Pela primeira vez, o Brasil foi incluído no clube dos países com alto índice de desenvolvimento humano pela Organização das Nações Unidas (ONU). Melhoraram indicadores como longevidade da população, educação e renda.
O relatório da ONU, foi divulgado no dia 9 de setembro de 1998, colocou o Brasil em 62° lugar no ranking mundial. A ONU baseou-se em informações do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e da Fundação João Pinheiro, do Estado de Minas Gerais. Chile, o mais bem colocado da América Latina, esteve em 31° lugar. Argentina e Uruguai ficaram bem à frente do Brasil, respectivamente em 36° e 38° lugares.
Um exemplo de como o país melhorou é o índice de esperança de vida ao nascer. Em 1970, era de 52,67 anos. Alcançou 66,66 anos em 1996, um aumento da expectativa de vida de 14 anos em duas décadas e meia. O Brasil ainda é um país de desigualdades: não há um só Estado do Nordeste entre os dez com melhor qualidade de vida. Nos anos 70, o país foi definido pelo economista Edmar Bacha como uma Belíndia: tinha ilhas de desenvolvimento européias comparáveis à Bélgica e bolsões de miséria como os da Índia.
(Fonte: Revista Época, 14 de setembro de 1998 ANO I N°17 Ed. Globo Desenvolvimento Periscópio – Pág; 18)