Considerado pioneiro do multiculturalismo e criador do termo “thatcherismo”
Jamaicano e radicado no Reino Unido, o sociólogo fundou os estudos sobre multiculturalismo
Stuart Hall (nasceu em Kingston, Jamaica, em 3 de fevereiro de 1932 – faleceu em Londres, em 10 de fevereiro de 2014), influente teórico cultural, sociólogo e teórico da cultura jamaicano radicado na Inglaterra, o pai do multiculturalismo. Um dos principais teóricos culturais da atualidade. Foi um dos fundadores da New Left Review, importante publicação política.
Aquarianos são pessoas revolucionárias, que buscam sempre respostas para questões universais do mundo.
O aquariano Stuart Hall nasceu em 3 de fevereiro de 1932, na Jamaica, e foi um importante teórico cultural e sociólogo, estudando, além de universal e central para a humanidade, entre outros temas, a questão das identidades.
Hall nasceu em Kingston, na Jamaica, em 1932, e estudou em Oxford, na Inglaterra, onde seu trabalho ganhou notoriedade. Considerado o pai do multiculturalismo, deixou um legado que ultrapassa ainda hoje as barreiras da academia, com ideias sobre identidade, raça, gênero e sexualidade inovadores. Professor da Open University, era diretor do Centro de Estudos da Cultura Contemporânea da instituição.
Hall cresceu em Kingston, na Jamaica, e estudou em Oxford, na Inglaterra, onde se estabeleceu como um dos principais sociólogos do país. O teórico foi convidado por Richard Hoggart a ser um dos pesquisadores do Centro de Estudos Culturais Contemporâneos, na Universidade de Birmingham, ainda 1964. Seis anos mais tarde, ele se tornou diretor do Centro.
Hall deixa um legado significativo. À frente do Centro de Estudos Culturais, na Universidade de Birmingham e como sociólogo na Open University, no Reino Unido, ele desenvolveu trabalhos que são alguns dos fundadores dos estudos culturais contemporâneos. É conhecido como “pai do multiculturalismo”. Na efervescência dos anos 1960 e 1970, estudou temas diversos, como subculturas juvenis, mídia popular e identidades de gênero e etnia na modernidade. Para ele, não era possível falar em identidade negra, por exemplo, sem tratar de identidades de gênero ou da globalização cultural. Um de seus estudos mais conhecidos lida com preconceito racial na mídia.
Nascido em Kingston, na Jamaica, Stuart Hall mudou-se para a Inglaterra na década de 1950. Considerava as restrições sociais e raciais intoleráveis no seu país e aproveitou uma bolsa de estudos na Universidade de Oxford para emigrar. Era um conhecedor da cultura britânica, mas não se sentia parte dela – era um “estranho familiar”.
Com formação pós-marxista, junta forças com teóricos da nova esquerda, como E. P. Thompson e Raymond Williams, para fundar dois influentes periódicos, The New Reasoner e New Left Review. Entre 1959 e 1961, editou este último título, que discutia novas compreensões de classes e movimentos sociais.
Na década de 1960, depois de ter publicado com Paddy Whannel (1922-1980) o livro The Popular Arts, foi convidado por Richard Hoggart para integrar Centro de Estudos Culturais Contemporâneos, na Universidade de Birmingham. Entre 1979 e 1997, foi professor de sociologia da Open University. Na década de 1980, escreveu para o periódico Marxism Today, que desafiava o pensamento da esquerda de que a cultura era determinada unicamente por forças econômicas.
“Hall foi sempre um dos primeiros a identificar questões-chave do seu tempo e era cético diante respostas fáceis. Um orador fascinante e um professor de grande influência, ele nunca aceitou a vida acadêmica de marcação de ponto. A imaginação política de Hall combinava vitalidade e sutileza. No campo das ideias, ele era duro, pronto para combater posições que acreditava serem politicamente perigosas. No entanto, ele foi incessantemente cortês, generoso com os estudantes, ativistas, artistas e visitantes de todo o mundo, muitos dos quais passaram a amá-lo”.
Entre seus trabalhos mais conhecidos no Brasil, estão Identidades Culturais na Pós-Modernidade e Da Diáspora: Identidades e Mediações Culturais, onde analisa os efeitos da globalização e das políticas culturais e multiculturalismo advindas desta.
Tanto em sua carreira acadêmica como em debates públicos, o autor se preocupava em discutir as dimensões político-culturais da globalização e os movimentos anti-racistas.
Em 2013, o intelectual ganhou um importante documento sobre sua vida: The Stuart Hall Project. Com imagens de participações de Hall na televisão e gravações de entrevistas em rádio, o filme é um documentário sobre sua vida, pensamento e ativismo.
Stuart Hall morreu em 10 de fevereiro de 2014, aos 82 anos, devido a complicações de saúde. Nos últimos meses, ele já havia se ausentado da vida pública. Era um “estranho familiar”, segundo definição de David Morley e Bill Schwarz em tributo no jornal The Guardian.
Martin Bean, vice-reitor da Open University, disse à agência Bloomberg que Hall deixou suas marcas na instituição e que sua perda será muito sentida. “Ele era um intelectual público comprometido e influente da nova esquerda, que encarnava o espírito que a Open University sempre defendeu: abertura, acessibilidade, defesa da justiça social e do poder da educação para promover mudanças positivas na vida das pessoas.”
Em 2013, John Akomfrah fez um documentário sobre a vida de Hall e o seu legado intelectual, chamado The Stuart Hall Project.
(Fonte: http://oglobo.globo.com/educacao – EDUCAÇÃO – 10/02/2014)
(Fonte: http://epoca.globo.com/vida/noticia/2014/02 – VIDA/ REDAÇÃO ÉPOCA – 10/02/2014)
(Fonte: Veja, 19 de fevereiro de 2014 – ANO 47 – Nº 8 – Edição 2 361 – DATAS – Pág: 30)
(Fonte: https://noticias.bol.uol.com.br – Conheça alguns dos maiores pensadores da Humanidade – 06/06/2018)