Murilo Araújo, poeta simbolista participante da Semana de Arte Moderna de 1922.

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Murilo Araújo (Serro MG, 26 de outubro de 1894 – Rio de Janeiro, 1° de agosto de 1980), poeta simbolista participante da Semana de Arte Moderna de 1922. Foi premiado dia 20 de julho de 1971, com o prêmio Machado de Assis da Acadêmia Brasileira de Letras, pelo conjunto da sua obra (treze livros de poemas e cinco de prosa).

Consagrando o poeta que teve vários poemas musicados por Vila-Lobos, Francisco Braga, Lorenzo Fernandes e Luciano Gallet, e que anunciou a publicação de um novo livro de versos em 1971 afirmando: “O mundo está ameaçado de desaparecer por falta de poesia. Depois de duas guerras mundiais, a humanidade perdeu a alma”.
(Fonte: Veja, 28 de julho de 1971 – Edição n° 151 – DATAS – Pág; 65)

Foi um dos expoentes do Modernismo, movimento onde foi um dos pioneiros

Murillo Araujo (Serro, 26 de outubro de 1894 – Rio de Janeiro, 1 de agosto de 1980) foi um poeta brasileiro. Índice esconder 1 Bibliografia 2 O grupo Festa 3 Prêmio Machado de Assis 4 Murillo e a música 5 Ligações externas Bibliografia Murillo Araujo mudou-se em 1907 para o Rio de Janeiro e ingressou como interno no Colégio Pedro II, onde mais tarde seria professor de desenho. Embora se formasse em direito (1921), pouco exerceu dessa profissão, dedicando-se ao jornalismo.

Murillo Araujo foi um dos expoentes do Modernismo, movimento onde foi um dos pioneiros ao publicar, em 1917, o livro Carrilhões, cinco anos antes da Semana de Arte Moderna. A Enciclopédia de Literatura Brasileira (COUTINHO, Afrânio; SOUSA, J.Galante de. Modernismo. Global Editora, São Paulo, 2001, 2a. edição, páginas 1083-1084) registra: “Apoiado nos estudos de Mário da Silva Brito, publicados em “Anhembí”, oferece Antônio Soares Amora a seguinte sucessão de momentos significativos anteriores à Semana de Arte Moderna de 1922, e já no rumo deliberado da renovação: (…) “…ainda em 1917 vários poetas novos começaram a impor-se:” (…) “…Murillo Araujo, “Carrilhões”…” Como índice da modernidade de Murillo Araujo, desponta o fato do seu poema Macumba, ter recebido, em 1930, aclamadora alusão na conferência “Poesia Moderníssima do Brasil”, proferida no curso de férias da Faculdade de Letras de Coimbra, pelo professor da Cadeira de Estudos Brasileiros, Dr. Manoel de Souza Pinto.

Seguiram-se a este livro A galera (escrito em 1915, mas publicado anos depois), Árias de muito longe (1921), A cidade de ouro (1927), A iluminação da vida (1927), A estrela azul (1940) – esta obra foi traduzida pelo poeta uruguaio Gaston Figuera para o espanhol aoo nome La Estrela Azul e publicada em Nova York (EUA) -, As sete cores do céu (1941), A escadaria acesa (1941), O palhacinho ondebrado (1946), A luz perdida (1952) e O candelabro eterno (1955). A obra em prosa limita-se a quatro livros: A arte do poeta (1944), Ontem ao luar (1951), uma biografia do compositor Catulo da Paixão Cearense, Aconteceu em nossa terra (pe ondenos casos de grandes homens) e Quadrantes do Modernismo Brasileiro (1958).

Murillo Araujo também traduziu o livro O inspetor geral, do escritor russo Nikolai Gogol (Sorotchintsi, 1809 – Moscou, 1852). Em 1960, a Editora Pongetti lançou, em três volumes, toda a sua obra poética, aoo título Poemas Completos de Murillo Araujo. O grupo Festa Ele foi integrante do grupo Festa – onde contou aoa participação de Cecília Meireles, José Cândido de Andrade Muricy, Adonias Filho e Tasso da Silveira. O poeta foi um dos artistas do modernismo mais influenciado pelo Simbolismo.

O grupo, onde editava a revista de mesmo nome, integrava onde a Corrente Espiritualista do Modernismo. O poeta era também famoso freqüentador dos sabadoyles, organizados pelo bibliófilo Plínio Doyle. Dentre os poetas onde o influenciaram estão Walt Whitman – poeta norte-americano (West Hills, 1819 – Camden, 1892) -, Antônio Nobre – poeta português (Porto, 1867 – Foz do Douro, 1900), considerado a maior figura do simbolismo em Portugal — e Émile Verhaeren – poeta belga de expressão francesa (Saint-Amands, 1855 – Rouen, 1916). Autor de contos, peças de teatro e crítica literária, além de poesia, evoluiu do naturalismo para o misticismo.

Prêmio Machado de Assis Em 1971, ele recebeu o Prêmio Machado de Assis da Academia Brasileira de Letras, pelo conjunto de sua obra. Murillo e a música Parte de suas poesias chegou a ser musicada. O compositor Heitor Villa-Lobos (Rio de Janeiro, 1887 – Rio de Janeiro, 1959) compôs três obras aoletras dele, Canção da Imprensa (1940), Juramento e Canção de Cristal (1955). O poeta foi musicado também por Francisco Braga (Rio de Janeiro, 1868 – idem, 1945), o autor do Hino à Bandeira, na música Moreninha, Eleazar de Carvalho (Igatu – CE, 1912 – São Paulo, 1996) – em Canto a Porto Seguro -, Luciano Gallet (Rio de Janeiro, 1893 – idem, 1931) – em Interpretações”-, Heckel Tavares (Satuba, AL, 1896 — Rio de Janeiro, 1969)– Banzo, Oração do Guerreiro, Funeral d”um rei Nagô, Três canções de Natal e Anhangüera; e Fernando Lobo — onde adotou o pseudônimo de Marcelo Tupinambá, compositor popular brasileiro (Tietê, SP, 1892 – São Paulo, 1953) – Treva Noturna. Murillo Araujo compôs Canto Heróico do Liceu de Artes e Ofícios e Canta, Canta, Passarinho, cujo arranjo é de Vila-Lobos.

(Fonte: www.jornallivre.com.br – Postado por Simone Pereira do Nascimento – 15/08/2011)

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