Primeiro carro de corrida voador do mundo tem 1.340 cv e atinge 360 km/h
Modelo desenvolvido na Austrália é movido a hidrogênio; competição pode começar já em 2024
O carro voador de corrida foi batizado de Airspeeder Mk4.
Empresas dos mais variados ramos têm anunciado investimentos para desenvolver carros voadores. Stellantis e Azul são alguns exemplos. Ainda que nenhum desses veículos pareça prestes a entrar em operação em um futuro próximo, os australianos da Alauda Aeronautics foram um pouco além e mostraram a primeira versão de um carro voador de corrida. Mais do isso: prometeram que um campeonato pode estrear já em 2024.
O carro voador de corrida foi batizado de Airspeeder Mk4. O modelo de apenas 950 kg é elétrico e movido por um turbogerador a hidrogênio que gera 1.340 cv. Segundo a Alauda, a autonomia é de 300 km.
O funcionamento é semelhante ao dos demais carros voadores. Decolagens e pousos são verticais. A diferença é a velocidade máxima mais alta: 360 km/h, que podem ser alcançados apenas 30 segundos após o início do processo.
Outro diferencial do Airspeeder, segundo a fabricante, é que a inteligência artificial controla cada um dos quatro pares de rotores. Com isso, o comportamento, ainda de acordo com a otimista e nada modesta empresa, é mais parecido com o de um caça a jato ou um carro de corrida de Fórmula 1 do que com um carro voador convencional.
O Airspeeder Mk4 é uma evolução do Mk3, carro voador que foi pilotado de forma remota em mais de 350 voos de teste. O veículo também participou de duas corridas de demonstração na Austrália em 2022.
O próximo passo é iniciar os testes de chassi e trem de força em voos tripulados. A Alauda espera fazer isso até o fim de março e deixar tudo pronto para a primeira temporada do campeonato de carros voadores, prevista para 2024.
“Nós, e o mundo estamos prontos para corridas de carros voadores tripulados. Construímos os veículos, desenvolvemos o esporte, garantimos as instalações, atraímos os patrocinadores e parceiros técnicos. Agora é a hora das marcas automotivas mais progressivas, inovadoras e ambiciosas do mundo, autopeças e equipes de automobilismo fazerem parte de um novo automobilismo verdadeiramente revolucionário”, disse o otimista chefão da Alauda, Matt Pearson.
Ou seja, por mais que os veículos estejam prontos, se não houver interessados em aderir ao campeonato, a competição pode nem sair do papel.
(Fonte: https://autoesporte.globo.com/curiosidades/noticia/2023/02 – CURIOSIDADES/ NOTÍCIA/ Por André Paixão –