Escritor russo e ex-dissidente
Contribuiu para o reforço da liberdade de expressão, o desenvolvimento dos princípios de igualdade, compreensão mútua e harmonia social na Rússia
Vladimir Nikolayevich Voinovich (nasceu em Stalinabad, no Tadjiquistão, em 26 de setembro de 1932 – faleceu em Moscou, Rússia, em 27 de julho de 2018), escritor russo, cujos livros foram traduzidos para várias idiomas, foi um ex-dissidente soviético e autor do livro “A Vida e as Extraordinárias Aventuras do Soldado Ivan Tchônkin” (1969).
Nascido em 1932 em Stalinabad, no Tadjiquistão soviético, Voinovich ficou conhecido, em um primeiro momento, como autor satírico, com “A vida e as extraordinárias aventuras do soldado Ivan Tchônkin”, que mostra os absurdos do totalitarismo. Publicado no Ocidente, o livro circulou de forma clandestina.
Próximo a outros dissidentes da época, foi excluído da União de Escritores Soviéticos em 1974 e, mais tarde, viu-se forçado a emigrar para a Alemanha, depois de perder a nacionalidade.
Também compositor, voltou para a Rússia após a dissolução da União Soviética e continuou seu trabalho de escritor, mostrando-se com frequência muito crítico das autoridades russas.
Em 2002, apresentou um panfleto no qual tachava de “mito” o talento do Prêmio Nobel de Literatura e ex-dissidente soviético Alexander Solzhenitsyn, falecido em 2008.
Vladimir Voinovich faleceu em 27 de julho de 2018, aos 86 anos por um ataque cardíaco.
O ministro russo da Cultura, Vladimir Medinski, elogiou um “escritor de grande talento, autor de letras de música apreciadas, um cidadão responsável e ativo”.
“Sua obra sempre foi uma visão aguda da realidade, habilmente transmitida por meio de uma linguagem viva e fascinante”, acrescentou, citado pela TASS.
O ministro elogiou ainda a contribuição de Vladimir Voinovich para o “reforço da liberdade de expressão, o desenvolvimento dos princípios de igualdade, compreensão mútua e harmonia social” na Rússia.
(Fonte: http://anoticia.clicrbs.com.br/sc/mundo/noticia/2018/07 – MUNDO / NOTÍCIA / Por AFP – Moscou – 28/07/2018)
(Fonte: Zero Hora – ANO 55 – N° 19.157 – 3 de agosto de 2018 – TRIBUTO / MEMÓRIA – Pág: 35)