discos.

Luiz Gonzaga viaja a Pernambuco e conhece seu futuro parceiro, Zé Dantas, em 1949, mesmo ano em que transfere sua família para o Rio de Janeiro. Em 1950, o baião e o sanfoneiro vivem seu auge. Ele grava vinte composições e muitas chegam às paradas de sucesso, como Baião de Dois (com Humberto Teixeira, “Ai, ai, ai, ó baião que bom tu sois / Se o baião é bom sozinho, que dirá baião de dois”) e Cintura Fina (com Zé Dantas, “Vem cá, cintura fina, cintura de pilão / Cintura de menina, vem cá meu coração”). Em 1952, adota uma menina com Helena, Rosa Maria.

É nessa época que o músico viaja por várias cidades brasileiras para se apresentar e, como é chamado de “o rei do baião”, começa a estabelecer seu domínio. Em 1956, nomeia a cantora Marinês, do trio Patrulha de Choque de Luiz Gonzaga, a rainha do xaxado. Ciumenta, Helena implica com Marinês e a parceria musical entre o marido e o trio não dura mais que poucos meses. Ainda assim, com frutos para a cantora. De acordo com Carlos Marcelo, Marinês foi a primeira voz feminina nordestina a fazer sucesso no Brasil inteiro.
(Fonte: http://veja.abril.com.br/infograficos/especiais – Luiz Gonzaga/ Por Meire Kusumoto – 13 de dezembro de 2012)

(Fonte: https://oglobo.globo.com/cultura – CULTURA / POR PORTAL PE360GRAUS.COM – 14/05/2007)

 

 

 

 

 

 

 

Dona do título de “Rainha do forró e do xaxado”, a cantora Maria Inês Caetano de Oliveira, a Marinês.

Marinês nasceu em São Vicente Férrer (interior pernambucano), mas mudou ainda criança para Campina Grande com sua família. Começou a despontar como cantora em programas de calouro na cidade. Casou com o sanfoneiro Abdias.

Com mais de 50 anos de carreira, ela trabalhou com Luiz Gonzaga (1912-1989), o “Rei do baião”, e os principais nomes da música nordestina. “Luiz Gonzaga de saias” era o apelido dela. Quem carimbou foi ele mesmo, Luiz Gonzaga.

Entre os sucessos de Marinês, estão “Por debaixo dos panos”, “Pisa na fulô” e “Peba na pimenta” –essas duas últimas de autoria de João do Vale (1934-1996).

Marinês, morreu em 14 de maio de 2007, no Hospital Português, em Recife (PE), aos 71 anos. Ela havia sofrido um AVC (acidente vascular cerebral) no inicio de maio, em Caruaru (PE).

Em 2003, a cantora havia se submetido a uma cirurgia de implante de uma ponte de safena. O enterro está marcado para 10h desta terça-feira, no camitério da Paz, em Campina Grande (PB). O velório será no teatro Severino Cabral.

(Fonte: http://www1.folha.uol.com.br/folha/ilustrada/ult90u71089 – da Folha Online – 14 de maio de 2007)

 

 

 

MARINÊS
(Inês Caetano de Oliveira)
16/11/1935 São Vicente Férrer, PE – 14/05/2007 Recife, PE

Seu pai, filho de índios Ariús, era seresteiro e a mãe foi cantora de igreja. Aos 10 anos de idade começou a participar de programas de calouros, tendo chegado a competir num deles, com o também ainda menino Genival Lacerda. Foi casada com o sanfoneiro e produtor Abdias, com quem se casou aos 14 anos. Depois de premiada com um sabonete numa retreta de rua, espécie de concurso de calouros ao ar livre, no bairro da Liberdade, onde morava, resolveu inscrever-se num programa de calouros na rádio local e, para fugir da vigilância dos pais, acrescentou o Maria ao seu nome. Ao ser anunciada no concurso, o locutor acabou por chamá-la de Marinês, e ela, gostando, adotou o nome artístico. Em 1949 formou com o marido Abdias o Casal da Alegria. Em seguida, o casal juntou-se ao zabumbeiro Cacau e formou um trio. Este trio, no começo dos anos 50, passou a atuar como a Patrulha de Choque do Rei do Baião, especializada em realizar apresentações nas praças das cidades onde Luiz Gonzaga iria tocar, interpretando músicas do seu repertório, anunciando sua chegada nas cidades do interior do Nordeste, num trabalho feito espontaneamente. Seu encontro com o Rei do Baião deu-se na cidade de Propriá, em Sergipe, apresentados pelo prefeito da cidade, Pedro Chaves. Na mesma noite do dia em que se conheceram, fizeram um show juntos. Com o apoio de Luiz Gonzaga, que lhe ensinou o xaxado, a carreira de Marinês ganhou impulso, sendo então batizada de “A Rainha do Xaxado”. Gravou seu primeiro disco em 1956, lançado no ano seguinte pela Sinter, apresentando-se como Marinês e sua Gente. Gravou na ocasião, a quadrilha “Quadrilha é bom”, de Zé Dantas e o xaxado “Quero ver xaxar”, de João do Vale, Antonio Correia e Leopoldo Silveira Junior. Em 1957, gravou dois grandes sucessos, os xotes “Peba na pimenta”, de João do Vale, José Batista e Adelino Rivera e “Pisa na fulô”, de João do Vale, Ernesto Pires e Silveira Jr., que foram posteriormente regravados por inúmeros artistas. No mesmo ano, lançou o xaxado “Xaxado da Paraíba”, de Reinaldo Costa e Juvenal Lopes e o xote “O arraiá do Tibiri”, de João do Vale e Silveira Jr. Ainda nessa época, a convite de Luiz Gonzaga, vão para o Rio de Janeiro, onde se apresentaram no programa “Caleidoscópio”, na Rádio Tupi. Em 1958, gravou de Rosil Cavalcânti os baiões “Aquarela nordestina” e “Saudade de Campina Grande”. Gravou ainda, de Gordurinha e Wilson de Morais, o baião “Perigo de morte”. No mesmo ano participou do filme “Rico ri à toa”, de Roberto Faria. Em 1959, gravou de Antônio Barros e Silveira Jr. o baião “Velho ditado” e o xote “Marieta”. Em 1960, gravou da mesma dupla o baião “Mais um pau-de-arara” e o chótis “Balanço da saudade”. No mesmo ano, transferiu-se para a RCA Victor, onde lançou, de Reinaldo Costa e Juvenal Lopes, o xote “Viúva nova” e, de Onildo Almeida, o xaxado “História de Lampeão”. Gravou ainda, de Zé Dantas e Joaquim Lima, a polca “Chegou São João”. No mesmo ano recebeu o troféu Euterpe no Teatro Municipal do Rio de Janeiro, como a melhor cantora regional. Em 1961, gravou os cocos “Gírias do Norte”, de Jacinto Silva e Onildo Almeida e “Cadê o Peba”, de Zé Dantas. No mesmo ano, gravou a moda de roda “Marinheiro”, de motivo popular com arranjos de Onildo Almeida e o coco de roda “No terreiro da Usina”, de Zé Dantas. Gravou ainda o LP “Outra vez Marinês”, que lhe rendeu um segundo troféu Euterpe, além de ter obtido o prêmio de melhor vendagem. Em 1962, gravou, de Onildo Almeida, as modas de roda “Siriri, sirirá” e “Meu beija-flor”. No mesmo ano, gravou de João do Vale e José Batista o xote “Xote de Pirira” e de João do Vale e Oscar Moss o coco “Gavião”. Em 1963, gravou as modas de roda “Balanceio da usina”, de Abdias Filho e João do Vale, e “Pisei no liro”, de Juvenal Lopes. No mesmo ano, gravou, de João do Vale e B. de Aquino, o xote “Xote melubico” e o baião “Macaco véio”. Em 1984 apresentou-se em diversos shows em teatros da periferia do Rio de Janeiro dentro do projeto Pixinguinha, além de fazer participações especiais em discos do conjunto The Fevers e de Zé Ramalho. Em 1986, lançou o LP “Marinês e sua Gente – Tô chegando”, com a participação especial de Gilberto Gil, Luiz Gonzaga, Dominguinhos e Jorge de Altinho. Com Luiz Gonzaga, interpretou “Tá virando emprego”, de Luiz Gonzaga e João Silva, com Dominguinhos, “Agarradinho”, de Michael Sullivan e Paulo Massadas, com Gilberto Gil, “Doida por uma folia”, do próprio Gil e “Quatro cravos”, de Jarbas Mariz e Cátia de França, e com Jorge de Altinho, “Jeito manhoso”, de Nando Cordel. Em 1987, gravou pela RCA Victor o LP “Balaio de paixão”, interpretando, entre outras, as composições “Tô doida pra provar do teu amor”, de Nando Cordel, “Fulô da goiabeira”, de Anastácia e Liane, “Novinho no leite”, de Nando Cordel e “Feitiço”, de Jorge de Altinho. Em 1988 estreou na Continental com o disco “Feito com amor”, onde regravou sucessos dedicados à festas juninas. Recebeu discos de ouro com “A dama do Nordeste” e “Bate coração”. Gravou diversas músicas consideradas apimentadas e que mexeram com a moral da época, como “Peba na pimenta” e “Pisa na fulô”, de João do Vale, “Cadarço de sapato”, “Xote da Pipira” e “Viúva nova”, entre outras. Devido a essas gravações, chegou a ter problemas com os meios católicos do país, tendo ocorrido casos de padres que durante as missas pediam aos fiéis para não comprarem seus discos, como foi o caso de “Peba na pimenta”. Com a separação do marido e produtor Abdias, ficou alguns anos sem gravar; ainda sim, lançou cerca de 30 discos, entre 78 rpm, LPs e CDs. Dentre os seus LPs, estão “Nordeste valente”, “Balaiando” e “Cantando pra valer”. Em 1995, lançou o CD “Marinês cidadã do mundo”. Ainda nos anos 1990, participou do disco de forró lançado por Raimundo Fagner. Em 1998, com produção da cantora Elba Ramalho, lançou pela BMG o CD “Marinês e sua Gente”, contando com a participação de importantes nomes da Música Popular Brasileira contemporânea, quase todos do Nordeste. Uma das faixas de destaque é o dueto com Alceu Valença em “Pelas ruas que andei”, do cantor e compositor pernambucano. No mesmo ano, a Copacabana/EMI lançou uma coletânea de seus sucessos remasterizados na série “Raízes Nordestinas”. Foi a primeira mulher a formar um grupo de forró. Em 2000 teve CD lançado pela BMG dentro da série “Eu só quero um forró”, no qual contou com as participações especiais de Gilberto Gil na música “Quatro cravos” e Alceu Valença em “Pelas ruas que andei”. Faleceu em 2007, vítima de um acidente vascular cerebral que foi acometida um mês antes de sua morte.

(Fonte: http://www.onordeste.com/onordeste/enciclopediaNordeste)

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