Royal College of Art, é conhecido como uma das melhores e mais tradicionais escolas de arte do mundo

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Royal College of Art, em Londres, é conhecido como uma das melhores e mais tradicionais escolas de arte do mundo, fundado em 1837 para ser uma escola de desenho industrial.

A época – final do primeiro período da Revolução Industrial, concentrada na Inglaterra, e início da expansão das fábricas por outros países – justificativa a preocupação do governo britânico em influir na qualidade dos produtos fabricados no país.

Roupas, móveis, máquinas e uma infinidade de objetos passaram a ter suas formas planejadas no Royal College bem antes que a escola alemã Bauhaus, criada em 1919, lançasse a máxima de que “forma é função”.

TERMÔMETRO – Ao longo dos anos e, em especial, com a explosão pop dos anos 50, a escola foi se firmando não apenas como núcleo formador de designers como também de artistas plásticos vindos de diversos cantos do mundo. A exposição anual (Diploma Show) dos alunos que concluem o curso de pós-graduação é um acontecimento que faz parte do calendário dos eventos culturais de maior prestígio de Londres. Serve de termômetro para medir a febre das novas tendências em voga.

Funciona ainda como plataforma de lançamento de artistas novos. Essa exposição anual é uma das melhores demonstrações de como a Royal – ao lado de outras instituições de ensino similares, como a Slade e a Chelsea School of Art – atua como centro artístico da comunidade.

E muito desse prestígio se deve ao elenco de artistas que decolou para a fama a partir de suas salas de aula. A maior glória da escultura contemporânea britânica, Henry Moore (1898-1986), estudou no Royal.

Também foi no Royal que surgiu um dos movimentos artísticos mais importantes do pós-guerra: a pop art – Richard Smith e Peter Blake começaram a incorporar em seus trabalhos imagens da sociedade de consumo dois anos antes de o americano Jasper Johns criar sua primeira bandeira pop.

(Fonte: Veja, 12 de julho de 1989 – Edição 1087 – ARTE/ Por Angélica de Moraes – Pág; 137/138)

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